A paisagem se encontra nua e crua e a consciência a traduz neste cenário com palavras conhecidas mas confusas
Românticos Imorais
Aqui temos a inocência como desculpa da deficiência de nossa compreensão
Reside na indecência e na pobreza da consciência, a estupidez de cada ação
Mas tão fácil esquecermos de onde nós viemos
Criados assim tão vivos
Idolatrando inimigos
Já não temos o pudor
Somente resta o nosso rancor
Superficial
Invariavelmente estúpidos
Transformados em malucos
E tudo isso é tão real
Mas tão fácil esquecermos do amor que nós queremos
Um fato ocasional
Atitude sem moral
Já chegamos a um caminho
Agora é despertar do ninho e avançar o sinal
Esperar pela iniciativa de nossa mente tão criativa
Talvez é estar estacionado
Mas tão fácil esquecermos o absurdo em que vivemos
De formas especiais
Sempre querendo mais
Não perca seu espaço.
Reforce seu calor. Reative sua voz. Meu lógico cantor.
A Construção
A construção tão bela e robusta
Realça a imagem no terreno moderno
O sólido objeto raro na terra sob o céu
Dilui esperanças no horizonte eterno
Transcrita a ideia em enigmas
Em código está enunciada
O próspero desperta no sonhador
A mágica instrumental do acabado
E enfim descreve-se o perverso
A construção em mármore, em prosa ou em verso
A construção tão rude e maliciosa
Encontra-se de frente ao muro
Ao lado a via infinita recorta o espaço
Desenha os traços do urbano vagabundo
Desfrute o passeio em volta do cerco
Desmonte o cenário e ache o medo
Encontre o teu desespero
Do alto do monumento
A construção espalhada no universo
Traduzida num inquieto e inconfundível inverno
The building is watching us so unreal
The things I’ve said it’s not a big deal
From now on, we’re screaming at the wall
In a word written we’ll rise and we’ll fall
Espírito em Segredo
Toda a nossa loucura acesa
Passada a limpa em cima da mesa
O vento úmido gela a alma
A brisa fraca nos traz a calma
Em todos os nossos conflitos do cotidiano
A voz como força vem pregar a ordem
Sentimos ter dado fim as crises
Quando o discurso não mais existe
Será a nossa alegria sempre o remédio?
Do nosso grande e louco tédio
Está o corpo encarando o medo?
Ou é o espírito em segredo?
Em nosso objetivo fundamental
Sempre me recordo de ser normal
O pensamento fixo e espesso
Está em riste e pelo avesso
Será o nosso papel o de um ator?
Sangrando a testa, controlando a dor
Está a alma fugindo tão cedo?
Levando o espírito em segredo
A vaidade cedeu lugar ao pranto
Em fragmentos perdeu-se o encanto
A ordem cega impede a liberdade
Não faz sentido nossa vontade
Estará o mundo seguindo à toa?
Ou então é o meio que destoa
Estará o espírito em segredo seguro?
Ou nossa opinião em cima do muro
Rastros e Pistas
Tempos felizes, muitos filhos de repente
Poucos deslizes, muito riso inocente
Esperam o sinal a frente
Mística imagem, o tom num certo transparente
O sonho vivo da conquista adolescente
A vida espera paciente
Mas se encontram fácil, se encaixam, se vêm para a história
Poucos são os que recorrem à memória
Poucos muito loucos, seguem firme domando a noite
Rastros e pistas em seus nomes
Velhos manuscritos numa língua diferente
Sugerem imagens quase cínicas, reluzentes
Cedem ao caos eminente
Dedicam ao íntimo a honra e a conquista
São conhecidos pelo calor da notícia
Somente a seriedade arrisca
Mas se iludem fácil, se perdem, e entram para a história
Poucos são os merecedores da vitória
Sérios pouco leves, seguem céticos à luz do dia
Rastros e pistas na agonia
Sentimentos vivos, lembranças que respiram
Ferimentos frios nas amizades que irradiam em todo o local presente
Seguem a missão que abraçaram lentamente
Não se importam com o tempo que passa brevemente
Nutrem um sinal carente
Mas se jogam fácil, envelhecem e escrevem a história
Poucos são os que sobrevivem na glória
Velhos e românticos são vitais, relatam a vida em rastros e pistas narrativas
O Grito Rouco do Silêncio
Siga teu sonho em seus domínios
Vença o acaso, se sirva do vinho
Siga teus passos, não os percam de vista
Aonde quer que vá dar, passe em revista
Segue teu caminho: o teu destino
Se há o que lhe agrada, afague-o no ninho
Siga a coragem, esqueça o não
Perceba o sim que provoca a razão
Dê cor aos olhos que a tudo vê
Não espere o espelho falar por você
Siga a música: o teu instinto
Siga a loucura e o seu fascínio
Siga teu medo: teu desespero
Liberte os anseios do cativeiro
Volte ao princípio, esqueça o resto
Perceba o erro antes do seu manifesto
Dê atenção ao grito rouco do silêncio.
Dressed on Night
Dressed on night
Dressed in an empty life
Living in a lie
Maybe sometimes I could die
Thinking about life
Thinking about our good times
Caught in a line
Wonder if I could be alright
You should stay
You could be here everyday
I’m on my way
But you don’t have to be afraid
Dressed on night
I’ll be alright
Naked on light
Cover it up
Before I die
Paulo Maia é publicitário, um pensador livre e morador do Morumbi que mantém sua curiosidade sempre aguçada
Imagem destacada da Publicação:
Debby Hudson on Unsplash
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