Feira do Livro do Colégio Miguel de Cervantes traz 30 autores e discute ciência, razão, diversidade e desenvolvimento sustentável

O evento acontecerá de 26 a 28 de maio, com duas sessões de esquenta nos dias 23 e 25, e, este ano, de forma híbrida, com encontros presenciais e à distância

O Colégio Miguel de Cervantes realiza, de 26 a 28 de maio de 2022, sua 38ª edição da Feira do Livro, que, este ano, tem como tema “Diálogos e caminhos literários rumo aos objetivos do desenvolvimento sustentável”, e que vai reunir, de maneira híbrida, 30 autores, historiadores e ilustradores brasileiros especializados em literatura infantil e juvenil.

O tradicional evento contará com programação de encontros presenciais e à distância, com destaque para os autores Lilia Schwarcz, Natália Pasternak, Carlos Orsi, Flávio Gomes, Caio Tozzi, Donaldo Buchweitz, Rita Carelli, Ubiratã Souza, Kátia Canton, Maicon Tenfen, Fred Zero Quatro e o maestro Julio Medaglia – para falar do Movimento Tropicália -, entre outros.

Para Rosana Francioli, bibliotecária do Colégio Miguel de Cervantes e responsável pelo evento, “a Feira do Livro tem o objetivo de estimular e difundir o gosto e o hábito pela leitura nas nossas crianças e adolescentes e, este ano, o tema central está muito de acordo com as atividades e projetos interdisciplinares que os nossos alunos estão desenvolvendo em sala de aula”.

A temática permite abordagens atuais como o desenvolvimento sustentável; o resgate da brasilidade; o que é ser protagonista na vida; a questão das minorias raciais; a diversidade na sociedade moderna; a ciência no cotidiano e as teorias negacionistas.

No dia 23/05 (segunda-feira), acontece um “esquenta” por meio de videoconferência com Flavio Gomes, um dos autores de Enciclopédia Negra da Companhia das Letras, no horário das 9h às 10h20. Esta obra também subsidia o projeto Ecos antropofágicos em mais duas atividades no decorrer da Feira, ambas no último dia, que são o encontro sobre Tropicália e Manguebeat e a instalação no Foyer intitulada O impacto antropofágico modernista na cultura brasileira.

Outro “esquenta” acontece no dia 25 (quarta-feira), com a autora e professora Aline Bonezzi, presencialmente, das 11h50 às 12h40, com o tema A resistência feminina no Conto da Aia, um livro da Editora Rocco.

A 38ª Edição da Feira do Livro do Colégio Miguel de Cervantes começa com tudo no dia 26 (quinta-feira), com a apresentação do Projeto Novas Leituras, Novos Leitores com a participação de vários alunos do Colégio e continua com um papo presencial com o escritor e roteirista Caio Tozzi, autor dos livros Super-Ulisses e Jovens chefs, e depois com Helena Gomes, que escreveu O mistério do diamante coral.

Na mesma quinta-feira, o evento ainda tem a presença do autor Donaldo Buchweitz, diretor-geral da Ciranda Cultural e responsável pelo livro Tulu: em busca de um lugar para viver. Às 11h15, por meio de videoconferência, a historiadora, antropóloga e fundadora da Companhia das Letras, Lilia Schwarcz, traz uma discussão sobre “Modernismo e Independência: Resgate da Brasilidade”. O dia termina com o lançamento do livro “Portfólio pra que te quero?”, da autora Denise Tonello e do ilustrador Fábio Nogueira.

Na sexta-feira (27), as atrações começam com o encontro presencial com João Luiz Guimarães e Nelson Cruz, que trazem uma homenagem a Guimarães Rosa, recontando a fábula dos três porquinhos, tendo como pano de fundo o recente drama do estouro de barragens no Brasil, na obra Sagatrissuinorana. A programação continua com a videoconferência da atriz, diretora e ilustradora Rita Carelli, autora do livro No tempo do verão: um dia na aldeia Ashaninka.

Também na sexta-feira, por videoconferência, o autor e mestre em Literatura Africana, Ubiratã Souza, discute o livro A vida no céu e fala das semelhanças e diferenças entre a literatura brasileira e a africana. Também por videoconferência, às 10h30, haverá um encontro com os autores Natália Pasternak e Carlos Orsi, ambos do Instituto Questão da Ciência (IQC) e ganhadores do Prêmio Jabuti, que vão discorrer sobre o tema “Ciência no cotidiano. Viva a razão. Abaixo a ignorância!”.

No último dia da Feira do Livro, 28 (sábado), um encontro presencial com Marina Franco, autora do livro As descobertas de Paulinho na metrópole; uma videoconferência com a escritora e roteirista Luciana Sandroni, autora de Mário que não é Andrade: o menino da cidade lambida pelo Tietê; e encontros presenciais com a autora e ilustradora Bia Vilela, do livro Patinho feio e um bate papo sobre o processo de criação de livros, com uma contação de histórias com Elisabete Ribeiro para sensibilizar para a leitura de tres obras: Chapeuzinho vermelho em doce; João e Maria em doce e Três porquinhos em doce.

O sábado ainda contará com as seguintes atividades: encontro com a artista visual e escritora Kátia Canton e a ilustradora Mariana Zanetti para falarem do livro Ana e a semana: pequena história do Modernismo em 22; contação de histórias com Suzana Gomes; encontro presencial com o escritor Maicon Tenfen, autor do livro Quissama: o império dos capoeiras; com a autora Alessandra Ponce Rocha, do livro Alinhavos: o futuro do planeta está no seu guarda-roupas; encontro com Adriana Iozzi Klein que vai discutir o livro O barão nas árvores e com o autor Reginaldo Prandi, da obra Minha querida assombração da Companhia das Letrinhas.

Ainda no sábado, das 11h45 às 13h15, de forma presencial e aberta ao público, o cantor e compositor Fred Zero Quatro, vocalista do grupo pernambucano Mundo Livre S/A e um expoente do movimento musical mangue beat e o maestro e arranjador brasileiro Júlio Medaglia, um expert no movimento musical Tropicália, comandam um papo interessante sobre “Ecos Antropofágicos: Tropicália e Manguebeat”.

O evento se encerra com Glória Maria e Isabela Alves que trazem “Um Prêmio Jabuti na Gastronomia da Periferia Paulistana” e com a professora Larissa Lisboa que vai apresentar a Literatura Moçambicana; e também com a intervenção do Coletivo Feminino Dulcinéia que vai apresentar a instalação “O impacto antropofágico modernista na cultura brasileira”, e que traz pinturas, objetos e música.

Clique aqui para ver a programação e demais informações da 38ª Feiura do Livro do Colégio Miguel de Cervantes.

O Colégio Miguel de Cervantes é uma instituição educacional internacional fundada em 1978 por um grupo de espanhóis radicados em São Paulo, que contaram com a colaboração do governo espanhol. Constitui-se em uma instituição hispano-brasileira, de caráter particular e com fundamentos humanistas, que tem como objetivo oferecer à sociedade uma educação de qualidade, criativa e inovadora e difundir a língua e a cultura espanholas. O Colégio Miguel de Cervantes tem aproximadamente 1,7 mil alunos, mais de 230 profissionais que trabalham no âmbito pedagógico e ocupa uma área de 60 mil metros quadrados, no Bairro do Morumbi. A sua mantenedora é a Associação Colégio Espanhol de São Paulo (ACESP).