O aprendizado se dá em alguns degraus
Por Adilson Santos Brito
Quando lembramos da cultura de inovação é costumeiro vir à mente palavras como robótica, mão na massa, impressão 3D entre outras, mas o pensamento de construção é recorrente, entretanto a cultura de inovação traz um outro tópico muito importante que está inserido a todos os pilares, a condição socioemocional.
Obviamente as palavras anteriormente citadas envolvem esse meio, mas o fator socioemocional é tão importante quanto, pois ao construir algo com suas mãos, seja no âmbito de mão na massa ou de programação por exemplo, traz uma sensação de satisfação pelo desenvolvimento do projeto realizado.
Esse desenvolvimento pode ser individual ou coletivo, por estarmos falando do movimento maker, devemos saber que a colaboração é parte essencial.
Algo próprio da geração que vigora nas escolas atualmente é a descoberta e a liberdade, pois facilmente se descobre uma nova forma de se criar algo na internet, o novo está a apenas um clique de distância.
Em virtude de termos uma velocidade maior para apreensão do conhecimento, por vezes se cai no risco de se desvalorizar o que se aprende e é nesse momento que construir algo pode fazer total diferença no processo de valorização do estudo e do seu próprio esforço. Ter todo esse acesso à informação é de suma importância, mas também deve-se saber de onde vem e como se é feito. Na era da rotatividade, conhecer e valorizar pode fazer toda diferença no futuro que vem chegando cada vez mais rápido.
Conversando diretamente com o assunto relacionado, lembremos de como as crianças pequenas vêm felizes nos mostrar a fabricação de um bolo imaginário, que com o passar do tempo vão se tornando esculturas entre outras criações lúdicas. Essa sensação da criação não deve ser perdida e é nesse ponto que a cultura de inovação traz a novidade que na verdade é próprio do ser humano, o criar. Ao criar algo, a sensação de satisfação e também de apropriação do conhecimento é maior, pois houve todo um processo de aprendizagem prático, o famoso “mão na massa”.
De acordo com a “Pirâmide de Glasser” o aprendizado se dá em alguns degraus, sendo que “aprender fazendo” está em destaque, lembremos mais uma vez que a cultura de inovação maker tem como um de seus pilares, a colaboração, ou seja, o ensinar também é próprio da cultura. Observando essa Pirâmide de Aprendizagem, verificamos como a cultura de Inovação pode impactar os alunos.
Quando foi a última vez que você criou algo, pare um pouco e medite sobre isso, lembrou? Creio que a sensação foi positiva, mas se não foi, sempre há um grande aprendizado, aprendizado esse que a cultura de inovação traz em toda aula, não somente em uma disciplina isolada, mas trabalhada de forma interdisciplinar em cada projeto em que o aluno precisa criar e colaborar utilizando as metodologias ativas de aprendizagem.
“O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram”. Jean Piaget
Parafraseando Piaget, não basta apenas produzir ou realizar uma atividade de forma mecânica, aprender com ela e aproveitar o processo é que torna eficaz a aprendizagem, não somente naquele momento em que algo precisa ser produzido, mas o aprendizado que será levado adiante.
Nem só de mão na massa vive a Cultura de Inovação, pois a condição socioemocional está dentro de cada projeto, cada vez que um aprendizado é absorvido e festejado.
Imagens cedidas pelo Colégio Anglo Morumbi
Professor Adilson Santos Brito leciona Cultura de inovação no espaço Maker do Colégio Anglo Morumbi
Há 30 anos, o Colégio Anglo Morumbi vem transformando vidas e abrindo caminhos para um mundo em constante evolução. A proposta pedagógica é pautada nos três pilares: acadêmico (Sistema Anglo de ensino, treinamento contínuo de professores, Plataforma Bilíngue Cultura Inglesa (Imersão na língua inglesa), socioemocional (Líder em Mim, Parceria Unesco) e inovação (Cultura Maker, Sala Google, Aplicativos de gamificação).
Os alunos, desde a Educação Infantil, passando pelo Ensino Fundamental até o Ensino Médio, são incentivados a desenvolverem suas lideranças, responsabilidades e o protagonismo para sua formação. Recebemos o título de Escola Farol, um reconhecimento internacional da excelência atingida pela escola em termos de resultados escolares, desenvolvimento do senso de liderança, autonomia e autoconfiança dos alunos.
O Colégio Anglo Morumbi é Escola Google Referência, reconhecidos por desenvolver soluções curriculares inovadoras e tecnológicas, que colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem. Os professores são capacitados e certificados para utilizarem as ferramentas Google, tornando a aula mais envolvente e dinâmica.
Os artigos assinados não traduzem ou representam, necessariamente, a opinião ou posição do Portal. Sua publicação é no sentido de estimular o debate de problemas e questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo
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