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Como influenciadores digitais estão moldando opiniões e redefinindo o papel do jornalismo tradicional na era das redes sociais

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Design Dolce sob imagem por Konstantin Savusia em Canva

Por Camilla Covello

Nos últimos anos, vem acontecendo uma transformação radical na forma como a sociedade consome informações e forma opiniões. A Geração Z, conhecida por seu consumo digital e cronicamente on-line nas redes sociais, tornou-se o epicentro de uma revolução em que os influenciadores surgem como novas vozes de autoridade, muitas vezes tão ou mais poderosas do que o jornalismo tradicional. Essa mudança não é apenas significativa, ela redefine completamente o conceito de liderança de opinião.

A tradição do jornalismo tem raízes profundas na verificação de fatos, na ética e na busca pela verdade. No entanto, com o advento das redes sociais e o surgimento de plataformas como YouTube, Instagram e TikTok, a dinâmica mudou. Os influenciadores, que começaram como criadores de conteúdo em nichos específicos, ganharam uma audiência massiva. Hoje, sua capacidade de impactar as decisões e percepções de milhões de seguidores os coloca em uma posição de poder comparável ao dos jornalistas.

Um exemplo claro dessa mudança é a influenciadora digital Kim Kardashian que, com mais de 350 milhões de seguidores no Instagram, não só dita tendências de moda e beleza, mas também aborda questões sociais e políticas. Para muitos, a palavra de Kim é mais influente do que a de grandes veículos de comunicação. Outro exemplo é o youtuber e empresário brasileiro, Felipe Neto, que começou como criador de conteúdo e hoje é uma voz ativa em debates políticos e sociais, influenciando a opinião de milhões de jovens.

Design Dolce sob imagem por South Agency em Canva

Essa transição de poder midiático não passou despercebida pelas marcas. Empresas globais perceberam que, para se conectar com o público da Geração Z, não basta investir em publicidade tradicional: é preciso estar onde esse público está e falar a língua que ele entende. Marcas, como Nike e Coca-Cola, investem pesadamente em parcerias com influenciadores, não apenas para promover seus produtos, mas para se posicionarem como partes integrantes de uma cultura mais ampla. A Nike, por exemplo, tem colaborado com influenciadores fitness para promover seu conceito de “esporte para todos”, enquanto a Coca-Cola utiliza influenciadores para se manter relevante entre os jovens, vinculando-se a temas de sustentabilidade e inclusão.

Apesar disso, essa nova realidade traz desafios. A influência dos criadores de conteúdo não está isenta de controvérsias. A falta de regulamentação e o questionamento sobre a credibilidade são tópicos que merecem atenção. Diferente dos jornalistas, os influenciadores muitas vezes não têm o mesmo compromisso com a imparcialidade, o que pode distorcer informações e gerar desinformação. Por isso, é vital que, ao utilizarmos esses canais para comunicação, mantenhamos a ética como ponto de partida.

Vendo esse novo cenário, é nítida a importância de acompanhar essas mudanças e adaptar nossas estratégias. Os influenciadores são parte fundamental da nova cadeia de comunicação, mas o discernimento é essencial. Assim como valorizamos o jornalismo de qualidade, devemos apoiar influenciadores que se comprometem com a verdade e a responsabilidade social.

Imagem por Cottombro Studio em Pexels

Estamos em uma era onde a informação é descentralizada e democratizada. Aproveitar as oportunidades que os influenciadores oferecem não é uma escolha, mas uma necessidade para qualquer marca que deseja se manter relevante. A chave é alinhar nossa mensagem aos valores que compartilhamos com nossos consumidores, garantindo que o impacto seja positivo e construtivo.

No fim das contas, seja por meio de um influenciador ou de um jornalista, o que realmente importa é a capacidade de comunicar de forma autêntica e eficaz, estabelecendo conexões genuínas que vão além da superfície. A influência, seja ela de quem for, deve sempre caminhar lado a lado com a responsabilidade.

Camilla Covello é empresária e executiva com mais de 20 anos de experiência, Camilla é graduada em Comunicação e Marketing pela FAAP (Brasil) e possui um MBA Executivo em Gestão de Saúde pelo Insper (Brasil) e pela Philadelphia University (EUA). Camilla é responsável por implementar a metodologia de Acreditação Canadense, Qmentum, no Brasil. Ela é cofundadora e Chief Growth Officer (CGO) da QGA – Quality Global Alliance, co-criadora da maior e mais inovadora aliança global para o desenvolvimento e implementação de padrões mundiais de excelência em saúde, com foco no paciente: a HSO – Health Standards Organization. Além disso, é sócia fundadora da C2L | Communication to Lead, hub de marketing e comunicação especializado em saúde, tecnologia, finanças e outros setores de alta complexidade. Ao longo de sua carreira, ela transformou mais de 100 marcas no mercado de saúde.

@camilla.covello

Colaboração da pauta:

C2L Communication to Lead

@c2l.agencia

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