O foco do aleitamento materno é para o recém-nascido, mas ele também traz diversos benefícios para as lactantes
A amamentação é essencial para garantir as necessidades nutricionais dos bebês e, de acordo com levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), reduz em 13% as chances de mortalidade até os cinco anos, além de promover ganhos para o desenvolvimento do cérebro e o crescimento físico adequado que se reflete ao longo de toda a vida da criança. A prática também é benéfica para a mulher, pois amamentar até os seis meses diminui o risco de câncer de mama e ajuda no pós-parto, já que o útero se contrai e volta ao tamanho normal mais rapidamente.
O aleitamento é recomendado até os dois anos ou mais e de forma exclusiva até o sexto mês do bebê; e deve começar logo após o parto, como destaca a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Elizangela Rodrigues de Oliveira.
“Sem dúvida alguma o leite materno é o alimento mais saudável e completo para o recém-nascido, contendo todos os nutrientes que ele precisa para se desenvolver nessa fase, que é tão importante. Um bebê alimentado com o leite da mãe recebe anticorpos que o protegem contra doenças infecciosas, respiratórias, e contra a diabetes e a obesidade”, pontua.
A especialista também acrescenta que o aleitamento é, ainda, um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, importante para que ela tenha dentes fortes, desenvolva a fala e tenha uma boa respiração.
A amamentação na primeira hora de vida é importante tanto para o bebê quanto para a mãe, pois auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. Outros benefícios para as mamães, se refere ao efeito hormonal que normalmente induz à falta de menstruação, e reduz o risco de câncer de ovário e de mama.
Elizangela esclarece ainda que amamentar pode ser uma atividade exaustiva nas primeiras semanas e exige persistência, mas que a prática deve ser incentivada, e a mulher deve contar com uma rede de apoio para isso. A mãe que produza muito leite pode realizar a doação para bancos de leites, para outras mamães garantam que seus filhos também recebam os nutrientes certos nos primeiros mil dias de vida.
A coordenadora destaca que é preciso atenção com o que é consumido pela lactante. O cuidado com a hidratação deve ser redobrado, já que a parte líquida do leite é produzida a partir da hidratação da mãe.
“É normal que a mulher sinta mais fome e sede durante o período em que está amamentando, visto que a produção do leite materno demanda mais água e nutrientes do organismo. Por isso, a mamãe deve beber bastante água e optar por uma alimentação baseada em alimentos saudável, evitando muito açúcar, gorduras e os ultra processados”, finaliza Elizangela.
Como amamentar sem dor e desconforto?
A amamentação é um momento de interação entre mãe e filho, além de trazer vários benefícios à saúde de ambos. No entanto, às vezes esse processo pode trazer dor e desconforto para as mamães.
Confira três dicas para deixar esse momento ainda mais confortável e especial:
- Atenção: a dor pode ser um sinal de pega incorreta. Procure um pediatra ou consultor de amamentação para avaliação nesses casos;
- Tente observar a necessidade do seu filho, de acordo com a livre demanda, para que ele não esteja com muita fome na hora de amamentar, pois o bebê pode estar estressado e não amamentar corretamente;
- Se você ouvir qualquer barulho na boca do bebê durante a mamada, é porque algo está errado. Estalos na língua ou som semelhante a um beijo não devem fazer parte desse momento, apenas ruídos da sucção e deglutição. Caso escute qualquer coisa além disso, tire o bebê do seio e recomece. Se persistir, vale tentar mudar a posição.
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