Especialista do Centro Universitário Senac traz reflexões sobre o segmento de beleza sustentável e esclarece dúvidas sobre produtos que têm sido bastante consumidos
Não é de hoje que a sustentabilidade está no centro das discussões e, durante a pandemia, o assunto acabou se intensificando. Isso porque os consumidores estão, cada vez mais, preocupados com o impacto que os produtos que compram podem causar no meio ambiente e em sua saúde. O cuidar do bem-estar e da saúde por meio de uma alimentação melhor, da higienização e de um consumo mais consciente estão sendo primordiais também neste momento histórico.
Para se ter uma ideia da dimensão e da abrangência do mercado de beleza, de acordo com números da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), os produtos voltados aos cuidados com a pele registraram crescimento de 161,7% nas vendas durante os dez primeiros meses de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019.
“Com o período de quarentena, uma série de comportamentos dos consumidores foram mudados. As pessoas passaram a se importar mais com a saúde e com o bem-estar, começaram a criar momentos reconfortantes durante o período de isolamento social, o que se traduziu em adesão ao skin care (cuidados com a pele), fatores importantes para manter a saúde mental e estimular a autoestima durante momentos mais difíceis. As redes sociais também impulsionaram esse movimento”, explica Carla Aparecida Pedriali Moraes, professora do Bacharelado em Estética e Cosmética do Centro Universitário Senac.
Segundo a especialista, a tendência de alta no segmento de beleza permanecerá para 2022, com destaque aos produtos que combatem a maskne (acne causada pelo uso contínuo de máscaras de proteção facial), cosméticos dentro do movimento clean beauty (beleza limpa), além dos cosméticos multifuncionais como os fotoprotetores clareadores e antiaging (anti-idade) que protegem a pele dos efeitos nocivos da luz emitida pelos dispositivos eletrônicos (celulares e computadores).
Beleza sustentável, um caminho sem volta
Considerando o segmento de beleza sustentável, citado acima como tendência, existem algumas reflexões necessárias, primeiro em relação à definição. Segundo a especialista do Senac São Paulo, o setor engloba produtos que diminuam os riscos ao meio ambiente e à saúde do ser humano, como por exemplo, os produtos veganos, cruelty free, naturais, orgânicos, com refil e embalagens ecológicas são alguns dos tipos de cosmético que podem fazer parte de uma rotina de beleza mais saudável para o nosso corpo e para o planeta.
“As empresas de matérias-primas e os formuladores de produtos finais vem se preparando para o crescimento do mercado de cosméticos naturais, orgânicos e veganos e vem padronizando os conceitos envolvidos nas definições destes tipos de produtos. Ainda não há uma regulamentação oficial, mas existem as certificadoras que são organizações nacionais e internacionais que definem regras e padrões próprios, emitindo certificações para cosméticos que atendam às definições”, acrescenta Carla.
Produtos veganos, orgânicos e naturais. Quais as diferenças?
Há algumas limitações de uso de ingredientes no produto final desses cosméticos, fazendo com que alguns deles possam ter eficácia reduzida. Como por exemplo, os produtos cosméticos naturais que, por conta da proibição de uso de componentes que aumentam a performance do produto, podem ter problemas de estabilização de formulações e no desempenho.
Tanto para os produtos orgânicos, quanto para os produtos naturais, há a necessidade de usar embalagens específicas que tenham menor contato com o meio externo por conta da utilização de conservantes específicos, que muitas vezes podem ter sua eficácia reduzida. Os produtos veganos contam com a vantagem de serem desenvolvidos com semelhante aos produtos tradicionais e com custos equivalentes, pois a restrição de matéria-prima é menor.
Para esclarecer dúvidas recorrentes a respeito dos cosméticos veganos, orgânicos e naturais, a professora do Bacharelado em Estética e Cosmética do Centro Universitário Senac, esclarece questões em forma de mitos e verdades. Confira:
Mito: cosmético com apelo verde é a mesma coisa que cosmético orgânico ou natural. Pode haver confusão entre cosmético com apelo verde (que tem a presença de ativos vegetais) e entre natural ou orgânico. Para ser orgânico ou natural, é preciso certificação, a empresa que produz precisa respeitar normas e proibições de ingredientes e assim ter a certificação do produto e não simplesmente colocar no rótulo que existe a presença de plantas.
Verdade: o custo de produtos naturais e orgânicos pode ser 50% superior a outros cosméticos com a mesma finalidade de uso. Isto se deve à especificidade de uso de ingredientes e pelo próprio processo de obtenção deles. No caso de produtos veganos, o custo é equivalente, pois a gama de ingredientes a serem utilizados é maior.
Verdade: o cosmético vegano não utiliza ingredientes de origem animal. A afirmação é verdadeira e, dentro desse contexto, também não usa produtos ou mesmo ingredientes que possam ser testados em animais, portanto levam o selo de cruelty-free (livre de crueldade).
Mito: cosmético vegano é igual ao cosmético natural. O consumidor espera que o produto vegano não tenha os polêmicos ingredientes, como os parabenos e os sulfatos. Mas, nos produtos veganos, é permitido tê-los, pois, nesse caso, existe a permissão para os ingredientes sintéticos.
Mito: cosméticos veganos, orgânicos e naturais são mais fracos que os tradicionais. Esses cosméticos, assim como os tradicionais, passam pelos mesmos testes de estabilidade, com as mesmas boas práticas de fabricação e ensaios de eficácia. Existe até um trabalho maior dentro do desenvolvimento relacionado às pesquisas, pois a lista de restrição a ser cumprida é maior.
Para quem tem interesse em mergulhar no universo na estética e da cosmética, uma excelente opção é o curso Bacharelado em Estética e Cosmética do Centro Universitário Senac. Entre as possibilidades de atuação desse profissional, estão: indústrias cosméticas e de equipamentos, área operacional de clínicas e cruzeiros, gestão e coordenação de clínicas e centros de estética, abertura de negócio próprio, a possibilidade de ser influenciador digital, dado o conhecimento sobre a aplicação dos produtos, entre outras.
Colaboração da pauta:
In Press Porter Novelli
Yolanda Drumon
+55 11 3323 1527
senac@inpresspni.com.br
Assine
Nossa Newsletter
Inscreva-se para receber nossos últimos artigos.
Conheça nossa política de privacidade
Compartilhe:
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)
No comment yet, add your voice below!