O trabalho socioemocional como competência, mas também como afeto

Oferecimento 

Anglo Morumbi

Por Natan(ael) Peres Fernandes

Em Cajuína, Caetano Veloso (nos) faz a seguinte indagação: Existirmos, a que será que se destina? e, sem dar uma resposta à pergunta, a música segue em um rendilhado circular de letra e melodia no qual a questão sempre volta… Existirmos, a que será que se destina? É certo que, não só nessa extraordinária canção, como também na vida, tal interrogação é indissolúvel, considerando que nosso existir só se define no próprio ato da existência. Uma existência feita de pequenos “existires”: uma metonímia, portanto. Mas, ora, não seria a própria vida constituída e alimentada dessas partes que formam um todo?! Parece possível compreender que sim.

Este texto começa assim, com um tom acentuadamente filosófico, pois, em alguma escala, é a pergunta de Caetano que rege as aulas do Líder em Mim, programa socioemocional aplicado no Colégio Anglo Morumbi, em consonância com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e o Casel (Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning, autoridade mundial na Aprendizagem Socioemocional). À primeira vista, tal afirmação pode soar exagerada, contudo, sabendo que o Homem tem a capacidade de projetar tanto bombas quanto remédios, nossas salas de aula buscam oferecer aos estudantes reflexões acerca de um projeto de vida que possa:

  • Diminuir os anseios e aumentar as possibilidades e esperanças de futuro de cada um (planejando e refletindo sobre as possibilidades que estão por vir);
  • Organizar a si e o meio em que vivem (isso de forma subjetiva como também objetiva);
  • Dar um sentido a (quase) tudo e ter equilíbrio pessoal (nas relações escolares e em outros contextos sociais);
  • Possibilitar uma maior compreensão de si mesmos e perceber com empatia as pessoas ao seu redor (de forma a diminuir o “ensimesmamento” e contribuir para um sentimento de coletividade).
Reunião da Equipe Farol Juvenil

Esses objetivos aparentemente abstratos, quando bem trabalhados, dão conta de formar seres humanos habilidosos não apenas nos saberes científico-culturais, mas também socioemocionais. Com isso, incentivamos os estudantes no desenvolvimento de competências como Autoconsciência, Autogestão, Consciência social, Habilidades de relacionamento e Tomada de decisão responsável, o que, por sua vez, contribui para a melhora do desempenho escolar de modo geral. E, além disso, ao considerarmos que os afetos e emoções foram escanteados no mundo da técnica em que vivemos, um programa socioemocional como o Líder em Mim permite o respiro de lucidez tão necessário que busca inspirar os jovens a contribuir para a construção de um mundo que se desenvolva sem esquecer de sua humanidade (ou seja: uma realidade sustentável também nas relações humanas).

Assim, diante da brutalidade tão aguda (com desigualdade, injustiças, violências e guerras) a que estamos expostos diariamente em nossa sociedade, tudo ainda mais intensificado por uma pandemia, nossos estudantes são chamados a olhar o próximo de maneira empática, formando a si, mas sem esquecer do outro. Aliás, vale destacar, nesse sentido, o próprio desejo dos estudantes pela prática de afeto e acolhimento, não só na busca, como também na oferta deles: com o retorno às aulas 100% presenciais, foi comovente o carinho e a alegria ofertados aos professores nas diversas aulas e, se a etimologia da palavra nos ensina que “co-mover” é “mover junto”, os alunos, com seus afetos, moveram também a esperança dos professores por dias melhores, em que a cidadania e a responsabilidade com o coletivo sejam consideradas no projeto de vida de cada um.

Criação da Missão da sala em conjunto com os alunos

Voltando enfim à Cajuína de Caetano, um trabalho socioemocional que se pretenda sólido precisa formar seres humanos integrais (nas dimensões da mente, do corpo, do espírito e do coração) e, sendo assim, não nos parece possível fazê-lo sem a troca de afetos que mobiliza alunos e professores. E há nesta última assertiva uma aposta: a de que apenas no troca com o coletivo (e como isso fez falta nos últimos dois anos, não?!) é possível olhar para a sina da matéria vida, de forma que ela deixe de ser tão fina e ganhe corpo, forma e… existir! Um existir potente e transformador, cheio de acolhimento e afeto, que, mesmo sabendo da indissolubilidade da pergunta, insiste em permanecer, existir e viver, não só por si, mas com, no e pelo outro.

Imagens cedidas pelo Colégio Anglo Morumbi

Natan(ael) Peres Fernandes é professor no Colégio Anglo Morumbi

@nataninsta_

Há mais de 27 anos, o Colégio Anglo Morumbi vem transformando vidas e abrindo caminhos para um mundo em transformação. A proposta pedagógica é pautada nos três pilares: acadêmico (Sistema Anglo de ensino, treinamento contínuo de professores, High School, Plataforma Bilíngue Cultura Inglesa (Imersão na língua inglesa), socioemocional (Líder em Mim, Parceria Unesco) e inovação (Cultura Maker, Sala Google, Aplicativos de gamificação).

Os alunos, desde a Educação Infantil, passando pelo Ensino Fundamental até o Ensino Médio, são incentivados a desenvolverem suas lideranças, responsabilidades e o protagonismo para sua formação. Recebemos o título de Escola Farol, um reconhecimento internacional da excelência atingida pela escola em termos de resultados escolares, desenvolvimento do senso de liderança, autonomia e autoconfiança dos alunos.

O Colégio Anglo Morumbi é Escola Google Referência, reconhecidos por desenvolver soluções curriculares inovadoras e tecnológicas, que colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem. Os professores são capacitados e certificados para utilizarem as ferramentas Google, tornando a aula mais envolvente e dinâmica.

R. Diogo Pereira, 324
Vila Suzana, São Paulo – SP
Telefone: (11) 3740-1000

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