Sob a direção do curador João Kulcsár, o festival que acontecerá dias 3 e 4 de setembro, chega à sua 6ª. edição homenageando Nair Benedicto e João Roberto Ripper, dois nomes icônicos da fotografia brasileira, contando com a presença de ambos na programação em palestras gratuitas
João Roberto Ripper mostrará a essência de seu trabalho em “Imagens Humanas”, palestra que será realizada no dia 3, sábado, às 13h e Nair Benedicto apresentará sua impressionante trajetória na palestra “Retrospectiva” que será realizada dia 4, domingo, às 13h.
Apresentando um circuito com mais de 10 exposições com destaque para “Duo Drag”, composta de 30 retratos de drag queens, em momentos antes e depois de se montarem, algumas de veteranas conhecidas da cena paulistana dos anos 80, a mostra celebra o visual festivo e colorido da vibe drag e conceitualmente faz um questionamento político afirmando a importância do direito a diversidade de gênero. Em maio passado foi tema polêmico na mídia após ter sido cancelada da programação no Museu da Diversidade devido ao fechamento do espaço por decisão judicial, para seu autor, o fotógrafo Paulo Vitale, o ensaio é uma manifestação artística “visceral e libertadora”.
Outras duas exposições que abordam questões contemporâneas são “Dispneia, percepções sobre a linha de frente”, uma leitura visual fotográfica das equipes que ainda atuam na linha de frente da pandemia, mostra assinada por Luiz Angelo Peixoto, médico cardiologista, que também se dedica à fotografia documental, e a coletiva “Diversão e Arte!”, realizada pela ARFOC SP que ressalta e discute através da fotografia, a importância da produção e resistência da cena artística brasileira homenageando artistas e profissionais da cultura.
Uma programação intensa com exposições presenciais, projeções noturnas, lançamento de livros, mostra de filmes, expedições fotográficas, oficinas e palestras, sempre reunindo convidados que refletem a pluralidade de gênero, território, matizes socioculturais e de etnias brasileiras, o FFP tem a Fotografia como ferramenta de Alfabetização Visual e foco direcionado para discussões pautadas em Educação, Direitos Humanos e o Meio Ambiente, este um tema vital diante das ameaças e risco iminente de um colapso ambiental global. Desde sua edição anterior o festival tornou o tema presente realizando concretamente através de uma ação de educação ambiental, a compensação de seu carbono, plantando mudas de flora nativa no Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba, Unidade de Conservação e importante remanescente de Mata Atlântica que abrange todo entorno da histórica Vila.
Com o apoio de voluntários amantes da fotografia e de convidados que compartilham suas experiências e conhecimento, disseminando a diversidade cultural, colaborando para o aprimoramento e a formação do pensamento crítico, o foco do FFP é construir pontes e diálogos com a comunidade, em busca de um mundo mais democrático, pacífico, tolerante e com mais justiça social.
Fotos © Luiz Angelo Peixoto
Fotos por © Paulo Vitale
6ª. edição do Festival de Fotografia de Paranapiacaba
Quando: 3 e 4 de setembro
Sábado, das 11h às 19h
Domingo, das 10h às 16h
Telefone para informações / WhatsApp: (11) 9454 30200
Acesso para deficientes: cadeirantes para as palestras
Onde: Av. Rodrigues Alves, 32 – Casa do Festival, Vila de Paranapiacaba
Como chegar:
Duas opções para quem for de carro:
- Parte baixa da Vila – Entrar com carro na Vila por caminho de 5 km em estrada de terra. Informar no Google a Padaria do Mendes – Paranapiacaba
Ou
- Av. Rodrigues Alves, 32 – Casa do Festival, para quem vai pegar o caminho de estrada asfaltada – parte alta – tem estacionamento ao lado a Igreja. Informar no Google – Paróquia Senhor Bom Jesus de Paranapiacaba
Realização: Alfabetização Visual (https://www.alfabetizacaovisual.com.br/) e
Prefeitura de Santo André
Apoio: Canon do Brasil
Apoio educacional: SENAC SP
Apoio institucional: SESC SP
Pioneira no fotojornalismo brasileiro, Nair Benedicto escolheu dar voz às minorias, propondo temas como o preconceito e a violência contra a mulher, o homossexual, o menor de rua e o índio. A obra de viés político da fotógrafa paulistana integra os acervos dos museus de arte moderna do Rio de Janeiro (MAM), e de Nova York (MoMA), entre outros. Nair foi delegada da UNICEF em 1988 e 1989, depois de ter se engajado na militância durante a ditadura, ser presa e torturada. “Acredito no poder transformador da fotografia. Por meio dela, procuro chamar a atenção para questões que considero relevantes à sociedade”, afirma.
Crédito texto biográfico: projeto Trip Transformadores
Nascido em 1953, no Rio de Janeiro, João Roberto Ripper, referência no cenário da fotografia documental brasileira, trabalhou como repórter-fotográfico dos seguintes jornais e agências fotográficas: Luta Democrática, Diário de Notícias, Última Hora, O Globo, Agência F4 e Imagens da Terra. Atuou como diretor na Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio de Janeiro, no Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro e na Federação Nacional dos Jornalistas. Foi coordenador das campanhas pela obrigatoriedade do crédito na fotografia e contratos de direito autoral e o responsável pela criação e implantação das tabelas de preços mínimos. Idealizador e coordenador do Projeto Imagens do Povo do Observatório de Favelas.
Paulo Vitale foi editor de fotografia das revistas Veja e Época e correspondente da Agência Estado em Nova York por 3 anos. Estudou fotografia no International Center of Photography de Nova York e História na USP. Como fotógrafo, já percorreu mais de 40 países fazendo trabalhos editoriais, corporativos e publicitários.
O Festival de Fotografia de Paranapiacaba (FFP) é uma realização da Alfabetização Visual e Prefeitura de Santo André, conta com o apoio institucional do Sesc-SP e apoio educacional do Senac-SP e outros parceiros.
Tombada pelo CONDEPHAAT e pelo IPHAN, situada no Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba, Santo André, SP, a histórica Vila de Paranapiacaba foi fundamental em todo desenvolvimento do estado de São Paulo com o surgimento da Ferrovia Santos-Jundiaí em 1867. Construída pela São Paulo Railway Company para transpor os 800 metros de altura da Serra do Mar, o sistema ferroviário proporcionou o escoamento da produção do café proveniente do interior do Estado de São Paulo para o Porto de Santos. Formada por imigrantes ingleses num período escravocrata, inserida no meio da Mata Atlântica, a vila é um legado histórico de uma São Paulo Imperial além de ser tombada como Patrimônio da Humanidade.
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