Você é uma pessoa que gosta de conversar? Se julga alguém que mostra preocupação com o que ocorre ao seu redor? Consegue dizer o que se passa no mundo atualmente? Gosta de refletir e discutir ideias?
Continue readingA Elegância
Mais do que ser educado, vestir-se razoavelmente e saber se comportar em público, elegância é sobretudo reconhecer o bom gosto.
Continue readingSimplicidade
Ser simples ou agir com simplicidade pede sofisticação nos atos e momentos para celebrar o gosto pela vida.
Continue readingUm bom futuro ao alcance de todos nós
La Vita Dolce
por Paulo Maia
O começo de um ano atiça um pouco nossa imaginação sobre como as coisas vão acontecer ao longo do tempo e como deve ser nosso papel, sobretudo em ações na nossa própria vida que possam nos trazer coisas boas.
É um período também no qual estamos mais dispostos a reflexões e propensos a rever conceitos e hábitos, não é verdade?
Para tanto, convido o leitor a ler (ou reler) três grandes obras do século passado e uma deste, que acredito que possam nos fazer rever hábitos e atitudes que temos dedicados às pessoas e à tecnologia a nossa volta. Os clássicos Admirável Mundo Novo (Brave New World) de Aldous Huxley de 1931, 1984 (Nineteen Eighty-Four) de George Orwell de 1949 e Fahrenheit 451 de Ray Bradbury de 1953 apresentam mundos distópicos cujas promessas ideológicas e tecnológicas de mundos melhores acabaram por trazer mais problemas e misérias ao cotidiano e levaram a população a uma cegueira civilizatória sem uma saída possível. Esta temática também fora explorada nos últimos anos por séries televisivas como “Black Mirror (2011)” e “Years and Years (2019)”, mas as obras acima foram escritas ainda na primeira metade do século XX e que, para além das previsões de bugigangas tecnológicas, buscam mostrar como podemos ser humanamente cruéis nas ideologias e psicologicamente pobres e patéticos ao confiarmos totalmente nossas vidas em tecnologias que nos prometem conforto e facilidades plenas.
Cena do filme 1984 de Michael Rdford
(rodado justamente em 1984)
Dirigido por Leslie Libman e Larry Williams, cena de Brave New World de 1998
Em 1966, o francês François Truffaut resolveu levar
Fahrenheit 451 às telas do cinema
Um livro que pode, talvez, servir de contraponto para ajudar a refletirmos sobre estas ficções clássicas e, principalmente, sobre nossa vida pautada na tecnologia do hoje, é uma obra atual de não ficção do historiador israelita Yuval Noah Harari (que, aliás, esteve no Brasil em novembro último) chamada 21 lições para o século 21 (2018, Companhia das Letras), e que justamente traz insights que podem nos alertar sobre como pode ser o mundo num futuro próximo e como poderíamos preparar a nós e futuras gerações para ele.
São leituras que fazem da sua atenção refém e você não as soltam até conhecer o final.
Boa leitura e ótimo 2020 para todos nós!
O historiador Yuval Noah Harari no centro do programa
Roda Viva da TV Cultura