Pelos relógios do D’Orsay

Dolce Arte

Amanda Sanzi

Museus pelo Mundo com Amanda Sanzi: Museu D'Orsay

Hoje trago para vocês minhas impressões da visita que fiz ao Museu D’Orsay quando de minha viagem à Paris, em mais um museu pelo mundo!

De uma histórica estação ferroviária na margem esquerda do Sena, a Gare d’Orsay, a um dos principais museus franceses, seguido do Louvre, hoje reconhecido com o maior acervo de obras impressionistas do mundo.

Em 1900, Paris sediou a Exposição Universal. O objetivo desta exposição era mostrar as realizações dos últimos 100 anos.

Mais de 50 milhões de visitantes visitaram Paris durante a exposição, que foi realizada de 14 de abril a 12 de novembro de 1900.

A Gare d’Orsay foi o primeiro terminal ferroviário urbano eletrificado do mundo. A estação de trem funcionou até 1939.

Em 1977, o Governo francês decidiu transformar o espaço em museu. Foi inaugurado pelo presidente François Mitterrand em dezembro de 1986. Os arquitetos Renaud Bardon, Pierre Colboc e Jean-Paul Philippon, foram os responsáveis pela adaptação da estação.

Sim! D’Orsay também é conhecido e lembrado por seus relógios na arquitetura. São grandes relíquias da construção original da estação.

Olhar através do relógio foi inesquecível! Uma experiência única e deslumbrante. É como viajar no tempo, literalmente pelo relógio, afinal este é o encanto do exercício mental da arte de transportar se à essência da história. Afinal às margens do rio Sena, este imponente prédio guarda memórias inestimáveis da história de Paris. Senti-me grata por estar lá neste pedaço histórico e compartilhar com vocês.

O Orsay é tão suntuoso que ao adentrá-lo você, além de apreciar as obras de arte, também é inteiramente impactado por sua arquitetura.

O Museu tem 57 mil metros quadrados e em seus 22 anos de existência, o museu recebeu mais de 60 milhões de visitantes.

O átrio principal do museu é todo aberto e preenchido por esculturas. O prédio tem cinco andares, sendo que as exposições principais estão dividias entre estes cinco andares. No último andar, há um café, cinema, loja de souvenires e o belíssimo relógio da estação.

São mais de 4.000 obras exibidas permanentemente ao público.

Além das pinturas famosas em destaque, há também as esculturas, fotografias, artes decorativas e arquitetura que compõem a total riqueza do Museu.

Logo na entrada ao lado externo, o destaque são as seis obras que representam os continentes, ora construídas para a Exposição Universal de 1900:

  • América do Sul, de Aimé Millet
  • Ásia, de Alexandre Falguière
  • Oceania, de Mathurin Moreau
  • Europa, de Alexandre Schoenewerk
  • América do Norte, de Ernest-Eugène Hiolle
  • África, de Eugène Delaplanche

Acervo

Em particular, minha emoção escorre pelo rosto ao apreciar as obras de grande mestres do impressionismo e pós-impressionismo.

O foco principal do acervo são obras datadas entre 1848 e 1914. São oriundas do Museu do Louvre, do Museu do Jeu de Paume e do Museu de Arte Moderna de Paris.

Principais artistas do esplêndido acervo, dos quais destaco algumas fotos de obras, entre eles: Paul Cézanne, Pierre Bonnard, Gustave Coubert, Edgar Degas, Vincent van Gogh, Eugène Delacroix, Gustav Klimt, Claude Monet, Camille Pissarro, Pierre-Auguste Renoir, Auguste Rodin, Henri de Toulouse-Lautrec, Paul Gauguin, Honoré Daumier, entre outros.

Os principais destaques das esculturas do átrio são “As quatro partes do mundo” (foto abaixo), uma fonte neoclássica em forma de esfera celeste, construída em 1897 para o Jardim Observatoire, que gira em torno de si mesma.

A Dança

Jean-Baptiste Carpeaux esculpiu essa obra entre 1865 e 1869. As 5 figuras femininas são ninfas e elas dançam em torno de um músico. A obra foi encomendada para a Ópera Garnier, mas foi considerada escandalosa. O povo, revoltado com tamanha ousadia das ninfas – rodopiando nuas, cabelos ao vento e sorrindo – tentaram destruir a escultura e ela acabou restrita aos espaços fechados dos museus (cópias no Louvre e no D’Orsay) e da própria Ópera, onde está a original.

Para finalizar esta maravilhosa visita no final da galeria, fiz uma parada no famoso Café L’Horloge recentemente reformado por arquitetos brasileiros, os irmãos Campana Fernando e Humberto Campana.

Gostaria de detalhar todas as obras, esculturas e cada cantinho visitado, porém, demandaria tempo e muitas páginas! Mas registro aqui e compartilho com todo respeito, amor e carinho pela arte e por vocês a minha visita ao D’ Orsay. Quando viajar para Paris, coloque o em seu roteiro, assim como o Louvre que também já escrevi em artigos anteriores para vocês!

Espero que tenha apreciado!

Respire Arte!

Museo D’Orsay

1 Rue de la Légion d’Honneur, 75007 Paris, França

Imagem por Amanda Sanzi Arts

Referências:

https://www.musee-orsay.fr/fr

https://existeumlugarnomundo.com.br/dorsay/

Fotos cedidas por Amanda Sanzi

Amanda Sanzi é artista visual, moradora do Morumbi e expressa sua compreensão do mundo através de suas obras!

amandasanzi.com

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