Saúde feminina: conheça as doenças mais comuns entres as mulheres e como preveni-las

Mioma, fibromialgia, ISTs, câncer de mama e depressão estão entre as principais; acompanhamento médico anual é essencial

A rotina das mulheres, em geral, é complexa, cheia de desafios que envolvem, na grande maioria dos casos, trabalhar fora, afazeres domésticos e cuidado com filhos. Com isso, em alguns casos, não acaba sobrando muito tempo para o cuidado com a saúde.

No Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, o CEJAM — Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” destaca algumas das principais doenças que afetam a saúde feminina e como elas podem ser evitadas.

Conforme a mastologista Monique Valois, do Hospital Dia Campo Limpo, administrado pelo CEJAM, é essencial que as mulheres realizem consultas com um ginecologista anualmente, logo após a primeira menstruação.

“Toda mulher deve estar habituada a fazer um acompanhamento médico, para conhecer mais sobre o seu corpo, realizar um planejamento familiar adequado, tirar suas dúvidas e investigar possíveis anormalidades”, explica a especialista.

Confira abaixo algumas informações da Dra. Monique sobre as doenças mais comuns em mulheres:

Mioma uterino

O mioma é um nódulo benigno do miométrio, camada do útero, e pode ter origem genética. Segundo a médica, entre os fatores de risco para seu aparecimento estão a idade da mulher, sendo maior antes dos 50 anos; menstruação precoce; nuliparidade — condição da mulher que nunca engravidou ou nunca teve filhos biológicos –, obesidade; histórico familiar de miomas uterinos; ser negra; hipertensão arterial; e consumo de álcool e cafeína. “Cerca de 40% das mulheres têm mioma e não, necessariamente, apresentam sintomas. Algumas, no entanto, podem ter dor pélvica, sangramento menstrual intenso e aumento do volume abdominal.”

Fibromialgia

De cada 10 pacientes com fibromialgia, entre sete e nove são mulheres. Trata-se de uma síndrome clínica que se manifesta com uma dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Além das dores crônicas, ela também pode causar sintomas como fadiga, sono não reparador — quando a pessoa dorme, mas acorda cansada –, alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais. “Não se sabe ao certo a razão para a doença. A idade de aparecimento da fibromialgia é geralmente entre os 30 e 60 anos. O tratamento deve ser realizado de forma a aliviar a dor e possibilitar maior qualidade de vida.”

ISTs

Devido à anatomia dos órgãos pélvicos femininos, as mulheres são mais susceptíveis às ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis): a mucosa vaginal é um epitélio muito fino, que pode sofrer algumas fissuras após o atrito durante as relações sexuais, facilitando a entrada de diversos vírus. De acordo com a médica, a principal forma de prevenção é o uso de preservativo, do começo ao fim da relação sexual, além da realização de exames de rotina periodicamente.

Câncer de mama  

A doença é a segunda principal causa de mortalidade feminina, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimam que, no Brasil, cerca de 67 mil mulheres foram diagnosticadas com a doença em 2021.

Para preveni-lo, Dra. Monique explica que é necessário que as mulheres tenham total conhecimento de seu corpo, para que percebam eventuais alterações nas mamas e procurem um especialista, se necessário.

“Uma das melhores formas de verificar possíveis alterações é apalpando os seios, um gesto de autoconhecimento, que deve ser realizado de forma rotineira, durante o banho, troca de roupa ou em frente ao espelho, independentemente da idade e sempre que a mulher se sentir confortável.”

Além do gesto, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda como exame de rotina anual a mamografia, indicada a partir dos 40 anos para todas as mulheres.

Depressão

A saúde mental é um tema que ganhou muita força nos últimos tempos, em decorrência do isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19. E para as mulheres há uma maior preocupação, já que elas estão mais propensas a transtornos de ansiedade e depressão. Isso acontece em razão de fatores genéticos, hormonais e psicossociais: as mulheres são cobradas com rotinas exaustivas de trabalho, afazeres domésticos e cuidados com a família.

“Em um mundo com metas e obrigações cada vez maiores, é preciso parar e buscar ajuda, seja com terapia psicológica, uso de medicações antidepressivas recomendadas por um especialista ou por meio da realização de atividades físicas.”

Para a Dra. Monique, é importante organizar rotinas, incluindo nelas atividades prazerosas. A médica finaliza destacando a necessidade de a mulher aprender a se olhar de forma mais empática, com menos julgamento e mais permissividade. “Só assim conseguirão viver de forma feliz e gerar felicidade também aos filhos, companheiros e amigos. Se acolha, acolha as suas angústias, acolha as suas dores, acolha os seus momentos de prazer e procure ajuda sempre que achar necessário. Em caso de turbulência, primeiro coloque a sua máscara e, depois, auxilie as pessoas que estão ao seu redor.”

O CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Cajamar, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos e Peruíbe.

Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.

Colaboração da Pauta:

Máquina CW
[email protected]

Diego Silva ([email protected])
+55 11 3147 7381
+55 11 98400 2902

Tathiana Barbar ([email protected])
+55 11 3147 7257

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