Faleceu no último dia 5 em Beverly Hills, na Califórnia, EUA aos 103 anos (!) um dos últimos ícones da chamada grande época do cinema hollywoodiano. Kirk Douglas (nascido Issur Danielovitch Demsky em Amsterdam no dia 9 de dezembro de 1916) foi um ator de inúmeras facetas e estrelou mais de 90 filmes em toda a sua carreira, sendo o último em 2008, um documentário “Mel Blanc – The Man of a Thousand Voices”. Ele vinha enfrentando dificuldades de saúde desde 1996, quando sofreu um acidente vascular cerebral e teve o corpo quase todo queimado em um acidente de helicóptero.
Na ficção fez seu último papel em 2004 no filme “Illusion” no qual faz o papel de um diretor de cinema à beira da morte que busca redenção por um filho que abandonou. Mas talvez o que sempre estará associado à Kirk Douglas, mais do que ser o pai do também ator Michael Douglas, é sua extraordinária interpretação em “Spartacus” de 1960, filme do qual fora também produtor e que despediu o diretor veterano Anthony Mann no meio das filmagens abrindo caminho para Stanley Kubrick finalizar a película. Sempre vale a pena ver esta obra de arte.
SPARTACUS de 1960, direção de Stanley Kucrick
Apesar de ter tido três indicações ao Oscar em sua carreira, não recebeu nenhum por suas atuações. Apenas em 1996 foi agraciado com uma estatueta das mãos de Steven Spielberg pela sua carreira e em 2011 foi sua vez de entregar o prêmio à atriz Melissa Leo, o Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo filme “The Fighter”. Sua aparição foi uma das mais marcantes na cerimônia.
Kirk Douglas foi um daqueles atores da “Old School” do cinema americano, contemporâneo de diversos outros ícones marcantes como Marlon Brando e Laurence Oliver. O cinema deve sempre lembrar de agradecer a Kirk Douglas e tantos outros de sua geração por gostarmos dessa arte.
Aqui deixamos nossa homenagem a essa verdadeira lenda.