Leônidas da Silva, o “Diamante Negro”

Tricolor na Dolce

com Mara Casares

Décio Miranda Zitto faz parte hoje do Conselho Deliberativo do São Paulo Futebol Clube. Foi eleito pela primeira vez, nas últimas eleições. Estava como suplente e agora assumiu a posição. É também bem conhecido no clube como “Macgyver” Zitto. É uma pessoa bastante atenciosa e popular no SPFC, e é neto de um ídolo do clube, um dos maiores jogadores, não apenas aqui no tricolor, mas no futebol brasileiro e mundial! Estamos falando nada mais, nada menos do que o senhor Leônidas da Silva, que ganhou o apelido de “Diamante Negro”. Segundo consta, por ser exatamente um jogador precioso.

Nascido em 1913 no Rio de Janeiro, com 17 anos já defendia o Bonsucesso. Logo aquele jogador que prometia ser um dos maiores centroavantes do futebol brasileiro, começou a ser disputado por vários clubes. O Peñarol de Montevidéu ganhou a parada e Leônidas jogou por um tempo no Uruguai.

De volta ao Brasil em 1934, entrou no Vasco da Gama e participou da Copa do Mundo na Itália, mas foi na França, quatro anos depois, em 1938 que o futebol de Leônidas brilhou intensamente. Foi artilheiro com 7 gols em 4 jogos! Foi lá que recebeu outro apelido que também seria famoso: “Homem Borracha”, dado pelo jornalista francês Raymond Thourmagem, da revista Paris Match, por causa de sua elasticidade e impulsão.

Ante as controvérsias se teria sido o inventor da “bicicleta”, movimento em uma jogada, na qual ele se joga no ar, de costas para o gol, com o corpo na horizontal e, quando a bola passa por cima, chuta-a para trás, marcando um gol até então, jamais visto. “É possível que o gol de bicicleta não seja uma criação minha, mas antes de mim, nunca vi ninguém fazê-lo”, disse uma vez em uma entrevista.

Outro lance fantástico ocorreu no jogo de Brasil e Polônia na copa da França em 1938. Leônidas jogava com sua classe habitual quando sua chuteira direita estourou. Não tendo outra de reserva, ele jogou a chuteira para fora do gramado a fim de que fosse consertada… e ficou no campo com o pé descalço. Enquanto seu calçado era reparado, houve uma falta contra a Polônia: o ponta Hércules cobrou com violência e, no rebote, a bola sobrou para Leônidas. O “Diamante Negro” não teve dúvidas: encheu o pé descalço para valer e fez o gol. O juiz validou o tento que acabou ficando na história do futebol.

Leônidas da Silva, o “Diamante Negro”, ou também “Homem Borracha”

Quando estreou no SPFC em 1942, levou mais de 70 mil pessoas ao Pacaembu para verem a magia do “Diamante Negro”. Ao se aposentar, se tornou técnico do São Paulo e depois viria a ser comentarista de futebol. Morreu aos 90 anos em 2004 em Cotia, SP.

Temos que sempre olhar para a história e reverenciar nossos ídolos em todas as áreas de nossa cultura e contar suas façanhas para as novas gerações para que saibam quem vieram antes deles e aprender com o talento e entender o legado que estes heróis, muitas vezes, improváveis, deixaram para nós.

Aqui nossa homenagem sempre ao grande majestoso Leônidas da Silva para sempre no coração e na memória Tricolor.

Até a próxima!

Mara Casares é Advogada, Conselheira Eleita no São Paulo Futebol Clube e à frente da Diretoria Feminina do Clube Social.

Fundado em 25 de janeiro de 1930, o São Paulo Futebol Clube é o time brasileiro com o maior número de títulos internacionais, único no país a ostentar três títulos mundiais (1992, 1993 e 2005) e o primeiro time do Brasil a se consagrar três vezes campeão da Taça Libertadores da América. Com uma base cerca de 20 milhões de torcedores, é reconhecido mundialmente pelas suas três cores (vermelho, branco e preto) e por ser também um celeiro de craques de nível internacional e que defenderam e foram campeões mundiais com a Seleção Brasileira.

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