Final de ano chegando e meu filho não se alfabetizou, e agora?

Dolce Criança

Cynthia Wood Passianotto

A alfabetização não acontece em um passe de mágica, é necessário que isso se desenvolva na escola e também com atividades lúdicas em casa

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A alfabetização não acontece em um passe de mágica, é necessário que isso se desenvolva na escola e também com atividades lúdicas em casa.

Confira algumas dicas de como ajudar seu filho no processo de alfabetização:

– Ensine os nomes das letras e seus sons;

É claro que o ensino formal das letras é feito na escola, mas os pais também podem ensiná-las. Têm muitos brinquedos e jogos, livros, quebra-cabeças, que ajudam as crianças a aprenderem essa habilidade. Você pode tornar esses momentos divertidos e a leitura vai sendo assimilada com prazer.

– Estimule a consciência fonêmica;

As crianças pequenas não entendem que as palavras têm sons formados de diferentes sílabas. Para aprender a ler é importante ouvir os sons e compreender que ele é dividido em partes, que depois que se juntam e formam palavras. Isso e consciência fonêmica. Jogue jogos de linguagem com seu filho. Por exemplo, diga uma palavra, pode ser o nome dele, e depois recite sílaba por sílaba.

Busque, fora do contexto escolar, situações para leitura e escrita, optando por textos e livros mais simples, curtos e de fácil entendimento. Podem também ser textos escritos pela própria criança ou pelo adulto. Incentive-o a escrever listas de supermercado, bilhetes, agendas, diários, entre outros;

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– Tire as dúvidas, leia e escreva as palavras que a criança não conseguir ler ou escrever;

Se perceber que seu filho está com muitas dificuldade, reveze a escrita e a leitura com ele. Leia uma página e ele outra. Isso também pode acontecer com trechos de textos e frases;

É comum, nesse momento, que algumas crianças ainda utilizem variados tipos de letras na hora de escrever, pois eles podem estar experimentando ou mesmo buscando a que acha mais “fácil”, recursos que devem ser respeitados e direcionados de forma coerente e tranquila. Aos poucos, com intervenções e sinalizações positivas e se sentindo mais seguras, possivelmente essas crianças irão definir o padrão de letra;

 -Demonstre motivação, paciência e interesse pelo que a criança está escrevendo e lendo. Encontre tempo e disponibilidade para acompanhar as tarefas de seu filho;

– Busque horários e locais adequados para as tarefas de casa e para as atividades de “letramento”. Mesmo motivada, a escrita e a leitura não podem competir, por exemplo, com a televisão, com o irmão muito menor que mexe em tudo, com os videogames, com o horário do desenho predileto ou do playground, entre outros;

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– Se a criança demonstrar desinteresse pelo convite à escrita e leitura, não desista. Busque outro horário, outro momento, insista, mas sempre com bom senso;

– Visite bibliotecas e livrarias com a criança e exercite com ela a escolha de títulos. Busque conhecer suas preferências literárias. Você pode se surpreender…;

– Envie para a escola, mesmo que não tenha sido solicitado, pesquisas, textos, material de leitura em geral, que você tenha trabalhado com a criança, de forma que ela possa socializar com os colegas e professor.

Se mesmo com atividades complementares em casa, a criança não está conseguindo, é importante procurar auxílio médico para detectar se a criança tem um problema de visão ou audição, como por exemplo, uma fonoaudióloga para identificar se há algum problemas relacionado à fala porque isto impede a alfabetização da forma correta.

Considere também buscar uma avaliação neuropsicológica para detectar, tanto problemas emocionais como de aprendizado, que possam estar afetando o aprendizado.

Numa avaliação em consultório, é possível se detectar, por exemplo, dislexia, TDAH ou uma ansiedade, depressão, timidez excessiva etc. Após um diagnóstico adequando, um trabalho de terapia é fundamental para que a criança se desenvolva e consiga aprender.

Se tiver mais alguma dúvida ou detalhes que queira discutir, me escreva ou entre em contato! Buscarei ajudar da melhor maneira possível.

Até a próxima!

Quer enviar suas perguntas e dúvidas para a Cynthia?

Envie-as para o e-mail: crescendoeacontecendo@gmail.com

Cynthia Wood Passianotto  é psicóloga e escreve quinzenalmente na Dolce Morumbi.

Acompanhe a Cynthia também pelo Instagram:
@crescendoeacontecendo

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