Isolamento e solidão não afetam apenas os indivíduos, mas também impactam negativamente comunidades e sociedades inteiras
Como manter conexões humanas mais autênticas? Em um mundo cada vez mais digital e acelerado, muitas pessoas estão se sentindo perdidas, sem clareza sobre quem são ou o que realmente desejam na vida, percebendo a necessidade de criar relações mais saudáveis, seja no trabalho, na família ou com amigos. O caminho para a reconexão passa por desenvolver uma compreensão profunda de nossos pensamentos, emoções e necessidades. Esse processo de autoconhecimento promove resiliência emocional e nos permite estabelecer conexões mais autênticas e satisfatórias com os outros.
“O ser humano é um ser social, nasceu para a interação humana, por mais que ela seja tão desafiadora e complexa. É no encontro com o outro que eu encontro a minha própria essência. Então, a falta de conexão também impacta nossa saúde mental e emocional. Sem conexão, não criamos vínculos, o gera uma sensação de solidão. Podemos estar rodeadas de pessoas e, mesmo assim, nos sentir vazias”, afirma Caroline Mendes, consultora em desenvolvimento humano e organizacional.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as pessoas estão cada vez mais solitárias e isso virou uma questão de saúde pública. Pessoas sem conexão social enfrentam um risco maior de morte prematura, ansiedade, depressão, suicídio, doenças cardiovasculares, entre outras. Além disso, isolamento e solidão não afetam apenas os indivíduos, mas também têm um impacto negativo em comunidades e sociedades inteiras. No final de 2023, a OMS criou uma Comissão para Conexão Social, dedicada a reconhecer essa questão como uma prioridade global de saúde pública, propondo uma agenda global sobre o tema.
Dicas para começar
Para cultivar relacionamentos mais saudáveis é preciso, antes de tudo, olhar para nossa própria vida, assumir que existe uma questão e que ela precisa de decisão, vontade e dedicação para ser cuidada. A falta de conexão consigo gera sentimento de vazio existencial e questionamentos como “Para onde estou indo?”, “O que estou fazendo aqui?”, “Porque eu fiz isso ou aquilo daquela forma?”. O estado de desconexão torna mais difícil lidar com essas inquietações de maneira saudável e pode agravar questões como depressão e ansiedade. Segundo dados do Google Trends, o Brasil foi o segundo país com mais pesquisas sobre transtorno de ansiedade entre outubro de 2022 e outubro de 2023, ficando atrás apenas da Ucrânia.
O foco precisa sair do outro e se voltar para a própria pessoa, para que ela saiba avaliar as relações que gostaria ou não de nutrir. “Silenciar internamente e buscar o encontro consigo mesmo é o primeiro passo para essa jornada, mas é importante ter cuidado para que o autoconhecimento e a busca pela autenticidade não sejam uma busca narcisista que só alimenta o ego. Eles precisam estar conectados com a construção de relações saudáveis e com a ação na sociedade como um todo”, alerta Caroline.
Foi para ajudar neste caminho de reencontro que Caroline, ao lado dos sócios Flora Cytrynowicz e Rafael Fueb, criaram o Reconexões, uma jornada de autodesenvolvimento que oferece conteúdos, atividades e mentorias para que as pessoas criem conexões mais autênticas e saudáveis consigo mesmo, com suas relações e com o mundo. “Nosso objetivo é apoiar que cada participante entenda melhor suas escolhas, para assim ter uma vida com mais sentido, alinhada com seus valores, fazendo bem para ela e para quem está por perto”, explica Caroline. As inscrições para a turma de São Paulo estão abertas.
No primeiro módulo, intitulado “Você no Controle”, os participantes são convidados a investigar como fazem escolhas e a se apropriar de seus desejos para o futuro. Investigam como suas ações diárias impactam suas decisões, refletem sobre a vida profissional e entendem como suas histórias de vida influenciam quem são. No segundo módulo do Reconexões, o foco passa a ser a potência das relações. Os participantes investigam como se relacionam e se comunicam, a qualidade de sua escuta, suas ações de impacto e aprendem a nutrir e cuidar de suas relações interpessoais.
Já no terceiro módulo, “Coragem para Fazer”, os participantes planejam um novo futuro alinhado com suas missões pessoais e profissionais. “A construção do plano de ação é resultado de toda a jornada. É mais que uma lista de tarefas, é um manifesto de quem somos e do mundo que queremos construir. É a organização material, emocional e psicológica para colocar em prática a missão que cada participante reconhece precisar fazer no mundo”, finaliza Rafael Fueb, facilitador do Reconexões. Para saber mais acesse https://www.reconexoes.com/
Atua como consultor, focando no desenvolvimento de grupos, indivíduos e organizações, utilizando uma abordagem que integra aspectos físicos, mentais e emocionais. Seu conhecimento abrange Filosofia, Antroposofia, Andragogia e gestão de projetos. É engenheiro e economista não formado pela Universidade de São Paulo (USP) é professor de dança desde 2012, especializado em dança a dois, e facilitador do Programa Germinar: Desenvolvimento de Facilitadores desde 2017.
Facilitadora de processos de autoconhecimento através de mentorias individuais, jornadas em grupo e doula de adoção. Suas formações incluem gestão de projetos sociais, mediação de conflitos, estudo familiares, facilitação de processos de grupo e Antroposofia. É graduada em Administração de Empresas com especialização em Responsabilidade Social Empresarial e Sustentabilidade, atuou como facilitadora do Programa Germinar por 9 anos e como consultora de desenvolvimento organizacional por 8 anos.
Consultora em desenvolvimento humano e organizacional, atua também como facilitadora do Programa Germinar. Com expertise em Dragon Dreaming, Change Lab, Teoria U, Capitalismo Consciente, Antroposofia e Consultoria de Processos. É graduada em Química Ambiental e pós-graduada em Administração com ênfase em Sustentabilidade Empresarial.
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