Dolce Beleza
Juliana Souza Pires
Agosto Lilás
A violência contra a mulher tem aumentado de forma vertiginosa e nós, profissionais da beleza, podemos ser um setor de ajuda para combater esse mal. Os salões de beleza são frequentados diariamente por mulheres das diversas esferas de classe social e muitas encontram na cabeleireira e na manicure, sua confidente.
Por isso, quero aproveitar a matéria de hoje para alertar aos sinais da violência e, caso você passe ou conheça alguém que esteja passando por este problema, denuncie! Temos o canal 180. Ligue e denuncie anonimamente.
Os números de feminicídios são alarmantes. Mas antes da perda da vida, a mulher passa por diversos sinais de alerta. A violência não é só a física! Estão previstas 5 tipos de violência na Lei Maria da Penha:
1) Violência Física
Espancamento, atirar objetos, sacudir e apertar os braços, estrangulamento ou sufocamento, lesões com objetos cortantes ou perfurantes, ferimentos causados por queimaduras ou armas de fogo e tortura
2) Violência Psicológica
Ameaças, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento (proibir de estudar, viajar ou de falar com amigos e parentes), vigilância constante, insultos, chantagem, exploração, limitação do direito de ir e vir, ridicularização, tirar a liberdade de crença e distorcer e omitir fatos para deixar a mulher em dúvida sobre a sua memória e sanidade (gaslighting).
3) Violência Sexual
Estupro, obrigar a mulher a fazer atos sexuais que causam desconforto ou repulsa, impedir o uso de métodos contraceptivos ou forçar a mulher a abortar, forçar matrimonio, gravidez ou prostituição por meio de coação, chantagem, suborno ou manipulação e limitar ou anular o exercício do exercício dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher.
4) Violência Patrimonial
Controlar o dinheiro, deixar de pagar pensão alimentícia, destruição de documentos pessoais, furto, extorsão ou dano, estelionato, provar de bens, valores ou recursos econômicos, causar danos propositais a objetos da mulher ou dos quais ela goste.
5) Violência Moral
Acusar a mulher de traição, emitir juízos morais sobre a conduta, fazer críticas mentirosas, expor a vida íntima, rebaixar a mulher por meio de xingamentos que incidem sobre a sua índole, desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir.
Vamos dizer não à violência e dentro do nosso setor, reconhecer e denunciar uma vítima. Temos a função de salvar vidas. Beleza também é ajudar.
Juliana Souza Pires é formada em economia, administração de empresas e gestão de pessoas. Com uma carreira profissional de 30 anos, dos quais nos últimos 6, dedica-se na gestão de Salão de Beleza. Tem 48 anos, é casada, mãe de dois filhos e uma empreendedora por amor.
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