Dolce Sustentável
Eleine Béleváry
Temos sofrido com fenômenos naturais severos, potencializados pela irracionalidade do ser humano
Os artigos assinados não traduzem ou representam, necessariamente, a opinião ou posição do Portal. Sua publicação é no sentido de informar e, quando o caso, estimular o debate de problemas e questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
Bastou o céu mandar um pouquinho de água e o Datena dar uma cadeirada para que a tragédia das queimadas sumisse da “capa” dos principais sites de notícias. Mas por trás dessa verdadeira “cortina de fumaça” metafórica, a real continua, literalmente, pegando fogo.
O pior é saber que, na maioria, são incêndios criminosos. Isso sim deveria mobilizar a opinião pública, e não as já cansativas “tretas de 5a. série” dos nossos políticos (que vergonha disso…). Por que nossos representantes não estão se debruçando sobre uma pauta judicial que aperte com mão pesada os promotores dessa tragédia ambiental? Como ficamos à mercê de bandidos que destroem biomas, plantações, animais, vidas humanas, e nada parece funcionar? Onde estão inteligência e tecnologia para interceptar motivações e evitar uma catástrofe como essa, que só nas últimas semanas ardeu uma área equivalente ao estado do Paraná entre a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal? Isso sem contabilizarmos ainda as perdas em São Paulo… Como conseguimos ser tão medíocres enquanto povo?
Há pouco mais de três anos, escrevi um artigo que refletia sobre “qual pegada” cada um de nós deixaria em nossa caminhada aqui na Terra. Era junho de 2021, o mundo começando a acordar do pesadelo da pandemia, e mal sabíamos que um novo pesadelo viria: o aquecimento global. Falava-se sim, muito, já há décadas…, mas o efeito devastador de dois fenômenos naturais, aliados à negligência humana, chegou arrasando tudo. A erupção de um vulcão submarino em Tonga em janeiro de 2022, desencadeou um perceptível aquecimento global, agravado pelas vigorosas explosões solares que aconteceram em maio último.
O Brasil tem sofrido algumas das mais graves consequências de tudo isso junto e misturado – fenômenos naturais severos, potencializados pela irracionalidade do ser humano. Governo e mercado precisam ser cobrados sobre suas responsabilidades enquanto entidades, e cada um de nós também tem sua responsabilidade pessoal. Não dá para nos escondermos na justificativa de que estamos envoltos em uma “cortina de fumaça” de pão e circo, porque a outra cortina de fumaça, literal, já está cercando nossas casas e cobrindo nossos lares.
Te convido a ler o artigo que comentei, escrito em junho de 2021 (Todos deixamos nossa pegada pelo caminho. Qual será a sua?). Continua a mesma pergunta: que pegada cada um de nós deixará? De fuga ou de respeito? Comente aqui!
Eleine Bélaváry é bióloga e diretora da Connexion Negócios Sustentáveis
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