Nos últimos dias, o mundo testemunhou declarações preocupantes vindas de figuras influentes no cenário político e corporativo global. Donald Trump, recém-empossado presidente dos Estados Unidos, afirmou que “agora só existem dois gêneros: masculino e feminino”, ignorando por completo os avanços conquistados pela sociedade na valorização da diversidade de gênero. Paralelamente, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, comentou em um podcast que sente falta de “energia masculina” em uma sociedade que, segundo ele, teria se tornado “neutra”.
Essas falas são um claro retrocesso no caminho rumo a uma sociedade mais justa, inclusiva e diversa. Ao desconsiderarem as identidades e experiências que não se encaixam em uma visão binária e ultrapassada, Trump e Zuckerberg reforçam narrativas excludentes que ameaçam os direitos conquistados por comunidades historicamente marginalizadas.
“No ambiente corporativo, a diversidade não é apenas uma questão de representatividade, mas também um fator essencial para a inovação e o crescimento das organizações. Incontáveis estudos demonstram que empresas diversas são mais criativas, produtivas e resilientes”, comenta Renata Rivetti, CEO da Reconnect Happiness at Work & Human Sustainability.
“Esta tentativa de reforçar conceitos antiquados de gênero não apenas desvaloriza esses benefícios, mas também ignora os desafios reais enfrentados por profissionais de gêneros diversos no mercado de trabalho”, explica a especialista.
De acordo com uma pesquisa realizada em 2020 pela consultoria McKinsey & Company, negócios que investem na diversidade de gênero nas posições de liderança têm 25% mais chances de obter retorno financeiro que as concorrentes. Além disso, um estudo da Harvard Business Review aponta que colaboradores de organizações que incentivam a diversidade têm 45% mais chances de relatar um crescimento na participação de mercado da companhia em um ano e 70% mais chances de declarar a conquista de um novo mercado.
Além disso, dados da maior pesquisa sobre bem-estar, sustentabilidade humana e produtividade consciente no Brasil, conduzida pela Reconnect e Pin People em parceria com a Coalizão de Sustentabilidade Humana e Bem-Estar, revelaram que 66% dos entrevistados trocariam de empresa por outra que priorizasse o bem-estar, mesmo com salário igual ou até mesmo menor.
“E quando falamos em bem-estar no trabalho, isso inclui ambientes diversos, inclusivos, que priorizam a saúde física e mental dos colaboradores, que desenvolvem a sua cultura e valores, que se preocupam com o clima organizacional e também com o bem-estar social. Ou seja – em pleno 2025 – após tantos avanços, não podemos deixar que essas falas extremamente retrógradas e radicais tragam impactos negativos e retrocessos também nas empresas”, conclui Renata.
Outro dado da pesquisa da Reconnect e Pin People que merece destaque é que a Geração Z (com um eNPS de -24) é a mais insatisfeita, enfrentando dificuldades de adaptação, alinhamento com o propósito e bem-estar no trabalho. “A geração Z valoriza muito o equilíbrio, a flexibilidade e o propósito, e já enfrenta sérias dificuldades no ambiente corporativo. Caso essas declarações sejam colocadas em prática no Brasil e no mundo, acabando com políticas de diversidade já implantadas, teremos repercussões muito negativas no trablho, nas empresas e na sociedade como um todo”, explica Renata Rivetti.
Renata finaliza dizendo que: “como sociedade, é nosso dever continuar defendendo o respeito às diferenças, garantindo espaço para todas as identidades e promovendo ambientes corporativos e sociais mais acolhedores. É preciso resistir a qualquer tentativa de retrocesso e reafirmar nosso compromisso com a diversidade, a equidade e a inclusão”.
O futuro do trabalho e da sociedade como um todo deve ser construído com base no respeito e na aceitação das diferenças, e não em discursos que buscam dividir e excluir.
Renata Rivetti, CEO da Reconnect Happiness at Work & Human Sustainability.
A Reconnect Happiness at Work & Human Sustainability é especialista em Felicidade Corporativa, Sustentabilidade Humana, Liderança Humanizada e Produtividade Consciente. O propósito da empresa, fundada em 2017 por Renata Rivetti, é co-criar culturas organizacionais com mais significado e planos de ação com foco no bem-estar, saúde mental e felicidade dos profissionais, gerando aumento na produtividade e engajamento. Dentre os clientes já atendidos por meio de treinamentos e cursos, palestras e programas de desenvolvimento, estão: Unilever, Grupo Boticário, Rede Globo, Vivo, Nestlé, Natura & Co, Dasa, Heineken, Itaú Unibanco, Rock World, Stellantis, Edenred, Takeda, Alelo, Anglo American, Secretaria da Fazenda do Governo de São Paulo, entre outros. A empresa também atua com parcerias internacionais, como a Happiness Business School, uma das líderes do tema “Happiness at Work”, na Europa e a Potentialife, nos Estados Unidos. Além disso, a Reconnect é embaixadora do Capitalismo Consciente, apoiadora do Pacto da ONU e parceira exclusivo da “4 Day Week Global” no Brasil – que tem como objetivo implementar o projeto piloto que analisa a possibilidade de reduzir a jornada de trabalho para 4 dias.
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