Por Beatriz Figueiredo
Mais de 1 milhão de ingressos vendidos, cerca de 3 milhões de livros vendidos, 300 autores nacionais e 30 internacionais, oito espaços culturais e 65 mil m² de ocupação.
Olhando ao redor, pessoas de todas as idades e lugares do país, conversas paralelas, palestras e sessões de autógrafos. Mas também, filas, aglomerações e reclamações.
Isso tudo é só uma parte do que foi a 26° Bienal do Livro de São Paulo.
Por conta das restrições causadas pela pandemia da Covid-19, o maior evento literário do país foi obrigado a dar uma pausa por quatro anos, mas finalmente teve sua volta do dia 2 a 10 de julho, alegrando e juntando novamente amantes de livros de todo o Brasil.
Diversos autores estiveram presentes ao longo da semana distribuindo autógrafos e conversando com os fãs. Uma delas foi a escritora da obra “A Arma Escarlate”, Renata Ventura, que comentou sua experiência em poder participar do evento.
“É uma sensação maravilhosa, ter uma amostra aqui só com meus livros e podendo trazer meu box pela primeira vez torna tudo muito especial”, disse a autora. Renata ainda comentou sobre o entusiasmo de poder abraçar e tirar fotos com os leitores que a acompanham a tanto tempo.
Carol Dias, escritora da série “Lolas & Age 17” também esteve presente e compartilhou um pouco de sua história com a escrita “Eu escrevo desde que eu era muito pequenininha, gostava de escrever sobre minha família e sobre coisas que aconteciam na minha escola, ai com o tempo fui levando mais a sério.” Ela contou também que foi por volta de 2010, quando começou a escrever fanfics que percebeu que queria mesmo ser escritora.
Entre a multidão de 600 mil visitantes que passaram durante os 9 dias de evento era fácil encontrar pessoas de todas as idades, principalmente jovens de 14 a 20 anos, e todos se mostraram surpresos com a diversidade de livros e a quantidade de pessoas, mas também um pouco decepcionados em relação aos preços. “Alguns livros estavam em bons preços, mas outros eram muito mais caros, você conseguiria achar por metade do preço na internet.” contou Carolina Morais, de 17 anos.
Outro ponto bastante comentado foi em relação à área de alimentação, “Minha água havia acabado e fui tentar comprar uma outra, procurei em todos os food trucks e não consegui achar nenhum lugar em que a água custasse menos de 8 reais”, disse Júlia Leal, que também comentou sobre as longas filas e muita aglomeração principalmente nos dias de final de semana, e complementou dizendo “fui em dois dias, na segunda achei que estava tudo bem tranquilo em relação ao espaço, as filas estavam rápidas e tranquilas, mas na sexta estava bem bagunçado, filas muito grandes e mal dava para andarmos”.
Os influencers das conhecidas “bookredes” também foram presença de peso em todos os dias da Bienal, em qualquer lugar em que você andava era possível encontrar com um ou alguns. Eram TikTok, fotos e muita conversa por todo o evento, alguns até fizeram um trabalho em parceria com a editora Seguinte.
A influenciadora Toti, que acumula mais de 20 mil seguidores em seu Instagram e mais de 60 mil em seu TikTok, também esteve presente e comentou como foi sua experiência indo pela primeira vez na bienal como uma influenciadora. “Eu acho que quando a gente cria conteúdo para a internet, principalmente a gente que começou na pandemia, a gente não tem noção de que números são pessoas. Então ser reconhecida e receber tanto carinho é muito emocionante”. Ela também comentou sobre a mudança que foi de lembrar da última Bienal que foi, com essa, em que estava recebendo tanto carinho e amor das pessoas que a acompanham há anos.
Beatriz Figueiredo tem 19 anos e é estudante de jornalismo. Expressa seus pensamentos através da escrita e usa os livros como refúgio e fontes de inspiração e crescimento
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