Dolce Criança
Os artigos assinados não traduzem ou representam, necessariamente, a opinião ou posição do Portal. Sua publicação é no sentido de estimular o debate de problemas e questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
Para muitas famílias, levar crianças às compras é um verdadeiro transtorno. Elas pedem tudo e não aceitam um “não” como resposta: choram, batem pé, fazem escândalo. Envergonhados, muitos pais acabam cedendo aos apelos dos pequenos. E, de pedido em pedido, lá se vai o planejamento financeiro da família.
Dizer não pode ser difícil, mas é necessário. E não apenas por causa do orçamento doméstico, mas, sobretudo, para a construção da personalidade e saúde psicológica das crianças. Impor limites é importante para estruturar a personalidade da criança, tanto emocional, quanto cognitiva e socialmente. Crianças bem-educadas, com delimitação de limites e obrigações, tendem a ser mais respeitosas, simpáticas e empáticas.
É responsabilidade dos pais ensinar a criança a lidar com as frustrações, se os pais não ensinarem essa habilidade, ninguém ensinará e, no futuro, a criança se tornará um adulto que não sabe trabalhar em equipe, respeitar chefes ou, mesmo, lidar com os problemas do cotidiano e, naturalmente, com as próprias finanças.
A palavra “não” deve estar presente no diálogo entre pais e filhos desde os primeiros anos. Quanto mais cedo, mais fácil e tranquilo será o aprendizado dos limites.
Veja, a seguir, a forma mais adequada de falar “não” às crianças de diferentes faixas etárias.
Até 2 anos – nessa primeira fase, o bebê ainda está incorporando os conceitos relacionados à cada palavra. A palavra “não” é dita, sobretudo, em situações em que o bebê pode se expor a risco e tem que ser repetida inúmeras vezes. De um ano e seis meses em diante já aprendem a fazer birra para comprar um brinquedo o importante é dizer o não, sempre com tranquilidade e paciência, mas firmeza.
Dos 3 aos 5 anos – a criança entende bem o significado da palavra “não”, mas retém informações por curto período de tempo e, além disso, tentará de tudo para fazer valer sua vontade. Essa é a fase da teimosia. Portanto, as repetições continuam necessárias. Em resposta a pedidos, os pais podem começar a dizer que determinados presentes são dados somente em datas especiais, como aniversário ou Natal. Para ajudar a criança a entender a noção de tempo, os pais podem mostrar no calendário as datas de quando ela poderá ganhar o presente.
Dos 5 anos aos 10 anos – a criança já tem uma noção de tempo e pode compreender perfeitamente a explicação de que os pais não ganham o suficiente para determinada compra. Mas poderá testar a paciência deles. Os pais devem manter a palavra e não se alterar diante da insistência dos pequenos.
Pré-adolescentes (entre 10 e 14 anos) – os pais já podem explicar que pagam colégio, médico, supermercado e já podem mostrar o quanto sobra para investir em projetos e desejos pessoais. Nessa idade, a palavra “não” a pedidos de compras pode ser justificada pela própria planilha de orçamento familiar.
A situação financeira de muitos lares ainda é tabu. Os adultos provedores insistem em satisfazer as vontades das crianças, o que às vezes leva a gastos além do que o orçamento familiar permite.
Vale a pena, independentemente da idade chamar os pequenos para uma conversa sempre que necessário. Eles precisam entender que dinheiro não nasce em árvore e, portanto, nem sempre dá para adquirir aquilo que queremos.
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Cynthia Wood Passianotto é psicóloga e escreve quinzenalmente na Dolce Morumbi.
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