Após, finalmente, pedir à mão da noiva em casamento, agora o casal tem uma série de coisas para providenciar! Data, igreja, vestido de noiva, lua de mel e todos os preparativos para a cerimônia e festa, além, é claro, de pensar em quem serão os padrinhos e madrinhas.
Há diversas histórias que falam da origem da figura dos padrinhos no casamento. Sabe-se que o costume de tê-los no casamento e que acabou por se tornar em uma tradição, foi na Roma Antiga. Casais com idade próxima a dos noivos subiam ao altar com roupas semelhantes às deles a fim de confundir espíritos malignos que quisessem amaldiçoar a união. Na Idade Média o padrinho tinha o papel de ajudar o noivo a proteger a noiva contra alguma tentativa de sequestro. A madrinha atuava como uma dama de companhia e ajudava a noiva em detalhes como vestido, adereços e penteado.
Mas foi somente após 1563, no âmbito da Igreja Católica com o Concílio de Trento, que surge a figura formal dos padrinhos. O Concílio concede ao casamento status de sacramento e determina que ele seja celebrado por um sacerdote na presença de duas ou três testemunhas, que acabaram por se tornarem os padrinhos.
Desde então, os padrinhos passam a fazer parte do ritual do casamento, não apenas pela cerimônia, mas como uma espécie de guardiões da união dos noivos. Chamar alguém para ser padrinho ou madrinha de um casamento tem um significado muito especial, pois denota um status de intimidade e afeto por parte de quem convida, mas, mais do que isso, é como se concedesse aos convidados um papel de conselheiro, de alguém cuja opinião tem um respeito e relevância somente semelhante a que os pais do casal possuem.
É costume ter entre os padrinhos, irmãos ou parentes mais próximos, como primos, para serem padrinhos e madrinhas, afinal, são as pessoas com quem cresceram juntos e nas quais o casal confiam, pois acabam comungando ideias e opiniões semelhantes e assim sabem, que os padrinhos conhecem seus gostos e atitudes.
Mas é importante salientar que o papel de guardiões e conselheiros dos padrinhos tem um caráter essencialmente religioso. Basicamente, são essas pessoas que irão congregar junto ao casal, as crenças e costumes que eles devem se ater para constituir o casamento em uma harmonia suficiente para passar por problemas e crises que naturalmente surgem da união. São os padrinhos que frequentemente lembrarão o casal da essência que os levaram à união e do que ela representa no presente e, principalmente, para o futuro, especialmente em relação a construção de uma família, de forma a passar à frente quais os valores que devem ser considerados.
A tradição também indica que os padrinhos devem ofertar presentes ao casal que os ajudem no início da vida a dois. Não há, na verdade, uma regra estabelecida, claro. O ato de presentear ganhou força com o tempo e a tradição.
Para além de toda a tradição e liturgia acerca da condição de padrinhos e madrinhas, o que talvez seja o dado mais marcante, é que para quem é convidado, o sentimento de importância na vida daquela pessoa ganha dimensões mais contundentes, pois nasce um compromisso em uma instância da vida que é sagrada para o casal. Para os noivos, contar com as pessoas com quem tem relacionamentos afetivos consideráveis, há uma sensação de segurança e de se sentirem especiais em poderem compartilhar momentos significativos de suas vidas.
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