Como as crianças encaram a separação dos pais

Dolce Criança

Cynthia Wood Passianotto

Quanto maior a convivência com os pais quando casados, mais a criança pode sentir o processo de separação.

Imagem de Freepik

Quando muito nova, ainda bebê, a criança está formando seus vínculos e começando a reconhecer seus pais; nestes casos o processo de separação pode gerar uma dificuldade de formação de vínculo com o pai que não ficar com a guarda da criança.

Para suprir essa defasagem é importante que o pai que não ficou com a guarda do filho seja o mais presente possível na vida do mesmo, a fim de formar um vínculo de confiança e amor.

Crianças em idade pré-escolar, 3 a 5 anos, muitas vezes ficam confusas e não entendem a situação. Ficam tristes e as vezes tendem a achar que a culpa podem ser delas regredindo e voltando até a fazer xixi na cama. Outras vezes demonstram medo de tudo e passam a ter distúrbio do sono. Nesta fase é muito importante que os pais expliquem que o amor por eles é enorme e continua o mesmo, que eles não tem culpa da situação e que sempre estarão por perto para cuidar e proteger.

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A criança de 7, 8, 9 anos poderá não dar tanta importância à separação, mas pode se sentir insegura quando vê uma mudança na sua rotina diária com os pais. Sente dificuldade em se adaptar ao processo casa da mãe em alguns dias da semana e do pai em outros. Ficam confusos quando pensam como vai ser datas especiais como Páscoa, aniversário, Natal e Ano Novo e muitas vezes ficam tristes e tem uma queda em seu rendimento escolar até que se adaptem a rotina e tudo comece a correr bem novamente.  É importante nesta fase que os pais mantenham os acordos sobre a criança, falem a mesma língua nas duas casas sobre regras e horários a serem cumpridos para o bem da criança.

O pré-adolescente e o adolescente embora mais consciente do que se passa, pode sentir falta dos pais na formação da identidade, apresentar dificuldade em aceitar a situação imposta, questionar a autoridade e como consequência apresentar uma rebeldia excessiva, dificuldade em aceitar regras e limites, dificuldade de aprendizagem e baixo rendimento escolar. Nesta fase o mais importante é que os pais demonstrem seu amor e tenham paciência, pois o filho muitas vezes por raiva vai evitar não ir a casa do pai que não ficou com a guarda, dizendo não ter culpa e que tem outros compromissos, o que mudará com o tempo e demonstração de carinho do pai.

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Cynthia Wood Passianotto  é psicóloga e escreve quinzenalmente na Dolce Morumbi.
Acompanhe a Cynthia também em suas Redes Sociais:
@cynthia_wood_passianotto e @crescendoeacontecendo

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