A menina que faz beleza com palavras
Ter Cecília Trigueiros na Dolce é uma certa mais valia, afinal, ela não apenas nos entrega o cuidado com a beleza e o bem-estar, mas traz à cena também sua imaginação e um estilo em contar histórias admiráveis
Por Paulo Maia
Ela tem um rosto marcante. Quero dizer, muito bonito! Formada em Marketing, é especialista em beleza, massagem/yoga facial e skincare. Conhece como poucos o ofício, produtos, técnicas e o mercado. Produz textos e vídeos com excelentes dicas e é reconhecida por isso. Pelo menos no tráfego da Dolce Morumbi®, nas visualizações de seus textos, vídeos e no engajamento em redes sociais. Sei disso, porque acompanho suas publicações.
Cecília Trigueiros me procurou no final de 2022 sugerindo que a Dolce Morumbi® tivesse um espaço para tratar mais de beleza e bem-estar e se ofereceu para falar de maquiagem. Fiquei muito satisfeito por seu contato, seu interesse no Portal e achei a ideia ótima, afinal também achava que a devêssemos ter um espaço maior para o autocuidado. Topei na hora e combinamos que suas publicações seriam semanais e batizamos o espaço com Dolce Selfcare.
Ela começou a me enviar seus textos e eles foram me cativando. A forma, o estilo e o ritmo de sua escrita me encantou. Sua maneira de se comunicar, simples e direta, também me chamaram a atenção. A sensação é a de que ela se dirige ao leitor e à leitora com uma certa cumplicidade; sabe quando você está conversando com alguém e essa pessoa te chama, meio que de lado, para lhe passar uma informação “de bastidor”; te chamar a atenção a um detalhe, lhe dar uma opinião ou até mesmo lhe fazer uma observação sarcástica? Ah, sim! Ela lhe chama de bonita, caro leitor e cara leitora! Sim, isso mesmo, somos todos feitos da mesma matéria, não?
Pois é! Fiquei muito contente com a nova autora que aparecia nas webpages da Dolce! E me perguntava: mas afinal, o que ela lê para escrever desse jeito?! Sim, caro leitor e cara leitora. Quando você lê algo que lhe chama a atenção, que mexe com sua curiosidade, que te embala com um ritmo agradável, usando palavras e frases que não confundem o entendimento e ainda lhe agracia, tenha certeza de que está diante de alguém com repertório, isto é, alguém que lê como hábito.
Mantive minha curiosidade ainda em banho-maria, por pura timidez, ainda não queria demonstrar que já era um fã de seus textos: queria dizer isso pessoalmente, o que levou um tempo até marcarmos um café para nos conhecermos.
Enquanto esse encontro não acontecia, ela me passava seus textos e vídeos de suas dicas de maquiagem, muito bem-feitos e cuidados didáticos. Estes, além de acompanharem o respectivo texto na publicação, decidi também colocá-los públicos no canal do YouTube da Dolce; sábia decisão, pois possuem consideráveis taxas de visualização lá, também. Aliás, eles são, em parte, responsáveis por levá-la a trabalhar como filmaker, produzindo e editando vídeos para diversas empresas.
Minhas suspeitas de que essa garota tinha uma bagagem cultural consistente fez eco quando ela me enviou um texto sobre a história da maquiagem (“Uma breve jornada pela história da make”, de 12/01/23), no qual cita como Cleópatra, Coco Chanel, Marylin Monroe e Madonna se tornaram ícones culturais com suas formas de se maquiar.
Outro texto que veio logo depois e que chamou a atenção foi o “Desconstruindo o belo” (de 26/01/24). Neste, ela discorre sobre uma certa forma de reconhecimento da beleza, entendida por nós, seres humanos, que parece ser universal e ainda arrisca uma crítica sobre a busca por um padrão que parece acabar por banalizar o belo, deixando-nos todos com uma beleza opaca, oca, sem alma, diante da busca pela perfeição.
Minha curiosidade apenas aumentava. Ela já havia comentado que queria tomar um café para nos conhecermos, mas ainda não havíamos marcado nada concreto, até que ela me perguntou se poderia me enviar uma crônica, que poderia nem ter relação direta com beleza e maquiagem. Eu, claro, não coloquei restrição. Não pauto os colunistas da Dolce, o espaço é deles e eles escrevem o que querem para seus leitores, mesmo que vez ou outra, o assunto seja totalmente diferente de sua proposta inicial.
“Um garnisé no Morumbi”, de 16/03/25, na verdade é um poema que conta uma história, segundo Cecília, verídica! Este texto foi bastante marcante, para sua trajetória na Dolce, afinal, ali estava a marca de uma escritora com personalidade, que por acaso trabalha com beleza.
Há vários textos que são dignos de menção aqui, mas deixarei você, leitor e leitora com o link aqui em Dolce Selfcare, para que navegue entre seus textos e possa desfrutar deles com calma, deixando a imaginação como sua companhia.
Mas não deixarei de recomendar pelos menos mais estes aqui, que já estiveram na lista dos mais lidos na Dolce:
“Sissi, a imperatriz deslumbrante que não admitia imperfeições”
“Como eram os padrões de beleza das paulistanas há 470 anos”
“Todas as mulheres do mundo versus Thomas Edison”;
“Alain Delon, a beleza entre luz e escuridão”;
E um dos mais recentes (e belíssimo):
“A maleta, a trapezista e o gavião”
Eu já escrevi aqui, quando conversei com a Juliana Souza Pires sobre sua coluna de Beleza, que estava ganhando também uma colaboradora para o campo do empreendedorismo (“Juliana se mostra em sua jornada bem-sucedida na beleza e na cidadania”). Ao ter Cecília Trigueiros na Dolce, sinto-me também ganhador de uma certa mais valia, afinal, ela não apenas nos deu uma leitura gostosa e interessante, mas traz à cena também sua imaginação e um estilo em contar histórias admiráveis.
Cecília Trigueiros | Arquivo Pessoal
O café acabou acontecendo! Adorável tarde, com muita conversa na qual me senti um estudante, um aluno bebendo da sabedoria de um mestre e a incentivando a escrever mais sobre o que quisesse! Ao longo das horas, soube de suas predileções literárias e algumas de suas influências, como Machado de Assis, Marquerite Duras – autora de “O Amante” de 1984, que ficou muito famoso com o filme homônimo de 1992, dirigido por Jean-Jacques Annaud – e o gigante Eça de Queiroz. E de quebra, recebi recomendações para ler “Equador”, do escritor Miguel Sousa Tavares, português como Eça; e “A morte de César” (2017), do americano Barry Strauss.
Paulo Francis uma vez escreveu não entender quem, às vezes, reclamava se sentir solitário, já que livros são e sempre serão boas companhias. Aprender a ler e criar o hábito de leitura é, em minha opinião, um dos maiores estágios que nossa espécie já alcançou em seu processo civilizatório. Gostamos de histórias e os livros as contam para nós. E os resultados, que vão além de acumular conhecimento e cultura, ensinam um pouco a todos nós como lidar com a vida, sempre difícil, confusa e complicada, e também como se comunicar e escrever um pouco melhor a cada vez. Cecília nos mostra isso através de seus textos.
Sobre pessoalidades, devo dizer que ainda sei muito pouco sobre sua vida, apenas que mora no Morumbi, está noiva, tem um filho, que seus pais sempre a incentivaram à cultura, especialmente sua mãe, e que, adora uma boa história.
Para mim, o suficiente. O resto, bonita, ela nos entrega em seus textos!
Leia Cecília Trigueiros (@ceciliatrigueiros ). Para o bem de sua beleza e de seu espírito!
Paulo Maia é editor do Portal Dolce Morumbi®
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