Voluntariado também pode ser corporativo

Por Beatriz Pereira de Almeida

O Dia Internacional do Voluntário, 5 de dezembro, homenageia com justiça os que se dedicam a esse tipo de ação solidária e socialmente responsável. Enquanto organizações despendem tempo e investimentos com programas motivacionais para seus colaboradores, voluntários são trabalhadores 100% comprometidos com suas atividades e já são “motivados de fábrica”. O valor desse trabalho? Incomensurável!

O trabalho voluntario vem de uma inquietude interna com as injustiças e desigualdades do mundo e de uma predisposição para amenizar as discrepâncias, diminuir as diferenças e atender quem mais precisa, as minorias que sofrem injustiças, preconceitos e têm menos oportunidades. Tal inquietude, que leva a uma ação positiva, pode ser de uma pessoa ou (por que não?) de uma empresa. Esta segue a alma de seus donos, acionistas e corpo dirigente. Movimentos solidários corporativos, quando bem-intencionados, também entram na categoria da ação voluntária.

Transformar a realidade, diminuir as desigualdades e levar oportunidades iguais para todos é um dever principalmente do Estado, mas nem sempre efetivo. Paralelamente, uma infinidade de entidades sem fins lucrativos, institutos, fundações, associações e organizações da sociedade civil trabalham nos mais diversos setores para complementar o trabalho estatal. A capilaridade dessas organizações leva oportunidades aos quatro cantos do País, em espaços nos quais o poder público, muitas vezes, mal consegue chegar.

Foto de Julia M Cameron no Pexels

Mas, a transformação social, dada a grande demanda que representa no Brasil e em várias nações, não pode contar somente com a atuação do Estado e com a luta de entidades filantrópicas. O papel das empresas é cada vez maior. Assim, tem se comprovado que é o setor privado que pode e deve mudar o cenário da desigualdade, exclusão e discriminação. Por isso, a sigla ESG (Environmental, Social and Governance / Ambiental, Social e Governança) é a grande pauta.

É pertinente lembrar que muitas empresas já têm esses princípios em seu DNA e os praticam há muito tempo. Mais do que uma exigência cada vez mais atual do mercado, a postura socialmente responsável deve estar sedimentada em seu core, como uma atitude autêntica, condizente com os valores de seus dirigentes e seu corpo colaborativo. O voluntariado corporativo tem uma escala muito maior, abrangendo muito mais pessoas e gerando muito mais resultados. Imagine um contexto no qual todas as empresas fossem socialmente responsáveis, independentemente de legislações trabalhistas ou pressão do mercado.

Precisamos separar o que é legítimo e espontâneo do ESG washing (do inglês lavar), prática na qual as pautas sociais, ambientais e de governança corporativa são maquiadas, com forte apelo marqueteiro. Ações que visem ao marketing exclusivamente acabam se esvanecendo com o tempo, não transformam, não perduram. Saber diferenciar a autenticidade e os verdadeiros valores das empresas é o primeiro passo para a verdadeira transformação.

Em Bertioga, no Litoral Norte paulista, região de sua atuação, a Sobloco investe na educação e cultura. Há 29 anos ininterruptos, mantém o Programa Clorofila de Educação Ambiental, hoje em 25 escolas do município, levando às crianças e jovens uma série de atividades voltadas ao ensino e conscientização ecológica. Ações da empresa na cidade incluem, ainda, a reforma integral de escola estadual no Jardim São Lourenço, a realização anual, desde 1992, do evento cívico do Dia da Bandeira com as crianças do bairro, o apoio a iniciativas da prefeitura para a cultura, como a escola de balé, a promoção de campanhas voltadas à saúde, como o Outubro Rosa e o Novembro azul, e o apoio constante às atividades da Fundação 10 de agosto. Esta entidade, com 28 anos de existência, foi instituída pela diretoria da empresa para promover a inclusão social, o fortalecimento de vínculos entre jovens, a capacitação profissional, o acesso à cultura, por meio da música, e a criação de oportunidades de conhecimento, troca e convivência familiar. A longevidade dos programas mantidos pela Sobloco confirma a sua legitima intencionalidade.

O voluntariado, a rigor, é uma responsabilidade intrínseca à cidadania e à atuação de todas as empresas e organizações da sociedade civil. Num mundo que ainda não conseguiu prover condições de vida dignas para todos os seus habitantes, continuam imensas a demanda, as oportunidades e as necessidades do exercício da solidariedade.

Beatriz Pereira de Almeida é diretora adjunta de marketing da Sobloco Construtora e presidente da Fundação 10 de Agosto.

Colaboração de Pauta:

Ricardo Viveiros & Associados Oficina de Comunicação

Ricardo Filinto
[email protected]

Ágata Marcelo
[email protected]

+55 11 95460 0217
+55 11 98585 6702

Este artigo é um oferecimento de Touchédigital Marketing OnLine
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