Como a comunicação pode transformar candidatos em líderes

Dolce Insight

Mari Possidonio

Estratégias de retórica são essenciais em campanhas políticas porque vão além do conteúdo

Os artigos assinados não traduzem ou representam, necessariamente, a opinião ou posição do Portal. Sua publicação é no sentido de estimular o debate de problemas e questões do cotidiano e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo

Esta semana, um incidente entre dois candidatos à prefeitura de São Paulo trouxe à tona algo que, por vezes, passa despercebido nas campanhas eleitorais, O poder da oratória. Um episódio que serve como um exemplo claro de como a maneira de se comunicar pode ser decisiva no destino de um político.

Mais do que palavras, a comunicação de um candidato é a chave para conquistar o eleitorado. Os discursos são estudados minuciosamente para persuadir, engajar e, acima de tudo, gravar uma imagem positiva na mente dos eleitores. Aqueles que conseguem dominar a arte da comunicação saem na frente, mesmo em meio a crises e escândalos.

Muitos políticos de sucesso seguem princípios detalhados em obras clássicas de estratégia e poder. O livro “As 48 Leis do Poder”, de Robert Greene é amplamente estudado por figuras públicas, oferece lições valiosas sobre como construir uma imagem de autoridade e manipular a percepção pública.

Por exemplo na Lei 1 – Nunca ofusque o mestre, diz para nunca desafiar diretamente seus superiores, mas sugere usar sutilezas para alcançar seus objetivos ou no caso da Lei 6 – Atraia atenção a qualquer custo, mostra como uma oratória provocadora e carismática consegue sempre atrair os holofotes para si, transformando até mesmo situações desfavoráveis a seu favor.

Essas estratégias moldam o comportamento de políticos que entendem que, em uma campanha, muitas vezes não é sobre o que se diz, mas sobre como se diz. Quando a mensagem é bem articulada, ela pode ser lembrada, ressoada e, mais importante, compartilhada.

Outro livro frequentemente citado no meio político é “Como Vencer Qualquer Debate, Mesmo Sem Ter Razão”, do filósofo Arthur Schopenhauer. A obra é um guia de estratégias retóricas que permitem dominar discussões e debates, mesmo quando o conteúdo argumentativo não é forte. Neste recente conflito entre os candidatos, enquanto um deles optou por atos físicos, o outro demonstrou um domínio excepcional das táticas de Schopenhauer: redefinir o argumento do adversário, ele rapidamente desconstruiu as falas do oponente, tirando-o da zona de controle. Desviar a discussão ao ser confrontado, não entrou diretamente na provocação, mas mudou o foco para pontos em que ele sabia que poderia vencer.

Essas estratégias de retórica são essenciais em campanhas políticas porque vão além do conteúdo. Elas exploram o psicológico do eleitor. As pessoas tendem a lembrar de quem demonstra controle, inteligência emocional e, claro, uma fala marcante.

Seja em uma discussão acalorada ou em um debate formal, o eleitor está sempre observando. A comunicação clara, estratégica e emotiva faz toda a diferença na hora de decidir em quem confiar. Candidatos que entendem a importância da oratória não apenas se tornam mais lembrados, mas também conseguem influenciar a opinião pública, mesmo que a verdade por trás de suas palavras seja questionável.

Neste cenário, a escolha das palavras, o tom de voz, a postura e até mesmo o timing das falas podem transformar uma crise em uma oportunidade. O que vemos no caso recente de São Paulo é a comprovação de que, enquanto um candidato pode ter perdido o controle da situação, o outro usou sua habilidade com as palavras para sair por cima. Isso é um reflexo claro de que quem domina a comunicação pode, literalmente, vencer eleições.

Quando os eleitores vão às urnas, muitas vezes não votam apenas em propostas ou ideais, mas sim na confiança que sentem ao ouvir o candidato falar. A boa comunicação cria uma conexão emocional, faz com que o público se sinta representado e ouvido. Em um mundo onde a violência e a agressividade afastam, a retórica habilidosa e a oratória bem planejada têm o poder de aproximar e conquistar.

Portanto, em tempos de campanhas intensas, onde cada palavra pode fazer a diferença, os candidatos que dominam a arte da comunicação têm uma vantagem inegável. Eles não apenas falam para o público, mas falam com o público e é isso que os transforma em líderes memoráveis.

Com mais de 20 anos de experiência capacitando times comerciais, ajustando a comunicação e alavancando resultados, Mari Possidonio é uma especialista em transformar habilidades de comunicação em poderosas ferramentas de persuasão. Como Master Practitioner certificada pela The Society of NLP, ela domina as técnicas mais avançadas de Programação Neurolinguística.Seu trabalho é focado em potencializar as habilidades da sua equipe, garantindo que cada membro alcance resultados máximos e encante seus clientes. Com uma abordagem prática e eficaz, Mari Possidonio transforma a maneira como as pessoas se comunicam, criando um impacto duradouro e significativo nos negócios e nas relações pessoais.

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