Emoções que afetam suas finanças

Manter uma boa saúde financeira é um objetivo que a maioria de nós vive perseguindo. Mas isso depende de um esforço constante de planejamento e autocontrole, em que as emoções desempenham um papel fundamental. Emoções como medo, estresse e autoconfiança nos levam a gastar dinheiro de forma irresponsável e prejudicial, minando o nosso planejamento.

Neste artigo, você ainda vai entender melhor como essas emoções afetam nossas finanças e o que pode ser feito para contorná-las ou mesmo aproveitá-las de forma positiva.

Psicologia comportamental: como emoções afetam nossos atos

A psicologia comportamental defende uma unidade entre nosso comportamento e nossos sentimentos e emoções. Ou seja, aquilo que sentimos afeta diretamente nossas emoções e vice-versa, e para ajustar um desses dois fatores precisamos ajustar o outro também.

Além disso, esse campo de estudo defende que os seres humanos aprendem principalmente através de estímulos, que podem ser recompensas ou punições.

Se realizamos determinada ação e algo ruim nos acontece, nossa tendência é não repetir essa ação. Do contrário, se recebemos uma recompensa, que pode ser uma emoção positiva, nossa tendência é repetir a ação. Isso será útil para explicar nosso comportamento nas finanças.

De modo geral, a psicologia comportamental nos ajuda a entender como as emoções afetam os nossos atos e como elas podem ser trabalhadas para alcançar objetivos de vida, como crescer na carreira, melhorar a relação com nosso cônjuge, com nossos filhos, nossos colegas de trabalho, etc.

3 emoções que afetam suas finanças

A seguir, selecionamos 3 emoções que acreditamos serem as mais relevantes para as finanças pessoais.

Medo

O medo é um sentimento natural e muito útil para a espécie humana. Graças a ele, nos protegemos em situações de perigo e nos precavemos quanto ao futuro. Mas o medo também pode ter consequências muito negativas, principalmente quando ele é exagerado e quando nos paralisa.

No contexto das finanças pessoais, o medo pode, principalmente, nos levar a não tomar decisões que consideramos arriscadas, mas que poderiam nos trazer maior rentabilidade ou maior bem-estar.

É o caso daqueles que deixam o seu dinheiro parado numa poupança, que é segura, mas pouco lucrativa, em vez de investi-lo num título ou num empreendimento cuja possibilidade de lucro é alta, mas há um risco maior envolvido.

Obviamente, não estamos recomendando aqui que se aposte sempre num empreendimento cujo lucro potencial é alto. Os riscos de perda devem sempre ser considerados, mas de forma consciente e racional. Ou seja, não se deixe levar pelas suas intuições e priorize sempre as evidências.

Além disso, deve-se ter em mente que, para alcançar grandes recompensas, devemos encarar os riscos, e isso é válido para tudo na vida.

Mas o medo pode, ainda, assumir a forma da fobia financeira. Esse problema de saúde vem sendo cada vez mais debatido e diz respeito a um medo generalizado em relação às nossas finanças.

Quem sofre de fobia financeira evita conversar ou mesmo pensar em tudo que é relativo a dinheiro, não confere o extrato bancário, compra sem olhar o preço dos produtos, etc. É uma patologia com graves consequências e que precisa de acompanhamento especializado.

Estresse

Não é novidade que estamos vivendo em um mundo cada vez mais estressante. Problemas financeiros, trânsito, relações conturbadas, crise climática, violência, redes sociais… são várias as possíveis fontes do nosso estresse.

Nesse contexto, o consumo pode ser usado como uma forma de alívio, mas que pode ter consequências negativas. Ainda mais com o benefício de parcelamento do cartão de crédito, algumas pessoas realizam compras impulsivas como válvula de escape.

O nosso consumismo atual é alimentado tanto por um estilo de vida estressante como pela onipresença de apelos ao consumo. O resultado é que isso pode ocasionar um descontrole financeiro, levando a pessoa a se afundar em contas. Logo, precisando recorrer a formas de negociação de dívidas ou, em alguns casos, a um empréstimo para quitá-las.

É importante entender a raiz do nosso estresse e procurar resolvê-lo através de medidas mais eficazes e responsáveis.

O autocuidado é muito importante nesse sentido. Ele se constitui de ações que nos trazem um benefício consistente, como: fazer atividade física, consultar um médico regularmente, fazer terapia, manter relacionamentos saudáveis, ter uma boa noite de sono, ter uma boa higiene corporal e aprender a dizer não.

Por outro lado, é importante esclarecer que consumir “não é pecado”. Adquirir bens e serviços significa elevar o nosso bem-estar, desde que seja feito com responsabilidade e consciência.

Autoconfiança excessiva

O inverso do medo, que abordamos acima, é a autoconfiança excessiva. Ela pode nos levar a superdimensionar nossa capacidade financeira e subdimensionar os riscos envolvidos em uma ação.

Desse modo, podemos alocar nosso dinheiro em um investimento muito arriscado, ou investir uma quantia que é essencial dentro do nosso orçamento. Podemos, ainda, realizar um gasto muito alto, sem nos preocuparmos em como isso pesará em nosso orçamento.

O excesso de autoconfiança pode ser alimentado, inclusive, pelos cuidados que tomamos. Ou seja, depois de avaliarmos os riscos e tomarmos algumas medidas de segurança, sentimo-nos totalmente protegidos e nos arriscamos mais.

No contexto das finanças, isso é perceptível com investidores que apostam num investimento muito arriscado depois de avaliarem algumas poucas variáveis.

Nesse caso, os remédios são a prudência e o realismo. É preciso ter um conhecimento o mais claro possível das nossas capacidades e dos riscos envolvidos em cada ação. E para isso, devemos ter a humildade de admitir que não sabemos de tudo e que precisamos buscar conhecimento constantemente.

Retomando o controle das finanças

Como você pôde ver, as emoções podem afetar negativamente o controle das nossas finanças. Mas elas também são aliadas importantes nesse contexto e devem ser trabalhadas em conjunto com o seu planejamento financeiro.

Paciência, disciplina e perseverança são essenciais para cumprir suas metas de poupança, investimento e de alocação racional de recursos.

Outro sentimento importante é a sede por conhecimento. Procure ficar antenado com as novidades sobre educação financeira e economia, pois elas serão muito úteis.

Saiba mais: Como criar um planejamento financeiro eficiente

Este artigo é um oferecimento de Juros Baixos – Soluções Financeiras Online

Maria Eduarda de Souza Padilha
maria.eduarda@jurosbaixos.com.br

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