Arte Romana

Dolce Arte

Amanda Sanzi

Nossa viagem a história da arte continua!

Parada maravilhosa em: Roma a Cidade Eterna!

Assim como Roma não foi construída em um dia, afinal as coisas grandiosas não são fáceis nem rápidas de fazer, requerem tempo, espaço e esforços, escrever sobre a arte Romana requer esta atenção e milhares de páginas.

Desta forma te convido a leitura de um teor condensado em destaque em com foco na antiga Arte Romana.

Vamos!?

ARTE ROMANA

A arte romana foi produzida durante o período do Império Romano, nos séculos VIII a. C ao IV d. C, e tornou um exemplo de desenvolvimento artístico para o ocidente. Ela abrange um amplo conjunto de obras artísticas principalmente na arquitetura, pintura, escultura, filosofia e literatura.

Com forte influência dos etruscos, a arte romana antiga seguiu os modelos artísticos e culturais da Grécia Antiga.

Os Etruscos representam uma das civilizações da antiguidade que habitaram a península itálica a partir do século IX a.C., antes dos Romanos. Eles desenvolveram uma cultura original, e, para a época estavam bem evoluídos em relação a sua arte (artesanato, arquitetura, escultura) e engenharia.

Ainda que os etruscos sejam pouco conhecidos, em relação aos romanos e gregos, eles foram uma das civilizações mais poderosas da antiguidade e que apresentam uma notória herança histórica, artística e cultural.

ARQUITETURA 

Os romanos preocupavam-se intensamente com aspectos voltados para a utilidade, a funcionalidade e a praticidade de suas obras artísticas.

A arte romana se destacou no período que foi do século VIII a.C. ao século IV d.C.

No auge do Império Romano, houve a construção de diversos monumentos públicos em homenagem aos imperadores.

A arquitetura foi a maior de todas as expressões artísticas dos romanos. Nela, a característica que mais se destaca é o uso dos arcos e abóbodas na construção de portais, aquedutos, prédios, monumentos e templos.

Embora contassem com características etruscas e gregas, a arquitetura romana inovou no uso do material, como o concreto, com a criação de abóbodas semicilíndricas e arcos sem sustentação, além de prezar muito pelo tamanho e pela funcionalidade de suas construções.

O uso do concreto, inclusive, também tinha um caráter funcional, uma vez que é um material econômico e bastante resistente, o que permitia construções em grande escala, necessárias para ajudar no desenvolvimento das regiões conquistadas. Frequentemente, o concreto era revestido com algum outro material, como mármore, a fim de dar à construção uma aparência mais refinada.

Duas das principais construções romanas ainda sobreviventes são o Panteão (113-125 d.C.), sendo um templo dedicado a todos os deuses romanos, e o Coliseu (68-79 d.C.), um anfiteatro oval na época com capacidade para abrigar de 50 a 80 mil espectadores. Ambos possuem clara influência grega, como o uso de colunas.

Os romanos se apropriaram dos ensinamentos que haviam recebido e os modificaram – em alguns pontos até aprimoraram.

Por exemplo, eles acrescentaram aos estilos herdados – dórico, jônico e coríntio – duas novas formas de construção na arquitetura romana: a toscana e a composta.

PINTURAS

A arte romana recebeu influência da arte etrusca, que era popular e retratava a realidade, e da grega, que dava uma grande importância beleza. Como tinham grande admiração pela arte grega, os romanos basearam toda a sua criação nas fontes gregas.

Muitos de seus artistas eram de origem grega e apesar de copiarem muitas coisas, tinham uma temática diferente, aproximavam-se mais da realidade e davam muito valor ao traço fisionômico das pessoas.

Os artistas romanos acentuavam o realismo de seus trabalhos pintando convincentes ilusões de profundidade, sombreamento e luz refletida. Criar a ilusão de profundidade é chamado desenhar em perspectiva. Os romanos foram dos primeiros a desenvolver essa importante técnica.

A pintura mural está bem documentada, sobretudo em Pompéia e nas demais cidades soterradas no ano 79 d.C. pela lavas do vulcão Vesúvio. Distinguem-se quatro etapas denominadas estilos pompeianos. O primeiro estilo (120 a 80 a.C.) baseia-se na decoração grega de interiores e às vezes é chamado de estilo de incrustação, pois suas pinturas sobre o gesso foram utilizadas para imitar o aspecto dos muros de mármore polidos.

Alguns dos melhores exemplos de pintura romana foram encontrados nas ruínas de Pompéia. A casa de dois irmãos chamados Vettius contém afrescos pintados meticulosamente, que retratam histórias acerca de Íxion, herói míticos. Cenas do cotidiano, figuras mitológicas e religiosas e conquistas militares foram temas das pinturas romanas.

A técnica de pintura que eles usavam era a do afresco. A técnica do afresco consiste na aplicação da tinta sobre o gesso ainda molhado, o que ajuda a fixar a pintura. Com o tempo, a exposição da luz e ao ar, os pigmentos tendem a desaparecer, o que não ocorreu em Pompeia justamente pelo evento da erupção.

Na pintura romana surgiram quatro estilos tais com: estilo de incrustação, estilo arquitectónico, estilo ornamental e estilo cenográfico

Estilo Incrustação 

No estilo de incrustação nome derivado de crustae, placas pétreas de revestimento – esteve em evidência do século II a.C.até o ano 80 d.C. e é em essência abstracta. Suas origens são obscuras, mas parece ter derivado da pintura empregada na decoração de templos e altares gregos, sendo adaptado para a decoração de residências em toda volta do Mediterrâneo na altura do fim do século IV a.C. Com o passar do tempo se acrescentaram frisos decorados com padrões florais, arabescose figuras humanas, e outros elementos de arquitectura como colunas e cornijas simuladas.

Estilo Arquitectónico

O estilo arquitectónico floresceu com relativa rapidez a partir do Primeiro em torno de 80 a.C., embora exemplos precursores datem desde o século III a.C. e se encontrem espalhados por uma larga região que vai da Etrúria à Ásia Menor, onde foi usado em palácios helenistas para exibir a riqueza dos grandes personagens. A pintura do Segundo Estilo exigia a integração do trabalho entre arquitecto e decorador, pois o uso extensivo da perspectiva pintada podia anular ou desvirtuar o efeito da arquitectura real. 

Estilo Ornamental

Representa a continuidade do Segundo numa versão mais livre e ornamentada, mais leve e menos pomposa. Seus principais elementos constituintes reflectem um ecletismo comum a toda arte do período de Augusto, e incluem uma tendência clarificantes, um gosto pela cópia ou derivação de autores antigos gregos e helenistas, a influência da arte egípcia, e o florescimento do género da paisagem. 

Estilo Cenográfico por volta do ano 45 d.C. Algumas de suas características genéricas mais evidentes são uma inclinação para composições mais assimétricas, uma tendência para o uso de cores mais quentes e vivas, e um maior requinte, variedade e liberdade nas ornamentações.

O modo cenógrafo, como a palavra sugere, mostra uma grande exuberância e vitalidade e o tratamento das figuras tende a ser dramático, Os cenários da Basílica de Herculano, da Casa de Naviglio em Pompeia e as Salas de Penteou e Íxion na Casa dos Vetti são bons exemplos dessa tendência.

Retratos 

Os retratos merecem um comentário à parte porque eram elemento importante no sistema religioso e social romano. O costume de retratar os mortos tinha longa tradição. Nas residências instalavam efígies dos ancestrais como forma de homenagem perpétua, e nas procissões organizadas pelas elites os retratos de família apareciam em destaque, a fim de atestar sua linhagem patrícia. Estas efígies podiam ser esculpidas sob forma de bustos ou cabeças, modeladas em cera ou terracotacomo máscaras mortuárias, ou pintadas sobre medalhões e escudos, e costumavam apresentar detalhada caracterização fisionómica, fazendo crer que se tratasse de retratos fiéis. 

 

ESCULTURA 

De um modo geral, a escultura romana tem as seguintes características:

  • Influência da arte etrusca e grega, mas com características dos próprios romanos;
  • Não tinha um ideal de beleza, mas presava por representações realistas. O realismo é o aspecto principal em todas as esculturas, elas tinham detalhes como cicatrizes, rugas, demonstrações dos efeitos do tempo no rosto e do envelhecimento da pele;
  • Reproduções dos feitos realizados durante o Império Romano;
  • Obras que misturavam aspectos da escultura e arquitetura;
  • O busto humano está entre as obras que mais diferenciam a escultura romana das demais.

Os escultores romanos trabalharam a pedra, metais preciosos, vidro e terracota. Entretanto, seu traço marcante está mesmo no bronze e no mármore.

Na capital da Itália estão os museus mais valiosos, como o do Vaticano, os Museus Capitolinos e o Museu Nacional Romano, que possuem um vasto acervo das esculturas. A Galleria degli Uffizi, localizada em Florença também guarda uma parte significativa de bustos romanos. 

Nos Museus estão as obras mais famosas, principalmente as grandes estátuas de deuses, imperadores e outros heróis como, por exemplo, a Escultura equestre em bronze do imperador Marco Aurélio, da qual existe uma réplica no centro da praça do Capitólio. A estátua de Marco Aurélio a cavalo tem 3,53 m de altura.

Nos Museus Capitolinos também fica a Loba Capitolina, uma escultura de bronze, com dimensões aproximadamente naturais. Ela é considerada como parte da escultura etrusca, mais precisamente do escultor Vulca de Veios, mas pode ter outra origem. 

O realismo é o traço principal dos escultores, com detalhes de cicatrizes, envelhecimento da pele e demonstrações dos efeitos do tempo, como as rugas.

Objetivo principal da escultura foi fixar os traços dos que governavam o império, continuando a tradição etrusca do retrato fiel muito expressivo.

As esculturas romanas ganharam notoriedade por meio das grandes estátuas de imperadores, deuses e heróis. São exemplos a estátua de bronze de Marco Aurélio a cavalo (com 3,53 m de altura) e a estátua de Constantino I, ambas expostas no Museu Capitolino de Roma.

Cena do Altar da Paz (Ara Pacis), monumento que consagrou um estilo narrativo tipicamente romano nos relevos arquiteturais

A civilização romana é uma mescla de influências de culturas etruscas, gregas e orientais. Se os gregos se destacaram pela filosofia e os egípcios por sua arquitetura, podemos dizer que os romanos se sobressaíram por construir um Império que durou mil anos.

Muitos foram os aspectos culturais e sociais desenvolvidos no Império Romano, Direito romano, cristianismo, exército disciplina e estratégias, Línguas derivadas do latim, Alfabeto e números romanos, Arquitetura e Engenharia, Artes Plásticas que chegaram até o nosso presente, através de permanências de sua cultura. Isso não significa que as práticas antigas não tenham sofrido alterações, mas indicam a potência do Império Romano.

“Lembra-te romano de submeter os povos a teu império. Tua missão é de impor as condições de paz, poupar os vencidos e abater os soberbos.” expressou o poeta Virgílio, na sua obra Eneida.

Virgílio (70 a. C. – 19 a. C.! É tradicionalmente considerado um dos maiores poetas italiano de Roma, e expoente da literatura latina. Sua obra mais conhecida, a Eneida, é considerada o épico nacional da antiga Roma: segue a história de Eneias, refugiado de Troia, que cumpre o seu destino chegando às margens de Itália — na mitologia romana, o ato de fundação de Roma.

“Espalhar a própria fama por meio de feitos, eis uma obra de valor.”
Virgílio

A história não para por aqui!

Até a próxima parada.

Obrigadas pela leitura.

GALERIA DE IMAGENS

Amanda Sanzi é artista visual, moradora do Morumbi e expressa sua compreensão do mundo através de suas obras!

amandasanzi.com

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