Consumo diminui face ao aumento de preços dos alimentos, revela pesquisa da Galunion

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64% deixaram de consumir ou diminuíram a frequência de consumo devido ao aumento dos preços do cardápio. Estudo também mostra que os hábitos de consumo no ambiente de trabalho mudaram, já que o quesito ‘sair para comer na maioria das vezes’ registrou uma queda de 20% para 15% nesta edição

Desde 2020, a Galunion, consultoria especializada no setor de alimentação fora do lar, realizou cinco edições da pesquisa de alimentação na pandemia, evidenciando as constantes mudanças decorrentes deste cenário no mercado brasileiro de Food Service. A sexta edição traz dados que mostram quais os hábitos e as preferências dos consumidores que irão prevalecer nesse momento. O estudo foi realizado de 19 a 26 de setembro de 2022, contou com 1.045 entrevistas respondidas por pessoas a partir de 18 anos, das classes ABC, em todo o território nacional.

Neste novo levantamento, alguns dados chamaram a atenção. O primeiro deles é que 64% dos ouvidos afirmaram que o motivo por deixarem de consumir ou diminuírem a frequência de consumo foi devido ao aumento dos preços do cardápio. Ou seja, a preocupação com os custos fundamentada nos índices oficiais, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, continua sendo um dos maiores desafios e entraves para aqueles que atuam no mercado de Food Service, refletindo assim na escolha dos clientes.

“Com base nas respostas coletadas, o número de pessoas trabalhando registrou um aumento, já que em fevereiro eram 76% e em setembro esse número passou a ser de 82% com relação à situação dos entrevistados. Destes, 41% voltaram a trabalhar presencialmente, 23% estão em formato híbrido e 14% seguem a maior parte do tempo em casa. Tais números refletem na forma de consumo dos brasileiros. Quando perguntamos o que pretendem fazer em relação aos gastos com comida fora de casa nos próximos seis meses, ficou evidente que isso varia bastante de acordo com a classe social. Neste caso, temos a Classe A em que 35% querem diminuir gastos, 53% irão manter e 13% planejam aumentar. Na Classe B, por exemplo, há um equilíbrio entre manter e reduzir os gastos com alimentação fora do lar, com 42% e 51% respectivamente, sendo que apenas 7% desejam aumentar. Além disso, é possível observar que a maior tendência de redução está na Classe C, já que essa é a intenção de 58%, enquanto 37% querem manter e 5% aumentar os gastos”, revela Nathália Royo, especialista em inteligência de mercado na Galunion.

Diante deste cenário, a consultoria levantou a hipótese sobre qual pedido os consumidores fariam, caso pudessem, para os donos de bares, restaurantes, cafeterias e toda a cadeia de Food Service. Dois itens obtiveram destaque, já que 45% apontaram que seria importante trazer opções de pratos mais baratos e gostosos e para 33% é essencial não sacrificar a qualidade dos produtos. Além disso, 15% preferem que os estabelecimentos invistam em experiência e hospitalidade e 7% que criem maneiras de atendê-los onde quer que o cliente esteja. Um fator que chamou a atenção neste levantamento foi que, entre os critérios de escolha dos restaurantes, a opção de ter uma comida gostosa, com 61%, ultrapassou o quesito de higiene e limpeza, com 56%, que aparecia em primeiro lugar nas demais pesquisas com consumidores desde o início de 2020.

“Com relação aos hábitos de consumo durante o almoço quando os entrevistados estão trabalhando de casa, 64% comem comida em casa feita na própria residência na maioria das vezes, enquanto esta é a opção apenas por algumas vezes de 24%. Quando falamos dos hábitos de almoço no ambiente de trabalho, o estudo revela que houve uma alteração, pois a decisão de sair para comer na maioria das vezes registrou uma queda de 20% antes da pandemia para 15% neste levantamento. Já os pedidos via delivery ou take away ainda são feitos pela grande parte dos respondentes, registrando um percentual de 80%. Entre as curiosidades desta modalidade, podemos apontar que 84% das pessoas tiveram problemas com delivery nos últimos três meses e, desses, 69% foram relacionados ao tempo de entrega maior que o prometido”, explica a fundadora e CEO da Galunion, Simone Galante.

Consumidor como protagonista

Além de preço, comida gostosa, agilidade no atendimento e higiene, 85% dos consumidores desejam alterar ou personalizar seu pedido do seu jeito e 77% gostariam de receber sugestões de alterações do pedido com base em suas escolhas anteriores. Além disso, 95% das pessoas querem encontrar novidades em alimentos

e bebidas nos bares e restaurantes. Ou seja, ter autonomia para comer o que quer e da forma que deseja, se tornou um diferencial para os clientes. Isso fica ainda mais evidente nas novas gerações, que preferem os canais digitais para efetuar pedidos via delivery. 

Ainda com base neste serviço de entrega, além do prato principal, 51% dos entrevistados costumam incluir bebidas não alcoólicas nos pedidos, enquanto 44% integram a refeição com sobremesas ou doces. Mas, ainda há algumas barreiras para os clientes não comprarem entradas, acompanhamentos, sobremesas e bebidas no delivery. Entre os motivos, para 40% as opções oferecidas pelos estabelecimentos são de marcas que podem ser encontradas em todos os lugares ou que já possuem em casa, além de 30% que afirmam poder comprar opções iguais ou similares em outro lugar.

O estudo ainda mostra quais são as principais tendências em oferta culinária, na visão do consumidor, sendo elas: 42% produtos feitos com ingredientes naturais, 40% produtos de café da manhã ou qualquer hora do dia, 38% comfort food – prato ou bebida que te traz conforto, 36% produtos de fornecedores locais ou artesanais, e 34% produtos gostosos e indulgentes, para me premiar. Porém, vale ressaltar que nem todas as tendências e culinárias são desejadas em todos os lugares. Quando questionados sobre onde preferem culinárias internacionais, açaí e sorvetes, salgados e comidas asiáticas, a maioria indicou preferência pelo consumo fora de casa. Já grelhados, churrascos, espetos, peixes e frutos do mar foram destacados como opções que menos pessoas preferem pedir por delivery ou take away. As opções que preferem fazer e consumir em casa são comida brasileira caseira, cafés, chás, sucos, vitaminas, saladas, pokes e massas.  

“Com base em todos os dados levantados, conseguimos traçar qual a visão atual dos consumidores em relação à variedade de opções disponíveis no mercado de Food Service. Dessa forma, é possível evidenciar que negócios que investem em fatores como educação, humildade, respeito, ser acolhedor e pedir feedback dos clientes em relação aos alimentos e ao atendimento, ganham destaque no setor. Além disso, nossa orientação principal é que os estabelecimentos busquem por comidas naturais, acessíveis, saudáveis e gostosas, além de investir em compreender as ocasiões de consumo mais significativas do seu negócio. Ao saber onde e para que inovar, fica mais simples adicionar as novidades de acordo com as tendências de mercado. O importante é focar na necessidade do público-alvo e como atendê-lo com excelência não apenas com um prato primoroso, mas em todas as esferas do negócio, proporcionando uma boa jornada de compra e uma experiência de consumo de qualidade”, finaliza Galante.

A Galunion é especializada no setor de alimentação, a empresa atua como uma catalisadora de conhecimento, networking e inovação. Os serviços são voltados para negócios e profissionais que atuam no mercado de Foodservice. Fundada e comandada pela CEO, Simone Galante, a Galunion atua em projetos de consultoria estratégica e de inovação, monitoramento de tendências, pesquisas, educação, roadshows, laboratório culinário e outros eventos para o mercado de alimentação preparada fora do lar. Realiza também estudos quantitativos e qualitativos em parcerias com renomadas entidades como a ABF (Associação Brasileira de Franchising) e a ANR (Associação Nacional de Restaurantes).

Colaboração da pauta:

DFREIRE Comunicação e Negócios

Marcela Baptista | [email protected]

Este artigo é um oferecimento de Touchédigital Marketing OnLine
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