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Curadora, artista, escritora e gestora cultural.

Os artigos assinados pelos colunistas não representam, necessariamente, a opinião do Portal. Sua publicação é no sentido de informar e, quando o caso, estimular o debate de questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo

A IA pode ajudar na arte, mas jamais substituirá o talento humano

Imagem e montagem feita com Inteligência Artificial na plataforma Canva

Como criar arte com tecnologia sem perder o humano e a alma no gesto artístico

A Inteligência Artificial (IA) cria imagens, mas só quem viveu alguma dor, o amor e a beleza em sua vida é capaz de transformar tudo isso em arte.

Vivemos tempos de imagens perfeitas e emoções sintéticas. A inteligência artificial já não é apenas um experimento é uma realidade que habita o processo criativo. Ela desenha, pinta, escreve, compõe. E tudo isso em segundos.

Mas, diante dessa aceleração, o que acontece com a alma na arte?

Sim, a IA é fascinante. Ela pode colaborar com artistas, expandir repertórios, gerar provocações visuais e facilitar processos, mas há um limite que não podemos ignorar.

A máquina pode criar forma, mas não carrega memória, dor, silêncio, ancestralidade. Não conhece o gesto falho que se torna beleza, nem o erro que vira poesia.

A luz muda a cada instante — e é nisso onde a beleza mora.

Imagem e montagem feita com Inteligência Artificial na plataforma Canva

Numa suposição imaginativa, claro, despretensiosa, porém provocativa, penso o que os grandes artistas diriam sobre a IA. Creio que Claude Monet, por exemplo, em sua atemporalidade, diria que a IA jamais devesse tentar congelar o que só o olhar sensível pode captar.

Ela pode simular emoção, mas não vive a experiência da perda, do amor ou da transformação. E é disso que a arte é feita.

A arte é mais do que estética: é o reflexo do que pulsa no humano.

A máquina pode aprender a pintar. Mas ousar, romper, gritar com cor, isso é humano.

Anita Malfatti, diria então que arte é liberdade; e liberdade não se programa.

É gesto que hesita. É silêncio entre palavras. É uma tentativa de traduzir o que não cabe no discurso. Por isso, cada obra carrega não só a visão de quem a cria, mas a história de um corpo cheio que sentiu antes de tocar.

A IA pode ser nossa aliada. Uma extensão do olhar, uma ferramenta que expande, testa, reorganiza. Mas ela não pode nos substituir. Porque o que nos torna artistas não é a técnica é o afeto.

A inteligência artificial, para mim, é uma ferramenta, um espelho ampliado, não um substituto. Ela pode colaborar com o processo criativo, estimular novas linguagens, provocar diálogos. Mas não devemos esquecer que a arte nasce do que sentimos, não apenas do que calculamos.

Acredito que o valor está em usá-la com consciência, como extensão do olhar.

Que ela nos auxilie sem roubar a autoria, a memória ou a alma de quem cria.

A tecnologia pode ser ponte, sim, mas a travessia ainda é humana.

Usar a IA a nosso favor é criar com consciência, não por automatismo; integrar inovação sem esquecer o passado; produzir obras onde a alma humana ainda seja o centro; refletir criticamente sobre a própria presença da IA no campo criativo.

Que a tecnologia seja ferramenta e não substituição.

Que a arte continue sendo ponte, expressão viva do que pulsa em nós.

A perfeição da forma está na imperfeição do toque humano. A máquina não transpira diante do mármore.

Michelangelo Buonarroti diria então que não há algoritmo que substitua a luta entre matéria e alma. Porque a IA pode gerar imagens, mas não histórias. E é na história imperfeita, sensível, encarnada que a arte se eterniza.

A máquina pode repetir, mas só o olhar curioso compreende o invisível.

A IA poderá auxiliar a criação mas jamais substituir a união entre ciência e alma.

Imagem e montagem feita com Inteligência Artificial na plataforma Canva

Porque arte não é apenas forma, é pensamento que respira, diria Leonardo da Vinci, meio desconfiado dessa ferramenta.

Se você é artista, curador, pesquisador ou alguém inquieto com o futuro da criação, convido você a refletir comigo em como seguir criando sem perder o humano, a alma no gesto.

A inteligência artificial está presente mas é na troca, no olhar e na escuta que seguimos fazendo arte com alma.

Se este texto lhe provocou, emocionou ou abriu novas perguntas, gostaria muito de ouvir sua visão. Faça seus comentários aqui e em meu perfil no Instagram – @amandasanzi.arts –, e convido também a me visitar na galeria de arte no Butantã Shopping!

A arte continua sendo encontro vivo e eu espero pelo nosso, sempre aqui na Dolce Arte!

Amanda Sanzi é artista contemporânea, escritora e gestora cultural. Já teve suas obras exibidas em diversas exposições no Brasil e no exterior. Inspirada pela natureza e seus fenômenos, a artista trabalha o abstracionismo com suas formas orgânicas dominante em suas obras.

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Imagem por Marcos Kulenkampff em Canva Fotos

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