Desmistificando o uso terapêutico da cannabis

Clínica especializada chega a São Paulo; conheça as principais características do tratamento

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Ainda existe muita desinformação sobre o uso medicinal da cannabis sativa, a maconha. No entanto, para além das polêmicas, o fato é que as principais substâncias da cannabis estão se mostrando bastante eficientes no tratamento de diversas doenças, sinalizando uma contribuição significativa para a melhora da qualidade de vida de muitos pacientes. O tratamento já está disponível também em São Paulo, na Capital e em Sorocaba.

Quais doenças são possíveis de tratar?

A cannabis é utilizada em tratamentos para dor crônica, esclerose múltipla, epilepsia, inflamações, entre outras. O médico Ciro Cunha Couto Junior, da Clínica Gravital, explica que a cannabis auxilia de forma adjuvante nos tratamentos, em conjunto com outros medicamentos, proporcionando qualidade de vida aos pacientes. “Ela modula a percepção de dor, ajuda a regular os neurotransmissores, como serotonina e dopamina, e melhora a parte imunológica”, diz.

THC e CBD

Os principais componentes da cannabis, chamados de canabinoides, são o THC e o canabidiol, também conhecido como CBD. O tratamento com cannabis não altera a percepção de realidade. “O THC é o componente que poderia causar esse efeito, mas no tratamento ele é usado em quantidades mínimas, insuficientes para alterar percepção de realidade, ou muitas vezes nem existe na composição dos terapêuticos”, explica o médico.

Essa substância, entretanto, possui um poderoso potencial medicinal, principalmente no que diz respeito à sua efetiva capacidade analgésica e estimulante de apetite. Em virtude dessas duas propriedades, tende a ser especialmente benéfica para o tratamento de pessoas com câncer e dores crônicas.

Já o CBD, explica Ciro, não provoca alterações de percepção ou de humor, além de não causar dependência e ter toxicidade baixa. “Para alguns pacientes ele pode causar, como efeito colateral, o sono e a redução da pressão arterial.” É importante ressaltar, afirma Ciro, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda não tratar o canabidiol como uma droga, pois não causa dependência química e o uso pode ser interrompido sem crises de abstinências.

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Conheça mais detalhes sobre os benefícios da cannabis medicinal em alguns tipos de tratamento:

Esclerose Múltipla – O THC e o CBD atuam em regiões que controlam a dor e os movimentos, podendo inibir a transmissão de impulsos que causam espasmos, a rigidez muscular, entre outros.

Dor Crônica – Nosso cérebro e nervos periféricos possuem receptores para os canabinoides. Quando eles se ligam às moléculas de CBD, podem reduzir consideravelmente os sinais da dor.

Epilepsia – O tratamento diminui a superativação de circuitos nervosos, responsáveis pelas convulsões. Pode beneficiar sobretudo crianças e adolescentes. O THC e o canabidiol possuem efeito anti-inflamatório, podendo tratar doenças como artrite reumatoide e distúrbios inflamatórios do trato gastrointestinal.

Espectro Autista – O canabidiol tem interação natural com os neurotransmissores do corpo humano, ou seja, quando ligados a eles, ajudam a equilibrar a função dos neurotransmissores. Dessa forma, é possível melhor controlar características como a inquietação excessiva.

Outras condições – As náuseas provocadas pela quimioterapia e o glaucoma podem ser tratados com os canabinoides. A ansiedade também pode ser tratada com o canabidiol e o THC.

Formas de uso

Os óleos são a forma mais comum de administrar a cannabis medicinal, mas dia a dia pesquisas e estudos avançam e novas práticas de administração estão surgindo e se popularizando, como as comestíveis, em forma de balas, em cápsulas e vaporizáveis. “É muito importante o acompanhamento de um médico na prescrição do tratamento e ao longo dele para analisar a evolução do caso e também para que se debata novas formas de uso e até novos produtos com canabinoides”, finaliza.

Fundada no Rio de Janeiro em 2019, a Clínica Gravital é a primeira clínica médica focada em tratamento à base de cannabis medicinal do Brasil. Possui hoje sete unidades no País, sendo duas no estado São Paulo: Capital e Sorocaba. Presente nas cidades paulistas com uma equipe multidisciplinar, atendem pacientes em tratamento de condições clínicas como insônia, doenças autoimunes, dores crônicas, fibromialgia, enxaqueca, autismo, doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer, entre outras.

Rua Itapeva, 518 – Conj. 608 – Bela Vista – São Paulo/SP

https://clinicagravital.com.br/

@clinicagravital

Colaboração da pauta:

OS2 Comunicação

Juliana Moreno
[email protected]

@os2comunicacao

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