O pânico é um outro vírus que temos que estancar neste momento

La Dolce Vita

Paulo Maia

Estamos vivendo momentos de grande apreensão. É claro que estou falando da crise por conta do coronavírus. A contaminação se espalha com uma velocidade espantosa e suas consequências nos deixa para além da perplexidade. Chega ao pânico. E é este estágio que devemos evitar. O vírus é real e o perigo eminente, portanto temos que buscar todas as precauções para evitarmos ser contaminados por ele, e se lamentavelmente ocorrer, buscar toda a ajuda médica que for possível e redobrar os cuidados e seguir as orientações dos especialistas à risca. Sem hesitar.

Mas antes de mais nada, a contaminação pelo pânico é a que temos que evitar em primeiro lugar. Assim como o vírus, uma vez que estamos em pânico, espalhamos sua bestialidade para todos em graus elevados e assim contaminamos todos à nossa volta com doses letais de insanidade e distorcemos à realidade em nossa mente ao passarmos a agir como doentes ficando a salvação fica cada vez mais distante.

Lavar as mãos é o símbolo

da luta contra o coronavírus

Sim, temos que evitar o pânico. Não é fácil. E a tecnologia que temos disponível facilita a comunicação, mas não a qualifica, o que na prática, pode amplificar qualquer informação falsa em um tsunami de fake news emergindo um monstro impossível de lutar.

Temos que buscar cautela e cooperação em larga escala e provocar mudanças no nosso cotidiano no sentido de continuar a vida lidando com os problemas atuais, assumindo sempre o menor dos riscos e postergando algumas ações quando não houver alternativas seguras de continuar o que estamos fazendo. Uma pausa não significa uma desistência. Segurança agora é fundamental.

Não podemos ficar parados, também. O pânico pode nos paralisar também e estagnação, decididamente, não cria resultados positivos. Devemos nos unir não em aglomerações, claro, mas em ideias e atitudes que moldem nosso comportamento para ações seguras para todos.

Paulo Maia é publicitário, filósofo, morador do Morumbi e mantém sua curiosidade sempre aguçada.

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