O turismo é uma atividade que movimenta economias, promove o intercâmbio cultural e permite que pessoas conheçam novos lugares e experiências. No entanto, quando feito de forma descontrolada e sem planejamento, pode trazer sérios impactos negativos, tanto para o meio ambiente quanto para as comunidades locais. É o caso do turismo de massa, que se caracteriza pelo grande fluxo de visitantes em um mesmo destino, muitas vezes em períodos curtos e concentrados.
Um dos principais problemas associados ao turismo de massa é a degradação ambiental. Praias superlotadas, trilhas naturais destruídas e áreas de preservação invadidas são apenas alguns exemplos. O excesso de turistas pode provocar o acúmulo de lixo, o aumento do consumo de recursos naturais e o desequilíbrio de ecossistemas locais, principalmente em áreas frágeis, como ilhas e parques nacionais.

Além dos danos ambientais, o turismo de massa também afeta o aspecto sociocultural das regiões visitadas. A presença constante de turistas pode descaracterizar tradições locais, transformar manifestações culturais em produtos comerciais e alterar a dinâmica das comunidades. Em muitos casos, os moradores acabam sendo afastados de seus próprios bairros, seja pelo aumento do custo de vida, seja pela especulação imobiliária voltada ao aluguel por temporada.
Outro impacto relevante é o econômico. Apesar de movimentar dinheiro, o turismo de massa nem sempre beneficia a população local de forma justa. Muitas vezes, os lucros ficam concentrados nas mãos de grandes empresas, enquanto pequenos comerciantes e trabalhadores locais enfrentam exploração e baixa remuneração.

Diante desses desafios, é fundamental repensar o modelo atual de turismo.
Incentivar práticas de turismo sustentável, que respeitem o meio ambiente e valorizem as culturas locais, é o caminho para garantir que viajar continue sendo uma experiência positiva — tanto para quem visita quanto para quem recebe.