Daí entra o Princípio de Pareto que eu aprendi na faculdade de marketing, com o propósito de uma simples mudança hierárquica de afazeres para um resultado muito melhor: a chamada Regra 80/20.

Vamos entender essa regra:

O princípio afirma que, para muitos trabalhos, 80% dos resultados resultam de 20% das causas. Em outras palavras, uma parte pequena das causas tem um efeito desproporcionalmente grande.

O economista italiano Vilfredo Pareto em 1896, entre outros exemplos, observou as plantas do seu jardim, onde 20% das plantas produziam 80% dos frutos. Usando termos atuais, podemos notar que 80% dos lucros de uma empresa são obtidos de 20% dos clientes e 20% dos jogadores marcam 80% dos pontos de uma partida.

O método é uma ferramenta muito aplicada em empresas permitindo a priorização dos problemas, isto é, há muitos problemas sem importância diante de outros mais graves.

Aham, e daí?

E daí, que esse mesmo fenômeno pode simplificar muito a nossa vida atribulada e estressante, focando no que realmente importa e deixando de lado o restante da lista diária de tarefas. Ou seja, livrar-se das cobranças perfeccionistas de atingir todas as metas no mesmo dia, resumindo a sua existência num filme de Missão Impossível sem dublês.

Na telona da vida real, você cai do prédio de cinquenta andares.

Ai, doeu!

Eu mesma já tive a fase do “nunca está bom o suficiente” trabalhando com marketing digital, batalhando madrugada adentro, sem limite de horas ou descanso, na busca de melhorar algo que já estava ótimo.

Quanto à maquiagem, o delineado da pálpebra esquerda não estava idêntico ao da direita, a pele sempre precisava de mais um acabamento e por aí vai permitindo-me que detalhes mínimos ultrapassassem a beleza do contexto geral, atrasando todas as minhas outras tarefas.

Ora, se o nosso rosto não é simétrico, muito menos perfeito, por que exigir além dos parâmetros da normalidade da fisionomia humana?

Pareto na Cecília!