A retórica, esse termo intrigante que ecoa pelos corredores da comunicação e das artes da linguagem, pode soar complexo para os não iniciados. Segundo Mirna Abou Rafée, sua essência é tão antiga quanto o próprio discurso humano, e sua influência persiste até os dias de hoje, moldando interações sociais, discursos políticos e estratégias de marketing. Para desvendar esse mistério, adentramos o mundo da retórica e exploramos suas nuances e aplicações.

Origens e fundamentos da retórica

Originada na Grécia Antiga, a retórica foi desenvolvida por filósofos notáveis como Aristóteles e Sócrates. Eles reconheceram o poder da linguagem não apenas como uma ferramenta de comunicação, mas também como um instrumento de persuasão e influência. A retórica baseia-se em três pilares fundamentais:

Ethos: refere-se à credibilidade e autoridade do orador. A confiança que o público deposita em um orador influencia significativamente sua capacidade de persuasão.

Pathos: busca apelar às emoções do público. Argumentos que evocam sentimentos de compaixão, raiva, alegria ou medo têm mais probabilidade de ressoar com a audiência.

Logos: concentra-se na lógica e racionalidade do argumento. Apresentar evidências sólidas, fatos e raciocínio coerente aumenta a persuasão de um discurso.

Compreender e equilibrar esses três elementos é essencial para uma comunicação persuasiva e eficaz, afirma Mirna.