Psicoterapeuta destaca a importância do "faz de conta" e da socialização na infância para gerar um futuro repleto de boas lembranças
Por Helen Mavichian
O Dia das Crianças, 12 de outubro, é uma data especial que celebra a infância e nos lembra sobre a importância de proporcionar momentos de alegria e diversão para os pequenos. A infância é uma fase muito importante e responsável por grande parte das nossas memórias e aprendizados. Brincadeiras, jogos e atividades desempenham um papel fundamental na criação de memórias afetivas que ficam gravadas na mente e no coração das crianças. É comum, por exemplo, ver adultos relembrando brincadeiras da infância com a família e os amigos, momentos marcantes que têm influência e repercussão até hoje em suas vidas.
Uma das atividades mais emblemáticas e características da infância é o ato de se divertir ao ar livre. Correr, pular, jogar bola, andar de bicicleta e explorar a natureza, entre outros, são experiências que estimulam a imaginação e a criatividade das crianças, além de fortalecerem os laços de amizade com outros pequenos, amigos e familiares. Embora essas brincadeiras muitas vezes envolvam quedas e ralados, também ensinam lições valiosas sobre como superar obstáculos e lidar com desafios e frustrações.
O universo do “faz de conta”, sempre presente na vida das crianças, também torna a infância mais saudável. Brincar de casinha, de super-herói, de médico, ou de qualquer outro personagem faz com que as crianças explorem diferentes papéis e usem a imaginação de forma ilimitada. Essas atividades, além de promover a criatividade e estimular a imaginação, auxiliam no desenvolvimento de habilidades sociais, como a empatia e a capacidade de trabalhar em equipe. Os jogos de tabuleiro e quebra-cabeças são ótimas opções para reunir os amigos e família, criar lembranças afetivas, desafiar a mente das crianças e promover interações positivas com os pais e irmãos. São também oportunidades para aprender a lidar com vitórias e vivenciar derrotas de maneira mais amena.
Em contrapartida, a internet, jogos online, memes e redes sociais podem atrapalhar as brincadeiras da “vida real”, tomando um espaço muito grande no dia a dia das crianças e tirando o foco dos momentos de lazer que constroem essas memórias afetivas e significadas que constroem nossas experiências e, consequentemente, quem somos.
No Dia das Crianças, é essencial lembrar que o valor das brincadeiras e atividades não está apenas na diversão imediata ou distração. Está na construção de lembranças que perdurarão ao longo de toda a vida. Essas memórias afetivas moldam a personalidade e a felicidade das crianças, preparando-as para um futuro com boas lembranças da infância. Feliz Dia das Crianças a todos!
Helen Mavichian é psicoterapeuta especializada em crianças e adolescentes e Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. É graduada em Psicologia, com especialização em Psicopedagogia. Pesquisadora do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Possui experiência na área de Psicologia, com ênfase em neuropsicologia e avaliação de leitura e escrita. Mais informações em https://helenpsicologa.com.br/
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