O Transtorno do Espectro Autista (TEA) se caracteriza por alteração no neurodesenvolvimento, que dificulta a organização de pensamentos, sentimentos, emoções, com reflexos no comportamento frente a diversas situações da vida diária, gerando prejuízo nas interações sociais e na comunicação.
Quais os principais sintomas?
São muitos os sintomas do espectro autista. Em geral, eles são observados logo na infância.
De forma geral, podemos citar como sintomas:
- entre 8 e 10 meses, a criança autista pode apresentar falta de resposta quando for chamada e desinteresse com as pessoas ao redor;
- apresentam dificuldades em participar de brincadeiras em grupo, preferindo sempre brincar sozinhas e dificuldades em interpretar expressões faciais e gestos;
- crianças com autismo podem não balbuciar e nem aprender a comunicar com gestos;
- atraso anormal na fala;
- quando começam a falar, os autistas podem ter dificuldades para combinar palavras em frases que façam sentido ou repetir a mesma frase várias vezes;
- os comportamentos repetitivos e incomuns são sintomas clássicos, algumas ações que podem estar presentes são:
- balançar o corpo, bater as mãos, reorganizar objetos e repetir palavras e sons;
- quando adultos, os autistas podem se tornar obsessivos por determinados temas, como datas, números ou assuntos.
O que você precisa saber sobre o autismo
1- Quanto mais cedo o diagnóstico e o tratamento, melhor. Inclusive os bebês podem receber tratamento a partir de brincadeiras.
2- É preciso “ensinar a criança autista a aprender”. Ela aprende com a repetição.
3- Crianças autistas tendem a não focar o olhar. Estimule-a a seguir pessoas e objetos; assim, seu aprendizado será mais acelerado.
4- Agressões podem ser formas de se comunicar e podem significar vontade de ir ao banheiro ou comer.
5- É preciso prestar atenção no que o autista quer dizer com gestos, balbucios ou gritos. Isso tornará o tratamento mais eficaz.
6- No caso de a criança não falar, é importante criar uma forma de se comunicar com ela. Isso pode ser feito por meio de acenos e gestos.
7- A criança autista também reage ao meio em que vive. Se ela parecer agitada, tente notar em quais momentos isso ocorre, para deixar o entorno da criança mais leve e, consequentemente, ela mais leve.
8- Irmãos de crianças diagnosticadas com autismo têm até 10% de também ter o quadro. Os pais precisam observar possíveis riscos.
9- Para assegurar a integridade física dos filhos, os pais não devem hesitar em intervir.
10- Busque profissionais especializados e fazer uma avaliação neuropsicológica precoce para adiantar o tratamento.
Cynthia Wood Passianotto é psicóloga e escreve quinzenalmente na Dolce Morumbi.
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@cynthia_wood_passianotto e @crescendoeacontecendo
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