Por que homens são mais resistentes à terapia?

Psicólogo indica que a cultura machista causa sofrimento para muitos homens que não conseguem lidar com suas emoções

Imagem por shironosov em Canva Fotos

Ainda minoria dentro dos consultórios, os homens costumam ser mais resistentes à terapia. Isso porque o autocuidado e, principalmente, questões referentes à saúde mental ainda são tabu no universo masculino.

Essa situação é resultado de uma construção cultural sobre a masculinidade que propaga uma série de preconceitos sobre o que um homem deve ou não fazer, excluindo qualquer tema relacionado a fragilidades”, explica Filipe Colombini, psicólogo e CEO da Equipe AT. “Inclusive, a cultura machista causa sofrimento para muitos homens, que não conseguem lidar com esta pressão da sociedade”, comenta o especialista.

Apegados a esses valores equivocados, eles acreditam que expor sentimentos e procurar ajuda é um sinal de fraqueza”, diz Colombini. “Além disso, quando o assunto é saúde mental, o estigma é ainda maior, sendo comum problemas como a depressão e a ansiedade serem encarados como frescura”, ressalta.

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O especialista alerta que, para o público masculino, a necessidade de iniciar um processo terapêutico é bastante recomendável, uma vez que, algumas vezes, emoções mal compreendidas podem acarretar questões mais graves, que precisam ser resolvidas.  “A terapia é um meio eficaz de as pessoas conseguirem quebrar paradigmas ultrapassados sobre masculinidade, acolhendo novas ideias e pontos de vista sobre si mesmos”, afirma o psicólogo.

O processo de autoconhecimento que a terapia oferece também ajuda os homens a compreenderem que se trata de preconceito enxergar o mundo e o sexo masculino sob uma ótica machista, combatendo, assim, a masculinidade tóxica.

Para mudar essa forma de pensar, o apoio de uma rede de suporte é essencial para auxiliar os homens a revelarem seus próprios sentimentos. “É preciso perceber que buscar ajuda é uma demonstração de coragem e jamais pode ser visto como sinal de fraqueza”, afirma o especialista. “Além disso, é fundamental desconstruir essa noção errada de masculinidade, ensinando os homens a lidar melhor com suas emoções“, conclui o CEO da Equipe AT.

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Filipe Colombini é psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT) e atendimento fora do consultório, que atua em São Paulo (SP) desde 2012. Especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Professor e Coordenador acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT. Formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.

Colaboração da pauta:

Key Press Comunicação

Caroline Fakhouri | relaciona@keypress.com.br

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