Explosão de cores!

Dolce Arte

Amanda Sanzi

Venha comigo por esta viagem de cores fortes, impactantes, vibrantes e intensas pelo movimento chamado Fauvismo!

“A escolha de minhas cores não se baseia em nenhuma teoria científica, mas na observação, no sentimento, na experiência de minha sensibilidade. Procuro por cores que interpretam minha sensação”. Mestre fauvista Henri Matisse

Inicio este artigo com encantamento ao revisitar e apreciar as belas obras destes renomados artistas “Selvagens”, em que meu olhar dialoga com a liberdade da expressão humana nua e primitiva.

O fauvismo foi um estilo artístico do início do século XX, também chamado de Fovismo. Ele se originou na França em 1901, mas só foi reconhecido oficialmente em 1905. Durou até o ano de 1907.

O termo fauvismo se originou de uma expressão pejorativa, usada pelo crítico de arte Louis Vauxcelles, quando viu uma obra de Henry Matisse no Salão de Outono de obras fauvistas, em 1906, no “Salão dos Independentes”. Na ocasião, o crítico usou a expressão “Les Fauves”, expressão francesa que significa “os selvagens”. Contudo, apesar de os artistas adeptos do movimento desaprovarem essa nomenclatura, ela acabou ficando marcada na história da arte.

Para o movimento Fauvista, as criações artísticas não possuem relação com intelecto ou sentimentos, ou seja, a criação artística deve ser livre e espontânea, baseada no instinto, nos impulsos primários e sem preocupação crítica social ou política.

A principal característica do Fauvismo foi a utilização da cor pura, sem misturas. Pregava o uso de cores fortes, formas simplificadas, e, de modo geral, em obras que celebravam a alegria. Os artistas não se preocupavam com os aspectos técnicos da pintura, mas com as expressões que levam à interpretação pessoal.

Tratava-se mesmo uma paleta estridente usavam especialmente o vermelho, o verde, o roxo, o azul, o amarelo, promovendo uma explosão de cores puras, ou seja, tintas que saiam direto das bisnagas.

Faziam uso de formas planas, chapadas, superfícies flat, com menor noção de volume. Produziam sobretudo um espaço livre e bidimensional, sem profundidade, muitas vezes quebrando a perspectiva.

Temas que frequente seduziam os fauvistas eram a questão da arte primitiva e a busca pela origem do homem, sem preocupação com o real.

Aqui para vocês os principais pintores que representam este movimento.

Henri Matisse (1869-1954)

O principal representante do movimento Fauvista foi o escultor, pintor e gravurista Henri Émile Benoit Matisse.

Sua principal característica é a despreocupação com o realismo, onde a forma de representar era mais importante que a coisa a ser representada.

Durante o Fauvismo, Matisse criou grandes telas que entraram para a história da arte.

Albert Marquet (1875-1947)

Realizou diversas exposições no Salon des Indépendants, não tendo vendido quaisquer obras. Todavia, consolidou a sua carreira artística e ganhou reconhecimento entre a aristocracia parisiense.

Maurice de Vlaminck (1876-1958)

Polêmico e contestador, Maurice de Vlaminck ficou conhecido por suas pinceladas livres e por produzir obras cheias de cores.

Trabalhou junto com André Derain e suas telas mais conhecidas trouxeram o purismo das cores e apresentaram um estilo mais “selvagem”.

Raoul Dufy (1877-1953)

Foi um pintor, desenhista, gravador, ceramista, ilustrador de tecidos, de tapeçarias e de móveis, decorador de interiores, espaços públicos e teatro francês. Impressionista a princípio, evoluiu gradativamente para o fauvismo, depois de travar contato com Henri Matisse.

André Derain (1880-1954).

André Derain foi um artista autodidata fundamental para o fauvismo. Isso porque, ao lado de Henri Matisse, destacou a importância das cores dentre dessa expressão artística.

Ficou conhecido por usar, com dramaticidade, tons azuis e tonalidades roxas em suas obras e por aplicar pinceladas largas em suas telas.

O Fauvismo influenciou muito a ruptura da arte moderna com a antiga estética vigente, além disso, modificou a ideia de utilização das cores nas artes plásticas.

Agradeço a leitura!

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