Impressionismo: “Impressão”

Dolce Arte

Amanda Sanzi

De volta a 2022 com a leitura pelos movimentos artísticos, dando continuidade a história da arte da pré-história à contemporaneidade. 

Venha comigo ao ar livre sobre a natureza ao efeito da luz do sol. Em uma sucinta viagem ao impressionismo. 

A riqueza que eu alcanço vem da natureza, a fonte da minha inspiração” (Claude Monet).

O impressionismo foi um movimento que surgiu na pintura francesa em 1874 no século XIX, no período histórico conhecido por Belle Époque, ou Bela Época. 

Os pintores impressionistas foram visionários e radicais para seu tempo; rejeitaram completamente a maneira de representar a pintura, que seguia a tradição acadêmica. Trabalhavam na maior parte do tempo ao ar livre para poder observar melhor as qualidades voláteis da luz que incidia sobre o objeto a ser retratado e optaram por retratar temas do cotidiano.

Os impressionistas rejeitavam as composições equilibradas os temas mitológicos, bíblicos ou históricos, além das figuras idealizadas da pintura acadêmica. Buscavam também uma expressão artística que não estivesse focada na razão e nem na emoção, mas sim que refletisse as impressões da realidade impregnadas nos sentidos e na retina.

Para empregar certas cores, os pintores impressionistas usam de uma técnica chamada de mistura óptica, que consiste em justapor cores diferentes sobre a tela (e não as misturar na paleta) para então sugerir uma nova cor aos olhos do espectador. Para representar a luz do Sol na água, usavam pinceladas rápidas e “interrompidas”, em vez de serem modeladas suavemente.  As figuras não devem ter contornos nítidos pois o desenho deixa de ser o principal meio estrutural do quadro, passando a ser a mancha/cor. O preto jamais é usado em uma obra impressionista plena. 

Esta decomposição da pintura em elementos mais simples repercutiu no desenvolvimento de uma nova maneira de pintar.

“A luz para os impressionistas constrói a forma, não apenas se reflete sobre ela” analisa a doutoranda em história da arte pela Unicamp, Paula Vermeersch.

A primeira exposição pública impressionista foi realizada em 1874, em Paris, onde participou o expositor Claude Monet, autor “Impressão – Nascer do Sol” (Impression du Soleil Levant – 1872). O artista é conhecido como um dos principais propulsores do movimento impressionista.

Claude Monet (1840-1926) francês e o mais célebre dos impressionistas. Foi incessante pesquisador da luz e seus efeitos, pintou vários motivos em diversas horas do dia e em várias épocas do ano, a fim de estudar as mutações coloridas do ambiente com sua luminosidade. 

Monet foi um pintor bastante produtivo, criando mais de 5.000 obras em sua vida. Ele frequentava muitos de seus oftalmologistas e tentava de lidar com sua crescente catarata, incluindo usando belladonna (uma planta tóxica) para dilatar suas pupilas.

Quadro Impressão Nascer do Sol | Claude Monet (1872), Public domain, via Wikimedia Commons

Entre os principais expoentes do Impressionismo estão: Claude Monet, Edouard Manet, Alfred Sisley, Camille Pissarro, Edgar Degas e Auguste Renoir. 

O Almoço na Relva. 1863 – Óleo sobre tela (208 x 265,5 cm) – Localização: Museu d’Orsay, Paris (França) | Édouard Manet, Public domain, via Wikimedia Commons
Vista do Canal Saint-Martin, Paris , óleo sobre tela de Alfred Sisley, 1870; no Musée d'Orsay, Paris. 50 × 65 cm. | Alfred Sisley, Public domain, via Wikimedia Commons
Bank of the Oise Nera Pontoise (1873), Camille Pissarro (1830-1903) | Camille Pissarro, Public domain, via Wikimedia Commons
A Aula de Dança - Edgar Degas 1873-1876 / Museu D’Orsay, Paris, França | Edgar Degas, Public domain, via Wikimedia Commons
La Grenouillère é um óleo sobre tela de 1869 de Pierre-Auguste Renoir, Nationalmuseum em Estocolmo | Pierre-Auguste Renoir, Public domain, via Wikimedia Commons

No Brasil, o representante máximo do impressionismo foi Eliseu Visconti, o qual teve contato com a obra dos impressionistas e soube transformar as características do movimento conforme a cor e a atmosfera luminosa do nosso país.

 

Roupa estendida (1944), de Eliseu Visconti, Public domain, via Wikimedia Commons

Citamos também o pintor Washington Maguetas, e tendências impressionistas nos trabalhos de Almeida Júnior (1850-1899), Anita Malfatti (1889-1964), Georgina de Albuquerque (1885-1962) e João Timóteo da Costa (1879-1932).

O Impressionismo hoje muito admirado e encantador já foi o estilo recusado nos salões parisienses do século 19, mudou os rumos da arte ocidental, abriu caminho para a Arte Moderna. 

“São impressionistas no sentido de que não pintam uma paisagem, mas a impressão causada por uma paisagem” – Jules Castagnary

Agradeço a leitura! 

Espero por sua apreciação no próximo artigo! 

Respire Arte!

 

Referências:

https://www.google.com.br/amp/s/m.brasilescola.uol.com.br/amp/artes/impressionismo.html

https://www.google.com.br/amp/s/www.significados.com.br/impressionismo/amp/

http://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-19/impressionismo/

https://citacoes.in/citacoes/2073205-claude-monet-a-riqueza-que-eu-alcanco-vem-da-natureza-a-fonte/

https://arteref.com/arte/curiosidades/a-catarata-e-a-percepcao-de-mundo-do-impressionista-monet/amp/  

https://hotmart.com/product/a-revolu/K8669708U

Amanda Sanzi é artista visual, moradora do Morumbi e expressa sua compreensão do mundo através de suas obras!

amandasanzi.com

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