Por Renata Felizola
Muito se fala sobre a adolescência, as mudanças hormonais e tantos outros detalhes dessa fase do desenvolvimento. Mas, quase ninguém discute a “adolescência na infância”, que é aquela fase em que a criança muda drasticamente de comportamento. De repente, aquela criança doce compreensiva e obediente começa a questionar tudo, se negar a cumprir pequenas regras já estabelecidas em casa, tudo vira motivo de discussão, imposição e questionamento.
Nessa fase, os pais têm um grande desafio: serem pacientes, amorosos e, ainda assim, exigentes nos cumprimentos dos combinados.
Muitos responsáveis não entendem o porquê de seu filho passar a se comportar dessa forma, mas isso quer dizer que ele está mudando e evoluindo. Essas “crises” são normais, e a criança está se preparando para demonstrar sua personalidade e criar sua identidade.
É um exercício de paciência, pois a criança começa a questionar e se opor a qualquer opinião sem se importar com as consequências de suas falas e ações. Essa pode ser uma grande oportunidade para ensinarmos sobre reflexão, consequência, ação e reação.
Esse “ativismo” e vontade de impor suas regras e vontades costuma surgir aos seis anos de idade, mas cada criança é única, e isso pode ocorrer também aos cinco ou aos sete anos.
Esse “adolescer”, na infância, é o início do processo de individualidade, o qual permite à criança reconhecer-se como uma pessoa independente de sua mãe, por isso, surgem comportamentos de oposição e agressividade, como uma forma de querer controlar o próprio mundo quando os pais começam a fazer proibições e restrições específicas.
Nessa idade, a criança já tem um vocabulário muito maior (uma média de 2000 palavras). Falando muito e comentando tudo, sem parar, refere-se aos seus amigos chamando-os por nome e sobrenome e demonstra grande interesse pela linguagem e palavras novas. Por exibir uma curiosidade insaciável e por fazer diversas perguntas, essa é uma boa hora para introduzir livros com palavras mais complexas e explicar seus significados.
Muitos pais, ao lerem livros para os filhos, substituem essas palavras “novas” para facilitar o entendimento, perdendo a oportunidade de despertar essa curiosidade e conhecimento nessa fase tão rica. Nessa idade, a criança já entende as diferenças entre a fantasia e a realidade e desenvolve maior consciência do certo e do errado, e, apesar de o comportamento opositor, preocupa-se geralmente em fazer o que está certo. Por isso, pode culpar os outros pelos seus erros, mostrando dificuldades em assumir a culpa por seus comportamentos e, por conta disso eventualmente, pode mentir e inventar fatos.
No entanto, algumas atitudes podem ser motivos de alerta, e devemos ficar atentos quando a criança, nessa fase, demonstrá-las, por exemplo, choro excessivo sem motivo aparente; irritabilidade constante; nenhum interesse a “situações novas”, oposição, teimosia, birras em excesso e principalmente não ser passageiro, atrasos motores e falta de interação com outras crianças. Nesses casos, é sempre bom observar e comentar com o pediatra.
Essa fase pode ser bem desgastante e cansativa para os pais, mas, com paciência, perseverança e com muito carinho, todos iremos superar. No final, descobrimos que é só mais um desafio, assim como o videogame, quando conseguimos passar aquela fase superdifícil, estaremos prontos para os próximos desafios que estão por vir, e o mais importante é lembrar de curtir todo esse processo do desenvolvimento dos nossos filhos. Um dia, quando chegarem realmente na adolescência ou já na vida adulta, poderemos reconhecer nosso legado, e todos os ensinamentos que deixamos ao longo dessa caminhada.
No colégio Anglo Morumbi, esse exercício de reflexão começa pelos professores que ensinam às crianças técnicas de autorregulação, respiração, primeiro compreender para depois ser compreendido, negociar com a criança, praticando o ganha-ganha e principalmente criando sinergia. Diante disso, o programa “Líder em Mim“ nos auxilia muito nesses desafios, por ser um trabalho desenvolvido diariamente durante o ano todo.
As crianças exercem diariamente os aprendizados, por isso, quando situações de conflito acontecem, relembramos “nossos pequenos“, os hábitos e os convidamos a praticá-los.
O caminho é longo, mas vale muito a pena!
Imagens cedidas pelo Colégio Anglo Morumbi
Renata Felizola é professora do Infantil 4, alunos de 4 anos, no Colégio Anglo Morumbi
Há mais de 27 anos, o Colégio Anglo Morumbi vem transformando vidas e abrindo caminhos para um mundo em transformação. A proposta pedagógica é pautada nos três pilares: acadêmico (Sistema Anglo de ensino, treinamento contínuo de professores, High School, Plataforma Bilíngue Cultura Inglesa (Imersão na língua inglesa), socioemocional (Líder em Mim, Parceria Unesco) e inovação (Cultura Maker, Sala Google, Aplicativos de gamificação).
Os alunos, desde a Educação Infantil, passando pelo Ensino Fundamental até o Ensino Médio, são incentivados a desenvolverem suas lideranças, responsabilidades e o protagonismo para sua formação. Recebemos o título de Escola Farol, um reconhecimento internacional da excelência atingida pela escola em termos de resultados escolares, desenvolvimento do senso de liderança, autonomia e autoconfiança dos alunos.
O Colégio Anglo Morumbi é Escola Google Referência, reconhecidos por desenvolver soluções curriculares inovadoras e tecnológicas, que colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem. Os professores são capacitados e certificados para utilizarem as ferramentas Google, tornando a aula mais envolvente e dinâmica.
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