O som do realejo

Deborá Espasiani

Alguém se lembra do realejo? Eu amo até hoje aquele som gostoso! A última vez que vi foi no Shopping Eldorado, mais de 20 anos atrás. Tem um texto bonito que achei no blog do site Centro Cultural Castrolandia (http://www.moinhocastrolanda.com.br/home). Confira!

“Em muitas cidades e vilas da Holanda, o realejo é um fenômeno comum. O músico de realejo coloca seu instrumento em um local adequado e apresenta sua caixa de dinheiro para o público que passa. A música soa longe, o repertório varia de músicas alegres e musicais à clássicas. As pessoas já sabem o que está vindo e alguns já preparam suas carteiras. As crianças ganham uma moeda, do pai ou da mãe, e podem colocar na caixinha. A cultura em torno do realejo é uma típica tradição holandesa. No entanto, o realejo não foi uma invenção holandesa, ele foi criado na Itália e desenvolvido na Alemanha, França e Bélgica. Mas só na Holanda (principalmente após 1945) este instrumento foi encarado como uma parte importante do folclore holandês.

A história do órgão de rua remonta ao século 18. Por volta de 1720 os chamados “órgãos canário” ou “serinettes” eram populares. Estes eram pequenos órgãos, de reprodução automática, que apresentavam de dez a doze tubos de estanho. O instrumento produzia melodias monofônicas simples em uma pequena caixinha. O instrumento servia para ensinar os pássaros a cantarem canções, ao se reproduzir constantemente uma mesma melodia. Logo cantores de rua começaram a usar estes órgãos para acompanhar o seu canto. A primeira vez que isso aconteceu foi na Itália. A imagem mais antiga conhecida e descrição de um tocador de realejo rua podem ser encontrados em Roma no livro “Cabinetto Armonico” de F. Bonanni, de 1722. Muitos músicos de rua italianos levaram seu realejo para outros países e isso levou a uma rápida disseminação desta forma de música de rua. A Alemanha e a França rapidamente seguiram o exemplo dos italianos. Diferente da cítara, flauta ou lira, este instrumento não precisava ser tocado, poderia ser simplesmente girar uma pequena manivela e facilmente transportar o órgão. O som da música de órgão era agudo e contrastava muito com a voz grave do cantor. Houve, portanto, a necessidade de construir mais tubos e tubos maiores, fazendo o som ficar mais forte. Na cidade alemã de Schwarzwald e em Paris foram criadas entre 1800 e 1840, as primeiras fábricas de órgão. Os pequenos órgãos evoluíram para órgãos tão pesados que foram chamados de “buikorgels” (órgãos de barriga) pois era necessário usar um cordão/cinto em volta do pescoço e o instrumento ficava na altura da barriga. Quando os órgãos evoluíram a ponto de se tornarem pesados demais para serem carregados, passou-se a usar um apoio durante as apresentações. Então surgem os “pootorgels” (órgãos com pés). Mais adiante, os órgãos passaram a ser suportados por um triciclo e assim surgiu o órgão de rua (realejo) sobre rodas. Os músicos caminhavam de um lugar a outro, animando públicos em quermesses, feiras, praças e festas das cidades. Os órgãos tornaram-se tão complexos que o homem nem precisava mais cantar, a melodia já era suficiente.”

(Texto de Tom Meijer – tradução livre)

Fonte:
http://www.moinhocastrolanda.com.br/noticia/realejo-e-tema-do-3-dia-do-centro-cultural-para-o-museumweek-2017-39

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Deborá Espasiani é moradora da Vila Sônia desde 1962, interessada pela história e memórias desta região em que teve seu nascimento na Fazenda Morumbi, onde conta o início de sua história neste vídeo do Programa Deborá Histórica
Secretária Executiva de profissão
Diretora, apresentadora e roteirista do Programa Deborá Histórica que vai ao ar no youtube todas às 5ª feiras às 6 horas.
Associada à Associação Comercial Distrital Sudoeste
Recebeu o Prêmio Mérito Profissional recebido em 19/10/2018 pela ABRASCI – Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura
Tem o título de Dama Comendadora recebido em 31/01/2019 pela Ordem dos Nobres Cavaleiros de São Paulo – Polícia Militar
Recebeu 0 Prêmio Excelência Mulher recebido em 19/03/2019 pela CIESP e também o
Prêmio Mérito Feminino recebido em 30/03/2020 pela pela ABRASCI – Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura
Autora de 16 cursos na área administrativa-financeira

Desde 2017 vem juntando documentos do Distrito da Vila Sônia / Morumbi para fins de contar a História e Memórias desta região no canal do YouTube Deborá Histórica e, em breve, no site www.deborahistórica.com.br
Amo história e memórias, amo entrevistar pessoas e ver o brilho em seus olhos quando lembram dos momentos que passaram em sua infância, adolescência.

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Imagem destacada da Publicação

George Hodan lançou esta imagem "Realejo" sob licença de Domínio Público (CC0 Public Domain)

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