A timidez em excesso atrapalha o desenvolvimento cognitivo, social e emocional da criança
Se perceber que seu filho se isola e isto interfere em suas relações sociais ou de aprendizado, impedindo que consiga brincar ou falar com outras crianças, tirar dúvidas na escola ou não conseguir apresentar um trabalho fique alerta! É sinal de que precisa de ajuda pois a timidez está prejudicando o seu rendimento escolar e emocional.
Se por outro lado a criança pequena se esconde para não conversar com uma pessoa estranha e depois se solta quando ganha segurança não é timidez, assim como quando o adolescente não aceita o convite dos amigos para sair porque está lotado de espinhas e se sentido para baixo. É uma fase e não timidez.
A timidez pode ser genética ou resultado de acontecimentos na infância de uma pessoa. Crianças que se sentem rejeitadas tornam- se extremamente inseguras e preferem se isolar ao invés de encarar os obstáculos naturais da vida. Crianças que são superprotegidas também tem dificuldades, já que perdem a capacidade de encarar a frustração tendem a se isolar socialmente para não sofrer decepções e se sentirem fracassadas.
Pais muito rígidos e exigentes podem contribuir para o desenvolvimento da timidez. O ideal é cuidar do equilíbrio psicológico desde cedo. Os pais devem estar presentes na vida dos filhos elogiando e encorajando a criança a enfrentar o mundo e quando necessário repreendendo a criança se fez algo inadequado sempre com o cuidado de não exagerar para que a criança não se retraia.
Pais exigentes, pais superprotetores e pais perfeccionistas na educação dos filhos acabam criando crianças tímidas que não conseguem estabelecer vínculos afetivos com outras pessoas da forma adequada. Muitas destas crianças tem autoestima rebaixada e muito medo de cometer erros fazendo com que não se coloquem em determinadas situações e se isolem.
Como os pais podem criar situações que ajudem o filho (a) a perder essa timidez?
Estimulando todas as formas de contato social da criança, chamando outras crianças para brincar com o filho, deixando dormir na casa de primos e amiguinhos e nunca mostrando a insegurança que sentem em deixar o filho na escolinha ou na festinha de um amiguinho. Quando a criança percebe que os pais estão angustiados com isso, sofre junto e muitas vezes tendem a se retrair e não querer estabelecer contato com estas outras pessoas, já que percebe que seus pais não estão confiando muito.
Cynthia Wood Passianotto é psicóloga e escreve quinzenalmente na Dolce Morumbi.
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@cynthia_wood_passianotto e @crescendoeacontecendo
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