Advogada expert em Direito de Família para mulheres dá exemplos de situações que podem indicar algo errado
A violência psicológica é um tema que merece discussão e conscientização, pois se trata de um tipo de abuso que pode afetar profundamente a saúde mental e emocional de uma pessoa. Esta violência pode acontecer de diversas formas, como a desvalorização, a pressão para mudar ou até mesmo a manipulação. O grande problema é que, muitas vezes, quem sofre a violência pode não perceber que ela está acontecendo.
Segundo Andressa Gnann, advogada expert em Direito de Família para mulheres e sócia fundadora do escritório Gnann e Souza Advogados, mãe, além de empreendedora serial e com projetos voltados para o público feminino, a pessoa que sofre violência psicológica pode até mesmo se sentir culpada ou envergonhada perante o agressor, pois muitas das vezes a violência é praticada de uma forma sutil que fica ainda mais difícil de identificar, como por meio de brincadeiras. “Isso significa que o agressor pode usar o humor, palavras ou ações para ofender, humilhar ou degradar a vítima, bem como para manipular ou controlar sua vida”, explica.
De acordo com a advogada, essas brincadeiras podem ser ditas ou feitas com a intenção de fazer com que a vítima se sinta inferiorizada e intimidada. “Alguns exemplos de brincadeiras que podem ser consideradas violência psicológica incluem piadas de mau gosto ou insultos, comparações entre a vítima e outras pessoas, ridicularização de seus interesses, atitudes ou aparência, chantagem emocional, uso de palavras pejorativas para se referir a ela e uso de sarcasmo”, afirma.
Essas brincadeiras podem contribuir para a criação de um clima de medo e insegurança, segundo a especialista, pois a vítima pode sentir que é incapaz de responder ou se defender, mas também, pode começar a acreditar que o agressor tem razão e que é ela quem dá motivos para isso. “Por isso, é importante que as pessoas fiquem alertas para esse tipo de violência e saibam como responder e ajudar a vítima. Vale lembrar que nem sempre as afirmações são tão diretas, algumas são feitas em atitudes, sinais e talvez até de uma forma invertida e aparentemente amorosa, dificultando ainda mais a identificação”, analisa Andressa.
Confira algumas atitudes, situações e pensamentos que podem indicar que está sendo vítima de violência psicológica:
- A vítima se sente culpada por várias atitudes do agressor
- A vítima se sente incapaz de fazer muitas coisas
- A vítima é insegura
- A vítima sente que está “pisando em ovos” o tempo inteiro
- A vítima não consegue ser como é, pois, tem medo ou receio das críticas do parceiro
- A vítima tem medo de dizer não ao parceiro
- A vítima se sente controlada o tempo inteiro
- A vítima se sente culpada pelas próprias conquistas, pois deixam o parceiro incomodado ou chateado
- Em todas as discussões, a vítima está sempre errada
- A vítima está infeliz, mas tem medo de acabar a relação
- A vítima tem dúvida se está em uma relação normal ou se está em um relacionamento abusivo
- A vítima sente desânimo
- A vítima sente que não é mais a mesma pessoa
- A vítima se afastou de amigos, parentes e colegas
Caso algumas dessas situações ocorram é imprescindível a busca de profissionais experientes e especialistas. “Infelizmente, muitas pessoas buscam falar com alguns amigos ou até líderes religiosos e, pelo patriarcado existente na nossa sociedade, tudo isso é mascarado como algo normal dos casamentos. Então, é indispensável analisar toda a situação e buscar profissionais qualificados que saberão direcionar para o melhor caminho ou até mesmo grupos de apoio”, orienta Andressa.
Andressa Gnann é mãe, advogada, empreendedora serial, com paixão pela instrução e empoderamento feminino. Também é reconhecida por suas habilidades de liderança, ética, resolução de problemas, criatividade e principalmente como estrategista. É sócia fundadora do escritório Gnann e Souza Advogados que é expert em Direito de Família para mulheres e referência nacional, reconhecido como Melhores do Ano em Advocacia e Justiça e com prêmio Quality Justiça e já ajudou a mudar a vida de milhares de famílias. Também é responsável pelo Projeto PAPO DE LEOA, que tem o objetivo de instruir, inspirar e empoderar mulheres para terem uma vida mais equilibrada, próspera e feliz.
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