Sobre a eternidade das Mães

Claudia Alaminos

Uma vez recebi no consultório uma mãe que acabara de receber um diagnóstico bem difícil para a sua filha. Durante esta conversa inicial a mãe me disse: “o amor não mudou em nada, a única coisa que eu mudaria seria a minha condição, eu gostaria de ser imortal para cuidar dela enquanto ela vivesse”.

Foto por Anna Shvets

Esta frase me tocou tão profundamente que a carrego comigo há anos. Eu, que não era mãe ainda, pensei que esta mulher era uma iluminada, um coração gigante, uma alma boa. E hoje, tenho certeza, ela era tudo isso.

Entretanto, depois de 21 anos de maternidade e muitos de trabalho com crianças posso afirmar que ela, assim como nós, mães, somos sim eternas.

Somos eternas quando cuidamos de nossas crianças, quando lemos para elas, quando fazemos a comidinha mais gostosa para o pequeno que está doentinho, quando apertamos o orçamento para comprar aquilo que eles tanto sonham, quando acolhemos seus medos e seus pesadelos.

São tantas situações que marcam a vida dos nossos filhos. São tantas marcas que deixamos, tantas imagens inesquecíveis, valores, broncas, até brigas.

Nossa missão é mostrar caminhos, abrir portas e deixar que nossos filhos trilhem o que escolherem. Mas, minhas queridas mães, tenham a certeza de que o tempo que viveram dentro do seu abraço e do seu cuidado, grande parte das vezes será a bússola que os levará ao destino final. É assim que nossa imortalidade se manifesta.

Feliz Dia das Mães!

Abraços maternos.

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Foto por Wendy Wei

Claudia é mulher, esposa, mãe (de um rapaz e dois gatos), fonoaudióloga, psicopedagoga,
educadora parental em Disciplina Positiva, moradora do Morumbi e futura psicanalista.
Sem Educação nada é possível.
@claualaminos.

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