Estamos chegando ao fim da era dos workaholics?

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Imagem de pressfoto no Freepik

Por Alessandra Lazarin

No mundo do trabalho sempre estamos passando por tendências, e agora estamos vendo uma nova chegando: “Quiet quitting”, em português, “demissão silenciosa”.

O assunto tomou uma grande repercussão em julho de 2022, depois de um vídeo viral no TikTok, pelo perfil do @zaidleppelin abordando este assunto.

Mas o movimento #QuietQuitting ou #demissãosilenciosa traz também à tona importantes avaliações sobre a relação entre trabalho, carreira e aspectos pessoais.

Conforme artigo publicado pela *FORBES, o termo “demissão silenciosa” não está relacionado ao sair do trabalho ou realizar planos para tal de forma silenciosa; ele chama a atenção para limitação de atividades profissionais, ou seja, não assumir tarefas e mais atividades fora da sua posição de trabalho, fazer o que precisa ser feito, de forma excelente, mas sem trazer pesos, horas extras, projetos intermináveis, trazer trabalho pra casa, para o aeroporto, para dentro da família – sem ser remunerado por isso, e mesmo sendo.

O objetivo principal deste movimento, ou desta Era, é evitar os transtornos mentais e de saúde física, como o burnout. Eu já tive e a experiência não foi nada boa, ou vamos dizer assim, foi boa para que eu pudesse reconhecer meus limites e aprender a administrar minha vida com intenção de não querer equilibrar nada, e sim harmonizar minha carreira e demais áreas da minha própria vida.

Eu não acredito que estamos chegando ao fim da era dos viciados em trabalho, mas estamos passando por um período de despertamento. Acredito que durante a pandemia pudemos experimentar outras formas de trabalho que deram certo, e isso nos revelou que estávamos exaustos com modelos de trabalhos rígidos e retrógrados.

E este despertamento pessoal está fazendo com que empresas também discutam sua cultura, sua gestão, reanalisem modelo de liderança e de líderes. A diversidade está à vista, diversidade de pessoas plurais, mas decididas, que reconhecem seus valores, prioridades, princípios e decidiram não perder mais suas vidas para o trabalho, mas que conseguem, com criatividade, desenvolver modelos de trabalho que tragam leveza, resultados e vida saudável.

Chegamos então na Era do “chega”!

Chega de trabalhar o tempo todo. Chega de acreditar que enquanto uns descansam e outros trabalham, eles são melhores ou mais valorizados por isso.

Chega de se culpar por dar pausas durante o seu “expediente” de trabalho.

Chega de achar que trabalhar todos os dias depois do horário é normal, na sua casa, com a sua família em volta.

Para de abrir mão da sua relação família e de amizades para sair de cena e ficar respondendo e-mails e WhatsApp no final de semana, porque tem medo de ser demitido por isso.

Que tal dar um “chega de ficar colecionando coisas”, sem poder desfrutar das suas próprias conquistas. Você tem um impulso forte para os desafios e resultados? Uns chamarão isso de “alta performance”, outros poderão entender que isso é um “vicio”. Será que você não está exausto exatamente por isso?

Chega de achar que você não precisa de ajuda! Chega de achar que você não pode reajustar sua rota profissional com empresas que realmente valorizam as transformações que estamos vivendo.

Essa cultura de trabalho exaustivo e até muitas vezes tóxica precisa terminar.

Novos modelos de trabalho, de negócio e de empresa precisam ser desenvolvidos e reavaliados, levando em consideração o ser humano como prioridade.

Imagem de Freepik

Os líderes e gestores precisam passar por “reciclagem”, e estou dizendo do ponto de vista comportamental e emocional para que possam estar preparados para administrar uma equipe e a sua própria vida diante das transformações humanas no trabalho.

Antes que mais pessoas se percam pelo caminho ou mesmo adoeçam. Para que filhos cresçam com seus pais mais presentes, não apenas nas festinhas da escola; para que casais não se distanciem; para que as companhias se mantenham sustentáveis, para que seus funcionários e parceiros profissionais sintam orgulho de pertencer às empresas sadias e rentáveis; para que o mundo do trabalho se torne um lugar onde queiramos estar.

Já que a vida passa rápido! Eu acredito que não precisamos trabalhar demais para só depois descansar. Eu acredito num trabalho que possa ser realizado com excelência, resultados, estratégias e empatia. E viver enquanto trabalhamos, sem esquecer da importância do trabalho na nossa vida, mas sempre lembrando que ele não é a nossa vida, é parte dela.

Este artigo fez sentido para você? Qual a sua maior dificuldade hoje em criar uma harmonia na sua carreira profissional e demais área da sua vida?

Desejo que você tenha uma vida com mais propósito e intenções positivas!

Fonte de pesquisa: https://forbes.com.br/carreira/2022/08/quiet-quitting-entenda-a-nova-tendencia-do-mundo-corporativo/

Alessandra Lazarin Multicarreira apaixonada pelo desenvolvimento pessoal e negócios. Palestrante, Autora, Educadora e Mentora de Empreendedorismo, Negócios e Liderança Feminina. Especialista em Inteligência Emocional, Coaching Profissional e de Vida, Psicologia Positiva, Neurociência das Emoções, Metodologias para Desenvolvimento Pessoal e Sustentabilidade Empresarial. Empreendedora do Instituto Ale Lazarin de Educação e Desenvolvimento. Instrutora empresarial especialista em Inteligência Emocional, Psicologia Positiva, Metodologias para Desenvolvimento Pessoal e Sustentabilidade Empresarial

Os artigos assinados não traduzem ou representam, necessariamente, a opinião ou posição do Portal. Sua publicação é no sentido de estimular o debate de problemas e questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo

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