O risco de perder a si mesma no meio do caminho

Dolce Insight

Mari Possidonio

Se cuidar não é egoísmo, é um ato de amor para com aqueles que dependem de você

Os artigos assinados não traduzem ou representam, necessariamente, a opinião ou posição do Portal. Sua publicação é no sentido de estimular o debate de problemas e questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo

Design Dolce sob imagem por Sidharth Singh Bhati em Canva

Engolir sentimentos, se doar sem limite, e de repente nem sabemos quem somos.  Tudo isso pode gerar um enorme impacto emocional e físico, mal percebemos quando começamos a deixar de existir. 

Você já parou para se perguntar se ainda é a pessoa que era há alguns anos? Se ainda é a pessoa que realmente deseja ser? Acabamos assumindo papéis que vão além do que podemos lidar, e lentamente, perdemos a noção do que sentimos ou queremos. Fazemos tanto pelos outros, filhos, cônjuges, família que esquecemos de olhar para dentro e nos perguntar: O que eu preciso? O que eu quero?

Assumirmos a postura de “resolver tudo”. Fazemos o almoço, cuidamos da casa, damos atenção aos filhos, apoiamos o parceiro, e o ciclo continua. A princípio, pode parecer apenas a rotina natural. Mas, com o tempo, essa doação constante começa a cobrar um preço. Você talvez não perceba, mas seu corpo começa a dar sinais de que algo não está bem.

Ficar doente é uma dessas formas de alerta. Quando você adoece, pode ser seu corpo gritando por atenção. E o grito não é só físico, ele vem de dentro, das emoções que você foi ignorando e acumulando. E, de repente, a responsabilidade que você sempre assumiu sozinha parece insuportável quando dividida para aqueles ao seu redor. Foi necessário você parar forçadamente para perceber o quanto tem carregado nas costas.

Design Dolce sob imagem por FoToArtist em Canva

Você já ouviu falar em somatização? Esse é o processo pelo qual emoções não expressas, ou até não percebidas, se transformam em sintomas físicos. Às vezes, você está engolindo emoções e não percebe o peso que elas estão trazendo. E, quando finalmente para, é porque seu corpo chegou ao limite.

Isso pode se manifestar de várias maneiras. No meu caso, foi uma pneumonia. Saiba que problemas no pulmão, estão frequentemente ligados à dificuldade de “respirar a própria vida”, de se libertar dos papéis e expectativas que outros colocam sobre você, ou que você mesmo acaba aceitando sem perceber. Aos poucos, você deixa de expressar o que realmente sente e, sem notar, começa a perder a conexão com seus próprios desejos e necessidades e o pior é que a gente nem percebe que está fazendo isso.

Quando foi a última vez que você perguntou a si mesma: “Como eu estou?” Essa pergunta simples pode mudar tudo. Muitas vezes, deixamos de lado nossas próprias necessidades para evitar conflitos, para manter a paz em casa, no trabalho, com a família. E enquanto fazemos isso, a nossa voz interior vai ficando cada vez mais abafada.

O problema não é só não dizer o que você sente. O problema maior é que você pode nem se dar conta do que está se passando dentro de você. O mundo externo exige tanto que o seu mundo interno vai sendo ignorado. E quando a percepção disso finalmente chega, muitas vezes é tarde demais, sua saúde já está comprometida, seu bem-estar emocional já está afetado.

A boa notícia é que existe um caminho de volta para si mesma, para se reconectar. A primeira coisa é perceber. Parar e pensar: O que eu sinto? O que eu preciso? Estou me esquecendo de mim?

Design Dolce sob imagem por Rene Stevens Photos em Canva

Esse é um processo de autoconhecimento. Olhar para dentro e se permitir sentir. E mais, se permitir errar, dizer “não” quando necessário, e priorizar suas necessidades. Porque a verdade é que, enquanto você não estiver bem, todo o resto ao seu redor também vai acabar sofrendo.

Se cuidar não é egoísmo, é um ato de amor para com aqueles que dependem de você. É impossível continuar dando o seu melhor quando você já está no seu limite. Então, bora começar hoje? Um pequeno passo, uma pequena pausa para refletir sobre quem você é e o que você precisa.

O que você está carregando que não é seu? Muitas vezes, assumimos cargas e responsabilidades que não são nossas. E fazemos isso de forma automática, porque é o que sempre fizemos. Mas será que é justo continuar nesse caminho?

O que você pode deixar de lado para cuidar mais de si mesma? Pode ser uma pequena tarefa, uma expectativa, ou até uma conversa difícil que você está evitando. Tudo isso pode estar pesando mais do que você imagina.

E, acima de tudo, lembre-se não é tarde para voltar a se perceber, para dar voz ao que você sente, para encontrar um novo equilíbrio. Seu corpo e suas emoções agradecem.

Muito importante, não vai ser fácil, quem te rodeia e está habituado a ter tudo ‘na mão’ vai estranhar e tentar te convencer a voltar, resista. Você deve ser sua prioridade.

Com mais de 20 anos de experiência capacitando times comerciais, ajustando a comunicação e alavancando resultados, Mari Possidonio é uma especialista em transformar habilidades de comunicação em poderosas ferramentas de persuasão. Como Master Practitioner certificada pela The Society of NLP, ela domina as técnicas mais avançadas de Programação Neurolinguística.Seu trabalho é focado em potencializar as habilidades da sua equipe, garantindo que cada membro alcance resultados máximos e encante seus clientes. Com uma abordagem prática e eficaz, Mari Possidonio transforma a maneira como as pessoas se comunicam, criando um impacto duradouro e significativo nos negócios e nas relações pessoais.

Ela mantém a Newsletter Neurovendas no LinkedIn, acompanhe!

@maripossidoniooficial

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