Você já parou para pensar sobre o efeito da separação dos pais nas crianças?

Dolce Criança

Cynthia Wood Passianotto

As consequências psicológicas são variadas; muitas crianças experimentam confusão, tristeza e ansiedade, podendo levar a problemas de comportamento

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O impacto de uma separação entre os pais se reflete de forma profunda e abrangente no universo das crianças. Infelizmente, muitas vezes, esses efeitos emocionais e psicológicos nos pequenos podem ser negligenciados ou mal compreendidos. Entender os efeitos, e como minimizá-los é questão fundamental para a proteção do bem-estar e equilíbrio dos filhos envolvidos.

As consequências psicológicas são variadas. Muitas crianças experimentam confusão, tristeza e ansiedade, podendo levar a problemas de comportamento.

Alterações no apetite e no padrão do sono também são observadas. Sentimentos de culpa, medo de abandono e ansiedade em relação a mudanças de rotina e ao futuro são comuns. Além disso, alguns podem desencadear resistência em relação à autoridade, conflitos com irmãos e baixo rendimento escolar.

É fundamental notar que o impacto varia de criança para criança, devido à sua resiliência psicológica e ao suporte que recebe. Observar e ajudar a criança a entender e expressar seus sentimentos é crucial nesse período.

Passar por uma separação é um evento estressante para os adultos, mas o impacto na vida das crianças pode ser ainda maior. É aqui que a presença de um suporte emocional para as crianças torna-se crucial no processo.

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Quando os pais se separam, os filhos se veem envolvidos em um mar de sentimentos e emoções. Medo, confusão, raiva e até a sensação de abandono podem ser alguns dos efeitos da separação nas crianças.

O suporte emocional ajudará as crianças a enfrentarem as mudanças de forma menos traumática. Mas, o que significa, de fato, oferecer esse suporte?

Comunicação aberta: as crianças devem ser encorajadas a expressar suas emoções e sentimentos.

Presença constante: passar tempo juntos, demonstrar amor e segurança.

Estabilidade: manter a rotina, os limites e horários estabelecidos.

Ajuda profissional em psicologia também pode ser necessária. Psicólogos são excelentes aliados para ajudar a criança a lidar com “o efeito da separação ” e se abrir de forma efetiva de como está se sentindo realmente com relação a todas suas emoções.  Muitas vezes por medo ou pena a criança esconde dos pais estes conflitos e vão acumulando internamente o que pode até gerar doenças psicossomáticas.

A percepção de que tudo está diferente após a separação pode ser muito intimidante para as crianças. Mas eu lhes asseguro, existe uma luz no fim do túnel. Com medidas eficazes, podemos reestruturar a família pós-separação de maneira positiva, minimizando assim o efeito nas crianças.

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Para começar, estabelecer novas rotinas é crucial. É importante que as crianças não sintam que tudo na vida delas está mudando.

Se possível, preserve o ambiente familiar, como manter a casa ou garantir que a mudança de residência seja tranquila.

Manter a rotina dos filhos. As refeições, a hora de dormir, as atividades de lazer devem ser mantidas da mesma forma que antes.

Outra estratégia é promover a comunicação aberta. As crianças precisam saber que podem expressar seus sentimentos sem julgamentos. Aos pais, lembrem-se sempre de ouvir com empatia e oferecer o suporte necessário.

Além disso, a cooperação entre os pais é de extrema importância. Decisões referentes à educação e ao bem-estar das crianças devem ser tomadas em conjunto.

Lembre-se, você pode ter se separado de seu parceiro, mas ainda é corresponsável em criar e nutrir o crescimento saudável de seus filhos.

No final das contas, sabemos que não existe uma fórmula mágica para lidar com todas as situações da separação. No entanto, com dedicação, empatia e compreensão, podemos transformar essa transição em uma experiência de aprendizado para toda a família.

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Envie-as para o e-mail: crescendoeacontecendo@gmail.com

Cynthia Wood Passianotto  é psicóloga e escreve quinzenalmente na Dolce Morumbi.

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@crescendoeacontecendo

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