Mas isso, conforme ela, nem é o pior dos problemas, já que há estudos mostrando os prejuízos causados à saúde devido a uso excessivo da internet, como, por exemplo, pesquisa publicada, em 2020, por cientistas de universidades de Hong Kong, EUA, Suécia e Irã, que constatou uma correlação direta entre o vício na internet e distúrbios de sono e psicológicos. Por outro lado, ressalta Dany, benefícios da leitura à saúde já foram documentados. Estudo publicado, em 2016, por pesquisadores da Universidade de Yale, mostraram que quem lê 30 minutos por dia tem uma redução de 20% da taxa de mortalidade.

Detectado o problema, fica mais fácil agir sobre ele, afirma a estrategista editorial. Conforme Dany, o mercado já discute há algum tempo a necessidade de mudança nas políticas públicas, formação de leitores e democratização do acesso de livro, para tentar conter a queda do faturamento do mercado de livro e a redução do número de livrarias, que vem ocorrendo desde 2014.

Contudo, ela propõe algo mais. Levando em consideração dados da própria pesquisa Retratos da Leitura 2024, que mostrou a predominância de familiares e professores no quesito “influência no gosto pela leitura”, a especialista em marketing sugere que “cada um de nós assuma um compromisso consigo mesmo e com as pessoas ao nosso redor, que influenciamos diretamente através das nossas ações”.