Especialista destaca pontos que devem ser avaliados, para além de valor da mensalidade e localização da instituição
Com a chegada das férias, muitas famílias aproveitam para refletir sobre a trajetória escolar: as crianças estão felizes? As expectativas das famílias foram atendidas? Quando as respostas são negativas, é provável que muitas delas optem pela mudança de escola. Para ajudar nessa trajetória, Ana Paula Yazbek, mestre em educação pela Universidade de São Paulo (USP) e diretora do espaço ekoa, em São Paulo, chama atenção para pontos relevantes, que devem ser considerados na hora de escolher uma nova instituição, evitando mudanças abruptas que possam interromper o processo de aprendizado.
“É crucial prestar atenção em como seu filho ou filha se sente ao chegar em casa, sua atitude em relação ao aprendizado e sua interação com os colegas e amigos”, diz Yazbek. Segundo ela, essa análise ajuda a determinar se faz mais sentido permanecer na escola atual ou buscar uma alternativa.
Existem também aqueles momentos-chave de transição, como o fim da Educação Infantil, o início do Ensino Fundamental, a transição para o Fundamental 2 e o ingresso no Ensino Médio. Muitas famílias consideram esses marcos como oportunidades para avaliar a necessidade de mudança. “Apesar disso, é importante entender que a mudança de escola é um processo gradual, e que optar por mudanças frequentes pode dificultar a consolidação de conquistas educacionais”, alerta.
Avaliação do projeto pedagógico
Um dos primeiros passos para se fazer uma escolha criteriosa da escola é ter acesso ao projeto pedagógico, que reúne a intencionalidade educativa da instituição, esclarecendo sua organização, objetivos para a aprendizagem e, principalmente, como a escola irá trabalhar para atingi-los.
“As famílias precisam ver se o que está escrito no papel se reflete no ambiente da escola”, afirma Yazbek. Por isso, é interessante que as visitações ocorram em horário normal de funcionamento e observem a participação das crianças, conheçam a equipe, sua formação e aqueles que respondem pelo ciclo que a criança irá frequentar.
Durante a visitação, as famílias têm a chance de observar diversos aspectos, entre eles a estrutura da escola e como é realizada a ocupação dos espaços. Embora beleza, quantidade de equipamentos e ambientes diversos sejam indicativos de qualidade, a diretora recorda que existem escolas que, mesmo sendo menos equipadas, apresentam diversidade e versatilidade dos espaços e materiais.
Para além do compromisso com conteúdos específicos, que devem seguir as diretrizes curriculares da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), a escola também deve olhar para a integralidade das relações e das aprendizagens. De acordo com Yazbek, isso envolve considerar aquilo que acontece dentro e fora da sala de aula, sobretudo os modos de ser e de se relacionar com as pessoas e com o mundo, ou seja, valorizar a Educação Integral.
Nesse sentido, um aspecto interessante é observar o compromisso da escola com todos os alunos, seja com aqueles que apresentam alto desempenho ou com os que têm dificuldades de aprendizagem. “Existem alunos que são mais corporais, outros mais musicais e outros intelectuais, e a escola deve valorizar todas essas competências”, defende Yazbek.
Por último, mas não menos importante, ela reforça que é preciso escutar as crianças, mesmo que, em última instância, a decisão sobre a mudança não dependa delas. Além de serem incluídas no processo de decisão, quando participam da visitação da escola, por exemplo, podem sentir e identificar questões que não são evidentes aos olhos dos adultos e que podem ser consideradas no momento da escolha.
“A mudança de escola deve ser planejada com o intuito de proporcionar novas oportunidades de aprendizado para a criança, bem como explorar potenciais parcerias entre a família e a instituição de ensino. Portanto, é fundamental examinar cuidadosamente os prós e contras antes de tomar a decisão final, a fim de evitar que seja uma mudança abrupta e tomada de forma impulsiva”, finaliza.
O espaço ekoa é uma escola que atende crianças entre 4 meses e séries iniciais do Ensino Fundamental, é reconhecido como uma escola inovadora e referência na educação infantil. O espaço físico é parte integrante do projeto pedagógico da escola e é um importante diferencial. As atividades são realizadas prioritariamente ao ar livre e as crianças podem se apropriar de todos os ambientes com segurança e responsabilidade. As turmas são multietárias e não existem salas de aulas definidas, o que estimula a cooperação entre as crianças e contribui para que elas construam relações que podem durar a vida inteira.
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