E vai ter chuva!

São Paulo acordou hoje debaixo d’água. Há anos, nessa época, problemas e tragédias se repetem quando chuvas caem num ambiente urbano caótico de infraestrutura precária e de hábitos reprováveis de muito de seus moradores.
Sabemos que muitas soluções dependem de ações políticas e sobretudo das autoridades, mas os cidadãos podem, e devem fazer sua parte, especialmente gerando uma cultura de educação e preservação para influenciar as gerações futuras. Além, é claro, de reavaliar os critérios para a escolha dos gestores públicos.

Podemos começar pelo óbvio, ou seja, não descartar lixo nas ruas, pois além de ser extremamente incivilizado e de gerar inúmeros problemas de saúde, acaba indo para os esgotos que ficam entupidos e não dá vazão para a água e as ruas terminam alagadas. Ao deixar o lixo para ser removido pelo serviço de coleta pública, recomenda-se que os sacos estejam em locais apropriados e não depositados nas calçadas, pois eles são levados pelas enxurradas, criando diversos problemas.

Nada contra a expansão imobiliária, claro, mas devemos também privilegiar construções que investem em espaços verdes e comunidades com parques evitando a impermeabilização que impede que a água escoe.
O uso de muita energia para refrescar ambientes fechados leva o calor para a ambiente externo. Sim, o ar condicionado hoje é um grande benefício, mas traz consigo desvantagens quando a quantidade instalada e funcionando é elevada. Não sejamos levianos, claro, não há pesquisa confiável (ainda) para dizer que o sistema do ar condicionado é um dos vilões do meio ambiente, mas não precisa ser nenhum gênio para concluir que milhares de aparelhos instalados em varandas e tetos de edifícios e residências emitindo calor o tempo todo, ajuda a aumentar a temperatura externa de um determinado perímetro, especialmente quando combinadas com outras formas de emissão de calor, como os veículos, por exemplo. As consequências, sabemos, geralmente não são positivas.

A vida sempre parece corrida e quase sempre o tempo é pouco para tanta coisa que temos que fazer, mas temos que dedicar tempo para refletirmos sobre ideias e ações para transformar o lugar em que vivemos em algo saudável e não em um ambiente de constante risco.
Que tal tentarmos fazer o nosso melhor daqui para a frente?

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